Pequenas Pérolas Para Pensar
Por Antonio Brás Constante | 09/08/2008 | CrônicasPEQUENAS PÉROLAS PARA PENSAR
(Autor: Antonio Brás Constante)
Textos não são mais do que fragmentos de idéias que se misturam em um estranho liquidificador imaginário localizado na mente dos autores. Os fatos são escritos e servidos em copos textuais a leitores com sede de leitura. Porém, muitas vezes o escritor opta por não discorrer sobre um único assunto, mas apenas pincelar sobre vários temas. Aos que continuarem daqui, uma boa leitura.
OLIMPIADAS: Um evento forjado para testar limites, onde competidores podem lutar em ilusória paz a guerra pelas medalhas, e o espetáculo segue mascarando a crua e cruel realidade do lugar no qual o show acontece. Muitos são os sacrifícios para se conseguir um espaço na disputa olímpica, como no caso dos atletas da natação, que treinam arduamente durante horas dentro da água, e quando findam os exercícios ainda tem que ir direto para o chuveiro.
A FAVORITA: Novela não é algo que agrade a todos, e muitos escritores de renome evitam expor que apreciam este massificante meio de entetrenimento. Mas deixemos de lado estas ponderações e vamos direto a trama, onde recentemente foi apresentado para o telespectador, que a doce Flora era na realidade uma malévola e peçonhenta fauna (teria ela feito algum pacto sombrio, tal qual Fausto do escritor Goethe?). Para enfrentá-la, provavelmente a personagem Donatela deverá chamar suas irmãs Michelangela, Raphaela e Leonarda, criando uma versão feminina das tartarugas ninjas, para assim poder vencer tanta vilania, e tudo terminará como nas novelas políticas de nosso País, ou seja, em festas regadas a base de muita pizza.
O CASO DA CASA: Em um dos estados brasileiros onde mais se consome churrasco e a bebida tradicional é o chimarrão, a governadora provinciana percebeu nestes últimos tempos que governar até que não é o mais difícil, o difícil mesmo é ser dona de casa, principalmente se a aquisição do tal imóvel for algo ainda mais difícil de se explicar. Some-se a isto as suas brigas homéricas com o vice (dessas que só é possível de se ver entre marido e mulher), e teremos a certeza de que nada é tão ruim que não possa piorar.
MUROS: depois da muralha da China, do muro de Berlim e de tantos outros muros que foram erguidos no intuído do ser humano se isolar, mas que acabaram caindo ou deixados de lado, fica a pergunta: quantos paredões ainda terão que ser erguidos até nos darmos conta de que estes esforços poderiam ser mais bem utilizados na construção de pontes, que de alguma forma construtiva, conseguissem unir e aproximar as pessoas?
Enfim, o tempo passa, os padres voam, e a vida continua (não para os padres que voam). Novos acontecimentos vão surgindo e sumindo ao redor da Terra, e de vez em quando, algum pretenso escritor resolve costurar alguns pedaços deles formando colchas de retalhos em prosa ou verso, que ao final da costura, mais parecem um tipo de lona de circo, onde através de seus furos podemos contemplar o mundo que nos cerca.
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