Pedagogia da Contribuição das Forças Universais

Por Alexandre Lopes Alves | 18/10/2014 | Educação

Pedagogia da Contribuição das Forças Universais
Prof. Alexandre Lopes Alves


O presente artigo consiste do conjunto de ideias onde cita um paralelo inédito entre as forças universais a quem fazemos parte e uma prática educacional não sistematizada embora inédita na esfera acadêmica com as concepções educacionais tecnicistas e construtivistas indicando para uma educação pública de sucesso.

As forças universais

A toda e qualquer existência que nós conhecemos, só foi possível devido ao resultado de contextos e condições, onde tipos energias distintas ou opostas, traduzidas como forças,  contribuíram entre si, num processo de atração e repulsão, divinamente arquitetado para o começo de toda a matéria existente. Continua acontecendo em todo o Universo, ou pelo menos no qual que vivemos. Tais condições propicia o surgimento e a progressão-jornada de algo real, ou seja, o seu inicio após o seu desenvolvimento ascendente até seu ápice, e sua manutenção no estado positivo da existência.
Nesse universo, a contribuição entre forças é a condição da gênese de algo que o mantém em seu progresso; já o seu inverso é a repulsa, o desencontro de forças, que traz o declínio, colapso e por fim a destruição final de algo.
Basta prestarmos atenção, pois esse processo aparece em tudo na natureza, incluindo nós mesmos. Houve uma série de condições e circunstâncias que geraram a contribuição de matérias cósmicas desde as semelhantes a opostas, ocasionando  a agregação, equilibração entre as forças para que  formasse os planetas e sistemas orbitais; eras de milhares de anos após, outra equilibração geradas pela contribuição de forças formou condições necessárias para o surgimento e evolução da vida na Terra e posteriormente o aparecimento do Homo Sapiens-Sapiens.
Na globalidade da produção humana, apesar de não ser natural ou divino, a cultura, construções, ciência e a sociedade, não fogem dessa regra, mesmo quem as desenvolveu não havia pensado ou percebido isso, a seguiram. A essa regra de existência universal tudo pertence e nada escapa.
Essa contribuição de forças não se remete ao equilíbrio perfeito, idealizado na imagem da clássica balança da justiça onde a figura de uma mulher grega vendada a segura, com dois pratos, e em cada prato da balança se apresentam medidas iguais. Pode até ocorrer situações em que o equilíbrio seja de apenas duas forças, mas, normalmente as existências naturais ou artificiais demandam várias condições múltiplas numa série de elementos e esses cada um na sua medida para que algo surja e se mantenha, sendo que a quantidade e intensidade da contribuição das forças na maioria das vezes são absurdamente complexas e diferentes.
Exemplificando a produção humana que lida conscientemente e de forma calculada com a ação de forças naturais seria o caso da construção de edifícios. Um edifício que foi bem projetado e construído, e assistido com a devida manutenção adequada, estará entre as contribuições das forças de maneira harmoniosa ou mesmo que tenha forças agressivas atuando contra, não serão suficientes para destruí-lo, e assim estabelecido, devido ao conhecimento do homem de como a natureza impõe suas forças e suas variações no planeta, em específicas regiões geográficas e do tipo de estrutura e fundações que deve ser construído para resistir a essas forças. Um exemplo de contribuição de forças do tipo fusão, é o caso de uma simples receita de um bolo, pois consiste em saber os ingredientes certos na medida exata e misturados e assados do modo correto, uma mistura de contribuição das matérias de características completamente distintas, afinal o que teria em comum o leite, açúcar, fermento, farinha e ovos. Em cada ingrediente, há composições de matérias e energias diferentes, que ao misturar são liberadas provocando reações químicas, recompondo e criando um material resultante diferente das composições originais.
