PERFIL ATUAL DO MUNICÍPIO DE PARNAMIRIM -PE

Por Djalmira Sá Almeida | 10/06/2010 | História

São várias as imagens com as quais a cidade de Parnamirim se faz lembrada: a Igreja de Santana, as famílias, os povoados, as fazendas e seus ambientes urbanos e rurais nos quais era costume haver celebrações e festas anuais como as Festas de São João, Festas de Julho, Vaquejadas, Páscoa, Natal, Ano Novo e Carnaval. Além das primeiras famílias que representavam a vida cultural de Parnamirim, já citadas em capítulos anteriores, também há os locais rurais que, no passado, foram muito comentados: as fazendas e propriedades que sempre tiveram destaque por serem endereços de piqueniques, excursões e férias de estudantes da região. Além dessas fazendas e povoados de Angicos, Caiçara e Poço do Fumo, rios e córregos do Poço da Porta e Barragem da Brígida , próximos à sede do município, haviam outros locais para onde era costume de filhos e netos dos pioneiros voltarem da capital em férias. Entre esses destacam-se ainda Humaitá, Belmonte, Quixadá, Mandassaia, Primavera, Quixaba, Palestina, Canafístula, Sipaúba, Surubim, Timbaúba, São Joaquim, São Domingos, Guarani e Fazenda dos Pereiras, esses últimos mais distantes da sede, na direção do município de Terra Nova.
Na zona urbana de Parnamirim, vários estabelecimentos comerciais que antes haviam nas ruas principais, hoje são apenas lembranças ou possuem outros nomes, tais como: a Loja de Zé Magalhães, o Mercado de Manoel Lopes, o Restaurante de Elcira, o Café de Anazite e o Bar de Dão, pontos que simbolizavam a vida urbana noturna da cidade de 1962 a 1972. Mostrando sua resistência, a única loja que ainda se encontra, no mesmo lugar, mais ampla e atualizada é a Loja de Dona Lurdes Lima. Entretanto, os locais de funcionamento dos órgãos públicos e os prédios públicos, tais como: Prefeitura, Biblioteca Pública, escolas e farmácia, bem como praças, jardins, hotéis, restaurantes, bares, rodoviária e açudes, os quais fazem parte apenas da memória de alguns. Tudo mudou de lugar, até mesmo os prédios de arquitetura colonial que representavam a memória da cidade não mais existem. Mas permanece a lembrança do Clube Grêmio Recreativo que passou a ser escola e hoje comporta a Secretaria de Educação e a Biblioteca Pública. O Clubes Alvorada e a Palhoça ainda recebem os animados da cidade em ocasiões festivas, entretanto, apesar do que existe, percebe-se que falta a noção de preservação e o descuido pelo patrimônio público, além da ausência de compromisso em conservar a historicidade desses ambientes, esses fatores são capazes de apagar monumentos, apagando vidas, com o perigo de perder a identidade cultural e sinalizar para a ameaça de ter que recriar uma referência qualquer como história.