Pequenas Investigações sobre a Metafísica.

Por Douglas Matias | 02/04/2009 | Filosofia

Na metafísica que subsiste o desejo mais intrínseco e árduo da paixão humana, pode parecer estranho falar em paixão "pathós" sofrimento em grego , mas é isso que corresponde a vida por uma perspectiva ocular, e o desdenhar o ser em si e a coisa em si, sobejar a razão até seu limite máximo de sua finitude para depois abarcar ao todo, se isso for possível, mas senão mensurar-se nas partes, pois quando se quer o todo a razão se engana e a tolice vem à tona em sua vaidade racional.

Esse pulsar racional, nada mais equivale ao sabor "saber", do principio o "to on ", o ser enquanto ser", sua magnitude e as premissas, ao qual é atemporal, pois o que o homem se pergunta hoje se pergunta desde sempre, Quem sou? Da onde vim?, essas são apenas algumas questões, que o homem sempre se perguntou, pois somos crianças na arte de pensar, e quando mais achamos que sabemos menos sabor temos, assim por dizer.

Pois bem, essa busca incessante ao transcendente, dessa unicidade quase matemática não é uma dádiva somente ocidental grega, vemos que assim como a filosofia não fora inventada, mas aperfeiçoada pelos gregos, a necessidade de buscar o que esta além do sensível, das sensações da "doxa" opinião, era uma prática usual dos índios de maneira geral, assim como os egípcios que influenciaram os gregos, mas obviamente aperfeiçoado por Aristóteles de Estagira, que, aliás, e seremos breve nesse comentário, reuniu seu pensamento mais materialista com o pensamento idealista de seu mestre Platão.

È, pois a metafísica a reunião não somente de um tratado filosófico, mas a intuição cognitiva do pensar, isso inclui o sentimento filosófico, o amor à sabedoria, ao qual somos engendrados em todo nosso ser para a busca do Ser. E também a racionalização para o discernimento do ente e do Ser, pois pode facilmente nossa razão se desviar, pois ambos têm a substância como primeiro processo, fazendo com que confundamos entre o ente e a essência, sendo assim mais fácil reconhecer o em si, se esse for realmente possível.

A metafísica é a clareza, a luz, o que da sentido a existência muitas vezes fadigada da humanidade, que necessita mas do que nunca nas entrelinhas do caminho achar o que já fôra descoberto, mas ainda não enxergamos.

È justamente na alma que sobeja o livre-arbítrio,a mesma é encontrada no interior do homem a quem dá sentido a todas as coisas, pois é ela que realmente sente.Pois se não sentisse, não conheceria, se sente, é possível conhecer algo, podendo conhecer algo, ela só pode amar ao que conhece, aquilo que ela não conhece, como é possível amar?

O desejo de saber da alma, sobre algo desconhecido é o desejo de saber daquilo que se ignora, mas se ignora não ama, então não amamos o desconhecido, mas amamos o próprio saber.

Mas é a alma desconhecida a nós mesmos? Pois, se é desconhecida a nós mesmos como poderemos amá-la?

A alma busca conhecer com a ajuda ininterrupta da memória, se ela busca se conhecer, já se conhece, pois de outra maneira como poderia não conhecer-se, se busca conhecer a si mesma é porque ama.

O auto conhecimento da alma é senão viver de acordo com sua natureza, isto é, ser sujeito ás regras e preceitos para que se entenda e escolha o que é bom, e quando se escolhe, pode a vir ser livre, se esse é o bem. Mas quando a alma vê belezas intrínsecas, que na verdade são de caráter superior, isto é, divino e a alma ao invés de permanecer no cume desse bem, querendo atribuir-se a si mesma se afasta do supremo bem.

Esse afastamento faz com que a alma se iluda e não bastando a si mesma, corrompendo –se e com isso escolhendo aquilo que não é.

Mas o conhecer, também deriva da matéria, pois se fosse o contrário a mesma não remeteria o intelecto, fazendo com que o fenômeno da matéria, particularize o Ser, assim como Bérgson , propõe, reunindo a teoria do Ser com a pratica de Ser, conjugando matéria e Ser, ao qual Aristóteles já tentará dfaze-lo.

O porto seguro da sabedoria é a filosofia, e essa é o amor à sabedoria, e a sabedoria provem do Ser que contém a verdade, então todos que buscam a verdade são felizes?Como podem ser felizes se á buscam e não a tem por completo? Não a tem, mas tem uma esperança de felicidade, se buscam verdadeiramente encontrarão, pois denominamos como imutável a sabedoria divina.

A sabedoria é a concepção está no meio termo, a prudência, a piedade, o que desejamos saber que é conhecer, mas esse são proposições práticas ao qual , esta inserido na matéria, então para o filósofo, o amante da sabedoria, somente pode a adquirir se amar ao Ser, pois sendo o Ser a sabedoria , o filósofo amante da sabedoria, logo o filósofo é amante do Ser.

Enquanto a felicidade, o homem é feliz se ama ao Ser, pois esse é a verdadeira felicidade, no entanto sabedoria e felicidade são unidas, fora do Ser é a não felicidade enquanto o homem busca á felicidade tem –se o desejo de ser feliz, então deseja Ser.