PEREGRINOS DO DESTINO

Por Henrique Araújo | 19/02/2010 | Crescimento

PEREGRINOS DO DESTINO

 

         De uns tempos para cá os peregrinos vem aumentando impressionantemente. Em todos os lugares onde andamos vemos estas pessoas que estão nas calçadas dos bares, nas portas das igrejas, debaixo das árvores, pelas ruas, praças e avenidas, enfim todos os dias encontramos com tais pessoas. Agora perguntamos. Quem são estas pessoas entregues a todos os tipos de sofrimentos? Observando bem, vemos que a maioria deles apresentam problemas de saúde. Outras são pessoas que sofreram grandes decepções na vida e que perderam de uma vez por todas o desejo de viver. Muitos são jovens que quando crianças não tiveram as devidas compreensões e em troca fogem de casa sem estarem preparadas para isto. Muitos nem tiveram mesmo pais e foram entregues ao pleno abandono social passando a viver em verdadeira solidão pelo mundo. Algumas são pessoas que agrediram outras e tiveram que fugir por aí.

          Eles vivem pelo mundo passando fome, pedindo esmola, dormindo ao relento sem nada e ninguém por eles. Aparecem aqui e ali, sujos, cabeludos, mala nas costas, sem alguém, sem ninguém. Há elementos de todos os tipos, bons, maus, velhos e jovens nesta jornada, triste e dolorida  de uma vida. Eles jamais aparecem em bando, andam sempre sozinhos, muitos ou a maioria não tem parentes, nem conhecidos e vivem por aí ao sabor do tempo e da sorte.

          Dar abrigo a estes elementos é um tanto perigoso, pois não os conhecemos, não sabemos de onde vem, nem para onde vai, nem o que fazem ou pensam. Só mesmo uma grande instituição para dar uma vida adequada a estas pessoas.

          Quando tais indivíduos adoecem, sofrem verdadeiras calamidades,acabando mesmo às portas da morte. São elementos de aspectos horríveis em virtude das necessidades porque passam, sem higiene, mal nutridos, sem paz do corpo e do espírito. Às vezes são internados em hospitais como indigentes. Não há ninguém por eles e os meios de vida são poucos mesmo, sendo que a morte talvez venha como um sossego para o corpo maltratado.