Pietro

Por Viviane de Sousa Furtado | 17/09/2010 | Contos

A maneira como eu vejo o mundo não é muito diferente da maneira como você o vê.
Perceba meu caro leitor que você leva uma vida simples. Precisa de ar pra respeirar e de um coração para bombear seu sangue. Tudo que você faz, os empregos que tem, a comida que come servem unica e exclusivamente para fazer com que essas ações continuem. Você quer viver. Você come a carne de pobres animais e as folhas de plantinhas e tudo sem um pingo de arrependimento. Porque você precisa viver.
Eu não estou exatamente vivo. De toda forma, preciso de certas coisas pra continuar caminhando sobre a terra.
Sangue. Uma coisinha de nada. Claro que reciso tirar ele do pescoço de pobres seres humanos, mas eu nem preciso matar minhas vitimas para isso...
Seres humanos só ficam tão aterrorizados porque descobrem ao me ver que não estão mais no topo da cadeia alimentar.
Eu mato seres humanos meramente por prazer...
Ando vendo esses vampiros de hoje em dia.
Eu viverei eternamente e já vivi uma eternidade até agora. Você não terá a mesma sorte.
Então você devia absorver minha experiencia. Em todos os meu seculos de vida eu nunca vi um vampiro se apaixonar. Nunca vi um vampiro não morrer ao sol. Esses vampiros não existem e são a pior mentira que já inventaram para não temer a escuridão.
Tudo bem... As pobres garotinhas de treze anos tem o direito de se apaixonar por alguém... Ele é um homem gentil. Um cavalheiro comparado aos homens de hoje.
Claro que ele não tem a corajem necessária para ser um vampiro de verdade.
Eu sei que nunca me apaixonei, mas de alguma forma, eu sei que se me apaixonasse por alguém eu a tomaria para mim. Não me importaria com o sofrimente que ela passaria pra ficar ao meu lado. Eu sou um vampiro. Um demônio. Egoista.
Mas tudo bem. Os humanos também tem um geito estranho de ver a vida.
Eu me identifico com vampiros a moda espartana.
SEM PIEDADE.