POETA AO ACASO
Por Jose Wilamy Carneiro Vasconcelos | 24/06/2015 | Poesias
POETA AO ACASO
Sou poeta por acaso
Da poesia não se vive
Mas, viva de poesia.
Minha terra, o sabiá canta mais alto
O céu é mais azul
E o sol mais lindo
Reluz como ouro na encosta da serra
Com águas mais cristalinas, em suas belas praias.
Sou poeta por acaso
Acaso sou um poeta
Da poesia não se vive
Mas, vivo da poesia.
Minha pegada tem um único destino
Sou um homem comum, assim diz Gullar
Brasileiro de terras nordestinas
Mas, igual em sua mansidão de meu Deus.
Não sou Drummond, muito menos Graciliano
Sou Cidadão comum,
Cearense, nordestino, cidadão brasileiro
Mas, vivo a poesia de Lobato, Machado de Assis e de Mário.
Sou poeta por acaso
Acaso sou poeta
Vivo a poesia de Oswald, Jorge Amado e Verissimo
Ouço Caetano, Gil, Fagner, Ivete, Pagodinho.
Sou cidadão comum,
Das terras do meu Ceará
Do sertão de Lampião, e Renato Aragão
Vivo da letra do Gonzagão
E da poesia de Alencar.
Sou poeta por acaso
Acaso sou um poeta
Da poesia não se vive
Mas, viva da poesia
Sou cidadão comum,
Das terras de Suassuna
De Nelson Rodrigues, Chico Anísio, Domingos Olímpio
Acaso sou poeta, sou poeta por acaso.