Como somos conseqüência da contribuição de forças universais,  a nós seres humanos foi concedido a capacidade de aprender e reproduzir o mecanismo do universo para a feitoria de nossas produções, se não tivesse sido assim, não teríamos construído tudo o que fizemos ao longo de nossa existência.
Tanto o engenheiro do edifício quanto a cozinheira sabem que suas matérias primas e condições devem ser calculadas e dosadas para uma contribuição de forças dos elementos para que tudo ocorra bem, sabem também que o contrário também ocorre, o conflito ou repulsa total de força, a não contribuição ou mesmo a contribuição negativa entre forças. Suponhamos que no caso do edifício, anos após de sua construção, linhas subterrâneas de metrô foram escavadas a vários metros abaixo de seu alicerce, mas um erro de escavação provoca um desmoronamento dentro dos túneis, afetando o edifício acima, nesse caso houve uma grande força conflituosa externa afetando o objeto, ou ainda, em outra situação, em um dos apartamentos iniciou-se uma reforma, e devido uma ação descuidada, demoliu-se uma parede interna, aplicando uma sobrecarga de força em outras paredes que não foram projetas para suportar muito peso, assim após alguns meses, ocasionou-se rachaduras na estrutura do edifício, nesse caso houve o desfalecimento de uma força de sustentação interna gerada em seu próprio interior comprometendo o objeto. Na hipótese do bolo, um dos ingredientes estava estragado, e não foi percebido, e a mistura foi feita, logo ao assar ficou notadamente percebido que a composição do bolo deu errado, neste sentido houve uma contribuição negativa instantânea do ingrediente estragado.
Portanto, a decadência de forças podem ser motivadas interna ou externamente e ainda em algumas circunstâncias nos dois aspectos e  também simultaneamente, instantânea ou lentamente, com o início do declínio até a  destruição final, de maneira simples ou complexa.
No jogo universal, lembrando que tudo pertence a esse jogo, o natural e a produção do homem, normalmente há infinitas possibilidades para a contribuição positiva de forças ou a seu inverso, e nas suas interações entre um e outro, após o tempo de negativo decadente vem a busca do positivo crescente, e quando há progresso o queda é conseqüência futura.
Quando algo jaz destruído é notado por todos sem dúvidas ou contradições e a aprendizagem adquiridas nesses fracassos, conflitos, afastamentos, desequilíbrios, tornam-se engrenagens para futuros acertos, para um realização mais bem elaborada numa próxima vez. Assim caminha a natureza e a cultura humana, mas muitas das vezes, azar para quem está no meio desse processo declínio e finalização, vidas, possibilidades e sonhos são aniquilados.
A verdadeira e grande evolução humana seria se pudéssemos prever sempre o próximo passo ao menor sinal, ou melhor, antes mesmo dos sinais, precavendo-se desse vai e vem entre contribuição e repulsa de forças (queda e ascensão), reorientando sempre para uma contribuição positiva de forças sabiamente escolhida.
Ao invés de esperar o resultado final das circunstâncias para agir, seria muito melhor investir em descobrir a cura de uma moléstia antes que milhares de vidas  fossem ceifadas, perceber que algo de errado há com avião antes que ele decole e parta com os passageiros para uma  viagem sem volta, e ainda, reorientar a escola antes que gerações saiam prejudicadas sem formação adequada a uma vida de oportunidades.
A força escolar consegue influenciar a sociedade, mas também sofre muita influência das forças externas, sociais, políticas, econômicas e culturais. Contudo, atualmente as forças externas a escola, estão em estado de conflito ou de contribuição negativa, devido a inúmeros motivos, afetando inevitavelmente a escola. Problemas comportamentais, de relacionamentos e de desinteresse são unânimes em todas as unidades escolares brasileiras desde públicas a privadas de alto padrão, talvez mais agravadas em unidades mais carentes devido a complicações econômicas e sociais.

