Poema romântico e acadêmico
Por ENDERSON PEREIRA | 05/11/2011 | PoesiasPOEMA ROMÂNTICO E ACADÊMICO
Uma beleza que ultrapassa as barreiras metafísicas!
Talvez o poeta não seja capaz de concebê-la
A poesia, então, com suas formas e sons
Descreve-a, compreende-a na essência de seu ser.
É mulher! É como ave pronta para voar!
É voou que insiste em continuar!
Que continua o constante acordar:
Acorda! Desabrocha como rosa a se evidenciar!
Seus olhos... como dois firmamentos:
Um, azul cristal, que reflete o mar;
O outro, azul suave, como o céu matinal.
São como estrelas, como as luzes inebriantes de Paris!
Quiçá um dia novamente te encontrarei
Deliberadamente inerente ao mesmo desejo:
Amar como se o estivesse perdendo, no ápice do fim!
Dormir, sonhar e despertar! Vê-la enfim!
Não sou romântico, tampouco poeta
Sou como cachoeira demasiada exacerbada
Ou melhor, o meu sentimento assim o é:
Quanto mais se vai, mais se origina...
Não sei como nominar esse tal sentir.
Sei que é como um vírus nocivo ao intelectus.
É uma ideia universal, mas se dá particularmente
Qual produto indubitável dubitavelmente.
E por mais que eu tente erradicar tal sensação
Pensamentos “heraclitianos” me consomem:
Quanto maior a evidência do seu “não ser”,
Maior, desvela-se, um devir do vir-a-ser.
Consome-se e, simultaneamente, restitui-se.
Não se trata de hedonismo e, muito menos, prazer hediondo.
É, humildemente, poesia que se constrói!
Inspira-se... em nobre, e frágil, arte: “uma mulher”!