PERGUNTAS INCÔMODAS
Por Jefferson Batista do Nascimento | 04/05/2015 | SociedadeMuitos não param para pensar na naturalidade em que fazem certas perguntas a outras pessoas. Muitos nem pensam antes de fazer uma pergunta.
Talvez a pessoa que foi questionada não se importe pela pergunta, todavia estou seguro que a maioria dos questionados se incomodam, uns mais e otros menos.
Perguntas como:
1) E aí, você já arrumou namorado(a)? Ah, ainda não, por quê?
2) Já está namorando? E os namorados(as)?
3) Quando você vai se casar? Não vai querer se casar? Já tem filhos? Você não vai querer ter filhos não?
4) Você ainda é virgem? Você nunca beijou na boca?
O sujeito que faz a pergunta provavelmente está vivendo umas das situações de sua própia pergunta ou já viveu tal situação e espera naturalmente que a outra pessoa também a viva. No entanto, devemos ter consciência que "cada um é cada um". Não é porque eu já namorei ou porque eu sou casado e tenho filhos, que a outra pessoa tem que namorar também ou que tenha que casar e ter filhos também.
Devemos saber que mesmo sendo homens e mulheres, todos nós somos diferentes uns dos outros e portanto faremos escolhas muitas vezes diferentes da maioria da população. Devemos respeitar o próximo. A pergunta em si mesma não é o grande problema. O problema é quando depois dessa pergunta de tema pessoal (particular), vem a pergunta: "Ah, por que não?". Quando o sujeito que fez a pergunta ouve uma resposta negativa, diferente da que esperava ouvir, sempre lhe vem na mente um questionamento maior: "mas por que não?". E é exatamente nesse momento que surge o incômodo. Muitos se sentem acuados nessa situação, porque é realmente incômodo ter que explicar a uma outra pessoa uma escolha ou situação de sua vida pessoal (particular).
Normalmente quando uma pessoa se sente acuada diante de um questionamento pessoal e não o quer responder, ele/ela ou não irá responder a pergunta, ou falará qualquer outra coisa. Quando isso acontece o sujeito que fez a pergunta normalmente ficará com dúvidas e questionamentos não esclarecidos em sua mente. E é nesse momento que o sujeito começa a pensar e muitas vezes afimar coisas sobre a outra pessoa que nem sempre é a verdade, como por exemplo:
- Será que ela não tem filhos porque ela é doente? Será que ele é gay? Será que ela é lésbica? Será....Será...que.... ? É uma solteirona / solteirão mesmo (risos), É uma "sapatona". É um "viado".
Portanto, devemos elimar tais pensamentos e afirmações acima. São preconceitos, discriminações e são crimes, dependendo de como a pessoa as expressa. Para evitarmos causar o incômodo em outras pessoas, devemos evitar certos questionamentos e afirmações. Devemos respeitar o próximo independentemente de sua situação atual ou de suas escolhas. Agindo dessa maneira haverá paz de espírito e harmônia na sociedade.