Pesquisando em enfermagem: relatos de um bolsista de iniciação científica - FAPERJ

Por RODRIGO GONÇALVES COSTA | 28/10/2009 | Saúde

Estudo ainda em construção...
Pesquisar é reunir experiências de vida, é construir e validar informações que sirvam de intermédio para formação de novas diretrizes que possam reorganizar pensamentos e práticas. É de todas as formas ser capaz de, admitir erros e acertos, ter sensibilidade para desfrutar de todas as vivências que são partilhadas durante o processo, buscar incansavelmente a verdade acima de tudo, baseando-se no que de fato faça parte da realidade, do meio, e das interelações com o outro e os sentimentos que os permeiam.
Pesquisar é então, admitir que, precisamos sempre encontrar soluções para problemáticas que emergem na sociedade, seja ela relativa ao convívio, evolução, novas tecnologias, novas decobertas, novos métodos ou teorias. Dar voz a inquietude de alguns é a grande máxima do pesquisador, que torna-se capaz de ouvir, admitindo desta forma ser veículo de mudança e de transformações.
Aceitar que somos capazes de construir um estudo, acredito que seja o primeiro passo para o desenvolvimento intelectual, entretanto, não basta, tudo começa quando nos dedicamos realmente a um objeto e os tornamos alvo principal de nossa busca. A partir disso reunir informações necessárias a esse estudo torna-se um longo processo, é claro que quando nos propomos a estudar um objeto conhecido de todos, um gama enorme de material e fontes emergem quase que automaticamente, mas se o objeto é de uma problemática ainda pouco conhecida, grande esforços serão necessários para o levantamento das fontes.
Logo no início dos trabalhos, precisamos diferenciar os tipos de conhecimentos: o empírico, espontâneo, vulgar ou sensp comum; e delimitar que, para construir um trabalho científico, precisamos ter um conhecimento científico, que pertence ao rol do conhecimento intelectual, porém vai mais além para buscar conhecer e demosntrar as causas das coisas, dos fatos, seu etágio de evolução até demonstrá-las, concluindo e generalizando a respeito da realidade.
Segundo Alves, 2003, nasce da dúvida e se fixa na certeza; é metódico e sistemático, procurando encontrar a relação entre os fenômenos, formulando leis; estabelece leis válidas para todos os casos de uma mesma espécie, que venham a ocorrer nas mesmas circunstâncias; procura investigar a relação entre os componentes do fenômeno para enunciar as leis gerais que regem esses fenômenos.
Delimitar o tema, trata-se do momento da seleção do fato, fenômeno ou assunto merecedor da pesquisa, e deve-se levar em consideração alguns aspectos, no momento em que se vai decidir sobre o mesmo, e o maior deles é saber se é de interesse científico, outro muito importante é saber se é possível de ser investigado. Depois do tema, fica fácil encontrar a problemática, ou seja, a questão a ser resolvida.
A metodologia é outra parte que necessita de grande atenção, podemos encontrar vários tipos de pesquisa em livros de metologia, e com o auxílio do orientador, podemos optar sobre o tipo de estudo a ser realizado, se vai ser necessário ou não coletar dados, e como será a validação desses dados.
O anteprojeto que deve conter resumo, considerações iniciais (contendo objeto, objetivo, justificativa, relevância, questão norteadora), os referencias teóricos, metologia e o cronograma, vão orientar cada passo da pesquisa, a partir dele, inicia-se o desenvolvimento, respeitando os prazos e as informações contidas no anteprojeto.
Angústias começam a emergir, no momento das construções dos capítulos, da inserção das citações e levantamento bibliográfico, onde o bom senso deve ser fundamental, a pesquisa deve ser estruturada e concisa, repetições são desnecessárias, entretanto, o auxílio do orientador torna-se fundamental nessa etapa.
Não podemos esquecer que, segundo a Resolução 196/96, que dispõe sobre pesquisa envolvendo seres humanos e respeito aos princípios da bioética: autonomia, beneficência, não-maleficência, justiça e equidade. Logo, se a pesquisa necessita de coleta de dados seja ela qual for, o projeto deve ser encaminhado a um CEP para ser submetido, se autorizado realiza-se a coleta.
Depois de realizado todo o corpo do estudo, acredito que a coleta de dados seja o ponto mais problemático, por envolver uma burocracia tal, que não em nada facilita, no meu caso estudante de uma faculdade particular, estou encontrando diversas dificuldades, por minha instituição não possuir um CEP, que possa receber e avaliar os projetos.
Coletados os dados, é chegada a hora da validação, onde o método também deverá ser escolhido com a ajuda do orientador, para que os mesmos sejas tratados de forma a validar o estudo e reafirmar juntamente com o referencial teórico a importância da mudança e a utilização da proposta sugerida.