Poeta
Por Claudio Cordeiro | 15/08/2011 | PoesiasPoeta
Que pena minha em teu pesar
Nas folhas brancas dura tinta
É loucura pensar em teu versar
Mas minha Alma está faminta.
Em que desregradas regras te cingiste?
O que te orientou a norte do desnorte?
Não foi Fortuna,
Não foi Fado,
Talvez a Sorte...
Foi a Morte, a Morte
Que não temeste
E por isso morreste
Mas não morreste.
Da mortal Morte
Não, não morreste
Renasceste,
Para sempre...
Renasceste.
A eterna Morte te roubou
Que Vida te tirou?
Tirou-te a vida mundana
Livrou-te da existência profana.
Por uma vez morrerás
Para a Eternidade
Mas para sempre viverás
Para a Humanidade.
A impressão vincada
Como selo de água
Que deixaste...
Sente falta tua sede
De bebê-la com devora,
A terra seca por ti chora.
As pegadas na areia
Em que o mar
Por entre, vagueia
No subir da maré cheia.
A gravura de tua mão
Do barro jamais se extinguirá
É para as pedras como pão
É de Israel o seu maná.
Foste um monstro, Adamastor
Um Gigante, qual Golias
Amaste mais do que o Amor
Viveste o que quiseste...
Ou o que podias.
Da Morte, como Fénix renascias...