Pena
Por João Germano Rodrigues | 12/09/2010 | PoesiasE ela soltou a franga de vez na praça
Deu a primeira pirueta obscena
A fim de seduzir o povo que ali passa
Virou esquina beco viela pequena
Eu já estava quase com a mão na taça
E ela fez a curva do "S do Senna"
E adentrou-se pela fresta na vidraça
Da padaria lá na Rua Santa Helena
E fez um voo tão razante ali na massa
Que seu autógrafo ficou lá na maezana
E o padeiro com as mãos de quem só assa
Correu atras dela até na torre da antena
E numa cambalhota tão maravilhosa
Seguiu voando leve livre sã serena
De uma vez por todas a pobre penosa
Peninha não terá jamais nenhum problema
Desceu e fez uma cosquinha carinhosa
Na mão de quem denunciou-me no Datena
A pena não pena mais com a linda Rosa
Não pena mais a pena com a Rosa Pena