Pele frágil

Por E Azevedo | 26/02/2010 | Poesias

O silêncio nunca foi tão pertubador
meu coração indócil, desaba de dor

O ar pesado diminui meu fôlego
afoga-me em indiferença, tira o gosto
Posto, sem que eu quisesse outro...

Sinto-me como fuligem, só cinzas
Nenhuma cor enfeita meu ar pálido.

Ninguém sabe, mas eu não sinto,
não tenho mais voz para gritar
a dor já me parece algo reservado a mim.

É esse ar de tristeza que mantenho
teso atrás de dentes e língua.