POEMAS PÓSTUMOS III

Por Paulo Celio Duarte | 23/04/2013 | Poesias

0021

Então clareou

tudo tão

só o fim

trás o começo.

E o verso

vice

de nosso

vício.

E o mundo

retumba

no universo

de minha cabeça.

Qual.....

tão inalinhada

circular

como tantas.

E nada mais

menos ainda

importa

saber.

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0022

Era eu

cuspindo pela

boca do mundo

caba e mando

chicote e chocolate

chá mate

morte de acho

o nome próprio do homem.

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0023

TUNEL

NEL O TUNEL

O TOM

NEL?

O ELO

OI

O ANEL

NO DEDO

O TONEL

O ELO

OI ELE

A LUA

A NULA

0024

Busco ar em mar

entre ter-te ser pedras

meandros.

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0025

Abri,

entrou

o ser

das coisas

sendo

marcando

passo

na mente

minha

vazia.

Por aí devia,

passa

a paz.

O homem

a paz.

O homem

tirando-se

do trono

olhando tudo

com olhos

de elo.

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0026

diasístole

demarca

cordação

encanamento

corpóreo

de sangue

umar

vermelho

ondeia

brancos

glóbuos

solub eis

emagua

uma

estação

perdidem

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0027

Passaram

por

essa

passaroseram

deles

nuvens

emcéus

voando

doespaço

foraminguando

caidor

pela rota

dos grãos

dechumbo

daterradoura.

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0028

A sina da coisa

Ser Signada

For Assassinada

A  ss   ng    ue

Fr              i       a

________________________________________________________________________________0029

Dua pombas

brancas

Dois pretos

corvos.

Atiro-me

pelo

cosmo

onde

creio

criar

carinho.

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0030

de ou zens

coisas estas

no mentes

tendas ciganas

o rítmo do mar

mentiras nossas

de cada dia.

0031

Aí fiquei sabendo

que meu mundo

ia ouco além

(talves nem fosse)

do limite

entre meu corpo

e o espaço.

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0032

A lágrima

não rola.

Brota a

palavra.

Com sabor

de tinta.

Você está

alheia.

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0033

Entre eu e o mundo

o universo da linguagem.

0034

Pobres dos homens

que precisam, pobres

de zoos e lógicas,

mascam gicletes

e subordinam-se ao

etc...

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0035

Por certo

perto

da margem

o rio.

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0036

As palavras

vagavam

entre a língua

e a caneta.

O cérebro

pobre

nem podia

tomar conta

das crianças.

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0039

Halgo.

Haugo.

Veleja

no tráfico imenso

intenso

de que será?

Sinto que cada dia

pode ser um dia melhor.

E há algo

no ar

assim diluido

como pó.

No céu

no mar

o homem

pó luzindo

as superfícies todas.

De tudo aquilo

que pode ser liso.

A textura padrão.

O homem se pudesse,

podia?

Asfaltaria o mundo.

Comoassimassaltar o mudo?

Mas também

há o homem,

solto no tempo

descobrindo o que

os outros perderam.

No hímego dos sonhos

dos homens será?

A busca de que?

Não é ele

ainda primário?

A cabeça

quase sempre se encontra

separada do corpo.

Não hálgo

que não possa

dar errado.

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0040

As coisas

que coisas?

Tudo paira

rumo a que

qual tudo

tido

sem rima

grassa

Por aí

versos

avessos.