Duas forças teóricas da Educação brasileira, o Construtivismo e o Tecnicismo

As duas correntes pedagógicas amplamente conhecidas e consideradas distintas até mesmo opostas que de certa maneira proporcionaram resultados positivos na educação brasileira das últimas décadas são o tecnicismo e o construtivismo.
O tecnicismo, que oferece o uso da velocidade e eficiência da técnica no ensino em larga escala, com foco na produtividade sem a preocupação da reflexão ou crítica, em contra partida, o construtivismo, onde a reflexão crítica e a emancipação humana são considerados o foco da aprendizagem através da construção saber.

A Ideologia da Escola pública e da privada
A escola pública, dirigidas pelas grandes secretarias vinculadas a interesses políticos, desde meados dos anos 90, aderiram incondicionalmente ao construtivismo, desde então iniciou-se uma luta incessante pela responsabilidade social com a melhoria da qualidade da educação. Realmente houve mudanças e soluções, mas apareceram outros tipos de problemas ainda mais graves do que antes, após alguns anos de sua implantação, frequentemente alunos atravessavam o ensino fundamental sem saber ler e escrever, e outros saem do ensino médio, sem a capacidade de resolver cálculos ou escrever redações simples. Em suas defesas, os adeptos ferrenhos do construtivismo alegaram que no começo, o construtivismo foi “mal interpretado” em deixar os alunos a vontade em suas aprendizagens, mas após uma profunda reflexão de tudo que havia acontecendo os dirigentes educacionais mudaram o enfoque de trabalho, e transformaram o construtivismo em uma forma condicionante e exigente, onde dita ao professor como trabalhar, um suposto caminho para a aprendizagem, de como ensinar, o que ensinar, como avaliar e até como planejar, posturas e metodologias implantadas através de inúmeras e custosas horas de formação, reuniões pedagógicas e até de pressão dos cargos superiores. Mas os resultados ainda são insatisfatórios, mesmo após anos de enormes investimentos financeiros e de esforço humano e o abandono da escola pública para a privada para quem pode, continua na mesma proporção. Enquanto a escola particular que na grande maioria é ausente em política, preocupando-se apenas com o resultado de dar retorno aos pais pagantes, de maneira geral, escola esta, que era tecnicista, e, com o aparecimento do construtivismo, mesmo que de maneira não sistemática ou não planejada foi incorporando aos poucos seus preceitos no dia-a-dia, culminando atualmente numa mistura entre estas duas correntes pedagógicas, que talvez seja mais construtivista do que tecnicista, mas de qualquer maneira sem perder partes do tecnicismo. Esta miscelânea de teorias diferentes, na prática provou-se ser possível, pois está garantindo uma certa qualidade em educação, ainda que na maioria dos casos não sejam excelentes, mas pelo menos de nível satisfatório.

A contribuição de forças distintas aconteceu na Educação privada

Ao fenômeno da mistura entre duas correntes pedagógicas distintas podemos citar como exemplo o surgimento de uma contribuição de forças diferentes e de certa maneira antagônicas, essas forças são teorias educacionais, mas o mecanismo de contribuição é universal e acabou ocorrendo na metodologia e posturas pedagógicas das escolas particulares. Uma questão para refletir é por que aconteceu na escola particular e não na pública, onde o sistema público em geral, investe muito mais em formação, tanto em dinheiro como em quantidade de tempo em reuniões do que a privada, e ainda, em muitas vezes essas duas escolas compartilham os mesmos professores. A resposta é simples, a ideologia política repassada pelos comandos partidários aos sistemas de ensino públicos contaminam as decisões e posições pedagógicas. Como já dito, a escola privada não se detém a ideologia política, apenas busca um bom resultado, baseando-se ao fato de que o método é importante, mas se não há bom resultado, algo de errado está acontecendo, e uma solução precisa ser encontrada, pois o grande juiz ainda é o resultado; já a pública é submissa a política dos grandes sistemas de ensino que são altamente politizados até as entranhas. A aversão visceral ao tecnicismo aparentemente como desculpa pedagógica e social, surgiu em meados dos anos 80 chegando a totalidade nos anos 90, posição que na verdade poderia até ser em partes uma preocupação pedagógica metodológica, mas também recheada de intencionalidade política para justamente contradizer o que até então era a política pedagógica da técnica, pois esta representava o capitalismo e ideias importadas dos Estados Unidos na época do militarismo brasileiro refletida na educação, e os emergentes do comando educacional da época que eram a oposição desse sistema, quando chegaram ao poder, queriam abolir tudo que remetesse a esse período, considerando qualquer vestígio, mesmo que na erradicação das coisas ruins, fosse erradicado as coisas boas que foram desenvolvidas, conteúdos, metodologias que tinham um certo resultado positivo. E assim aconteceu, tudo relacionado a essa época foi erradicado, o ruim e o bom sem distinção, elevando a metodologia como mais importante do que o próprio resultado. Assim sendo, a ideologia política que ainda predomina até hoje nas esferas públicas, bloqueia e abomina qualquer hipótese de utilização de técnica, com a alegação de que a técnica não emancipa, não é reflexiva, logo não incentiva a formação de um cidadão competente dotado de autonomia, pois trabalha com o conhecimento pronto e apenas com o treinamento. Mas se essa opinião fosse perfeitamente correta inserida numa lógica material, a escola pública seria um sucesso de aprendizagem, devido ao fato que faz quase três décadas que os dirigentes públicos seguem e investem nestas ideias, e as escolas privadas seriam um completo fracasso, porque nem ao menos tomam conhecimento de tais sofisticadas posições políticas sociais. Mas na vida real, acontece justamente o contrário, e é curioso que pessoas que alegam ser tão reflexivas e tão preocupadas com o social, nunca se perguntaram sobre o porquê do resultado positivo das despolitizadas escolas particulares, e a inconsistência de resultado da escola pública, apesar de todo esforço, e não percebem mesmo após muitos anos de insistência que estamos no caminho errado, o do radicalismo ideológico provocando uma repulsa de forças e bloqueando uma contribuição de forças distintas que poderia surgir na escola pública, e não acontece por simples e pura posição política, contribuindo para um abismo de diferença social entre uma escola dos quem pode pagar e dos quem não pode.
A única muralha existente entre as duas concepções pedagógicas é somente no pensamento dos que defende essa divisão de território imaginário.

