“PEQUENOS” SIM, MAS INDEPENDENTES...

Qual o grau de dependência de uma criança? Para se obter uma resposta, o ideal é observá-la em várias atividades. Porém o mais importante é nunca julgá-la com base em uma única constatação nem dar a ela um "rótulo", o que poderá causar traumas.

O homem é a única espécie animal que depende do outro nos primeiros anos de vida. Logo, é supernatural que o bebê seja cercado de muitos cuidados. Com o passar dos anos, a criança se torna capaz de assumir diversas tarefas e, claro, começa a desenvolver sua autonomia.

Nós, professores e demais profissionais da Educação, só teremos sucesso se ganharmos a confiança dos pequenos. Nessa “tarefa”, os pais podem nos ajudar passando ao filho um sentimento de segurança no novo ambiente em que está sendo inserido.

Desafios vão surgir e serão produtivos na busca pela independência das crianças. Atividades que proporcionam interação com os colegas são ricas oportunidades de crescimento. Ah, não se esqueça de elogiar, pois os elogios são valiosos nesta etapa da vida delas.

Aliás, passar o tempo com bebês significa não só se ocupar com eles, mas inclui o fato de estar perto. Não é necessário falar e brincar permanentemente com os bebês ou segurá-los no colo o tempo todo; apenas observe-os e permaneça perto deles. Desta forma você dá à criança a segurança de que ela não está sozinha e incita a sua capacidade em se ocupar consigo mesma.

Incentivar a independência do seu filho é diferente de deixá-lo tomar decisões e fazer escolhas por conta própria; a escolha não dever ser autônoma, e sim supervisionada por pais e/ou responsáveis.

Autonomia significa “dizer” à criança que ela é capaz de enfrentar e resolver problemas e superar muitos desafios, mas, acima de tudo, é dar a ela confiança e amor para que desenvolva esses atributos em relação a si mesmos. E o mais: respeitar o seu tempo de aprendizado e sempre valorizar suas iniciativas.

Pais, sabemos que os bebês se desenvolvem de modo extremamente rápido e contínuo, logo aproveitem este momento e tentem estar o máximo possível com eles. Afinal, é por meio do apoio e da confiança nos pais que as crianças aprendem a se desenvolver e a seguir o próprio e longo caminho.

(*)Kédma Macêdo Mendonça, Luciana Rodrigues Maciel e Sibele Silva Leal Rodrigues, pedagogas, são professoras da rede municipal em Rondonópolis (MT).