Um importante recado
A educação é muito mais importante do que qualquer ideologismo olítico, o verdadeiro professor capaz de lidar com a contribuição de forças deve sim entender de política, pois é necessário para entender as circunstâncias e fatos da sociedade, mas deve ainda mais, abrir os olhos da percepção e do bom senso de não se contaminar com nenhuma posição política nas decisões a serem tomadas, e sim a melhor decisão para a formação do ser humano universal.

A complexidade humana
O ser humano é indescritivelmente diverso e complexo, não há como afirmar com certeza que certo procedimento é definitivamente melhor do que outro para a educação de alguém, pois ainda a interiorização do conhecimento não é completamente compreendida, nem dos animais e muito menos dos seres humanos. Apesar de ter vários e extensos estudos notáveis sobre o assunto e atualmente a grande maioria dos educadores respeitáveis apontarem para o interacionismo como o melhor caminho, mas mesmo assim, ainda há muita controvérsia e discórdia, já que não trata uma ciência exata. Certamente seria mais honesto e coerente para uma boa formação dos educando, apresentarmos vários caminhos do saber de concepções ideológicas diferentes, afinal é reconhecível que há conhecimentos que não estão prontos e acabados, embora, também há aqueles que estão consagrados e prontos. Existem coisas que necessitam de grande reflexão crítica outras de simples entendimento, e ainda, algumas que necessitam apenas de treino, precisamos de todos os tipos de pensamentos e aprendizagens, do mais complexo e até o mais simples para o nosso sucesso cognitivo, e nesse paradoxo, o entendimento do simples pode gerar a aprendizagem do complexo e a reflexão complexa pode encaminhar para o entendimento do simples.

A proposta da contribuição de forças para a Escola pública
O que há de se fazer não é uma apologia ao passado puramente tecnicista, pois nesse passado também havia um grande lado negativo e um retorno não seria nada benéfico e nem da destruição do que foi construído nos últimos anos, pois grandes avanços foram atingidos com surgimento do construtivismo, logo a solução seria a propensão para a contribuição da concepção tecnicista a concepção construtivista, uma irá suprir a incapacidade da outra e reunir forças para conseguirmos uma educação pública melhor, já que ambas possuem assim como tudo do universo um bom lado positivo e outro negativo e na interação surgirá a força positiva construtora e nessa reunião de força entre ambas, refletirá melhor a gama da variedade humana que poderá ter sucesso na escola, atingindo assim o grande desafio da escola pública atual: a missão social de atender as massas com qualidade de educação.
A contribuição de forças não será em proporções iguais, mesmo porque, o ponto de equilíbrio será diferente para cada nível, etapa e modalidade de educação variando também para cada tipo de aprendizagem, o grande articulador dessa dualidade de possibilidade será como sempre o professor, pois somente ele no contato e interação com alunos sentirá quando caminhar entre uma e outra concepção e até misturar entre elas. Basicamente a escola será estruturada em uma espinha dorsal construtivista, mas toda vez que necessário terá a presença da técnica, temperada com toques do tecnicismo onde o construtivismo não consegue alcançar com sucesso.
A primazia continuará sendo construtivista, pois é inegável sua inspiração de respeito a individualidade do aluno, interação entre áreas e valorização de contextos e da capacidade de construir conceitos e saberes.
Áreas de conhecimento como a Sociologia, Filosofia e História são naturalmente reflexivas e a presença do tecnicismo deverá ser praticamente nula, já em ciências naturais contemplará uma relativa presença do tecnicismo, na matemática a presença deverá ser a maior de todas, em seu início basicamente construtivista, mas logo após, com grande presença tecnicista, Língua Portuguesa, Arte e Educação Física será mediada entre ambas concepções, nelas há a necessidade da presença da expressão e da criatividade, mas também a presença de técnica. A Educação Infantil em sua própria essência é construtivista, o ensino fundamental continuará sendo construtivista mas com inúmeras intervenções tecnicistas ao longo dessa jornada do nível e o ensino médio poderá ter o número de intervenções tecnicistas reduzidos perante ao ensino fundamental. Projetos interdisciplinares e principalmente transdisciplinares nasceram na concepção construtivista, onde a presença do tecnicismo não será quase utilizada.

Deixando claro aos Educadores
Definitivamente esta ideia não se opõe em hipótese alguma a políticas e propostas educacionais como a progressão continuada, ciclos, gestão democrática, aprendizagem significativa, o lúdico, a emancipação e autonomia humana, a construção do saber, projetos inter e transdisciplinares, avaliação diagnóstica para a aprendizagem, contextualização de saberes, multiculturalismo, e muitas outras. Apenas cita e lembra a importância e eficiência que a contribuição das técnicas de ensino podem proporcionar uma melhor aprendizagem para muitos alunos, principalmente aos que mais necessitam de ser socorridos em seu direito de aprender, sem prejudicar as propostas pedagógicas construtivistas estabelecidas. Um exemplo típico dessa situação e que ocorre com enorme freqüência nas escolas, é que, um aluno que esteja no final segundo ano de ensino fundamental até então assistido em sua aprendizagem com a concepção pedagógica construtivista, mesmo após inúmeras tentativas de situações de aprendizagem regulares e de recuperação, diagnosticou-se através de avaliações, que ele não conseguiu o domínio mínimo esperado do código lingüístico para a etapa em que se encontra, neste caso, porque não proporcionar a ele uma recuperação baseada na técnica da família silábica direta, já que para este aluno o método construtivista de alfabetização não funcionou, porque não tentar o outro método, logicamente isso seria o óbvio, assim sendo, é um absurdo social e humano deixar de usar outro tipo de método diferente somente para não contradizer uma base teórica que no fundo é uma postura política herdada dos dirigentes e pensadores de um passado recente.
Quem paga o preço desta postura radical ideológica egoísta é o humilde aluno com defasagem de aprendizagem, ceifado no seu direito de aprender, destruindo suas oportunidades e afastando ainda mais a escola de sua missão social.

Concluindo
Não há crescimento e bons resultados sem a contribuição de forças, que podem ser iguais e parecidas, mas são nas forças distintas até mesmo opostas, que a chance da grande evolução acontece. Trata-se da condição do universo, em tudo há de se achar essa condição para o verdadeiro progresso, seja de forma natural, espontânea ou produzida pelo homem, e a Educação pública deste presente tempo em que vivemos necessita dessa contribuição entre as forças das concepções pedagógicas distintas para o seu sucesso.

Referência
Não bibliográfica e sim ao cotidiano profissional, epistemológico e pessoal de onze anos de situações presenciais nas escolas públicas.
Propostas do próprio autor, qualquer semelhança a textos produzidos antes deste trata-se de mera coincidência.
Termos como construtivismo, tecnicismo e interacionismo, são amplamente conhecidos dos estudos educacionais há décadas.

Autor: Prof. Alexandre Lopes Alves

Texto registrado no Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Registro Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de Lins-SP em 16/10/2014.

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