Partilha da África

Por Wellington Douglas de Oliveira | 18/07/2009 | História

INTRODUÇÃO

Mais de 16 milhões de quilômetros e o tamanho do território africano, quase duas vezes o Brasil com uma população de 1000 mil habitantes, caíram sob o domínio europeu em pouco mais de 10 anos; Mais tarde viria a partilha da África, quando Queitu desenhava o mapa da África ela já tomava alguma forma, mas sempre era revisto, pois varias mudanças, pois a África ainda estava sendo explorada; Desde Kátia os s motivos da partilha foram mais discutidos, foi a manifestação mais dramática da repartição do mundo entre as potências européias e os Estados Unidos no fim do séc. XIX segundo (J.M.Mackenzie).

O livro aborda um problema histórico, quais as causas e problemas e para a partilha da África qual o interesse político e econômico na África entre outros. Portanto são varias as explicações para tal fato que foram dividas para facilitar o leitor; Mais um problema ficara sem soluções definitivas, e o debate de um dos episódios mais notáveis da historia universal quem é mais convincente quanto ao assunto.

QUADRO HISTÓRICO

A primeira vista nos é contraditório como os europeus só chegaram a África no século XIX no território africano sendo eles vizinhos e tendo contato na antiguidade. A África do norte já era bem conhecida pelos romanos, quando Portugal e Espanha decidido a flanquear o poder do Islã fez seus primeiros contatos foram com a África. A Espanha se estabeleceu no norte, já os portugueses seguiram o litoral atlântico africano ocupando algumas ilhas, durante séculos a África foi uma barreira para os europeus chegar a Ásia, contudo ela também era uma fonte de riquezas naturais.

No entanto esses esforços na tentativa de conseguir o comerciam, do ouro africano falharam. Pois sua posição nunca foi muito forte com inúmeras revoltas contra eles.

Mas o fato é que o continente africano resistiu, os europeus encontraram varias dificuldade como a geografia africana, doença contribuiu para dificultar a sua entrada no continente. E a existência de reinos, com poderosos exércitos levaram aos europeus a serem derrotados quase sempre pelos Ashantis os Zulus e os Abissínios.Contudo os europeus continuaram na costa da África montando postos comerciais fortificados e durante muito tempo os africanos forneciam produtos aos europeus da costa, situação que incentivava o trafico de escravos. Muito utilizado na América como mão de obra barata e lucrativa. Até então, portanto, a África tinha exercido dois papeis auxiliares no esquema europeu como fornecedora de ouro para pagar as importações de especiarias da Ásia como supridora de escravos para trabalhar nas plantações americanas de algodão, tabaco, e açúcar.A África começa a adquirir uma maior importância para a Europa, em matérias primas e alimentos e a sua geografia passaram a ser mais bem conhecida facilitando a sua entrada, e avanço na medicina permitira os europeus sobreviver às doenças da África. Aquela foi uma época de exploradores individuais, com objetivos variado, alguns eram missionários outros geógrafos, naturalistas, etc...Em comum o vinculo com sociedades geográficas de seus paises, o conhecimento geográfico assim como o botânico ficou muito conhecido e muitos deles ganharam fama e prestigio com seus livros.

Nos anos de 1870 e1880 os exploradores tinham um novo significado, ao poder europeu, seu trabalho passou a ser mais rápido sem preocupações geográficas, com o pensamento nacionalista e anexação de território. Muitos viam os europeus como os progressos outros foram endividados ou mortos, foi o que aconteceu no Egito e sultanato de Zanzibar na África Oriental. Reis e chefes tribais foram enganados por missionários, por assinatura de tratados, não mais se limitava a só andar na África, mas sim dominar alguma região. Até 1880, a África fora de pouco interesse aos europeus, pois ele não queira uma ampliação do poder. Eles tinham o pensamento que em quanto os comerciantes mantivessem as portas abertas para eles não seria necessário o poder governamental, fato que viria a mudar.

AFRICA DO NORTE

A África setentrional sempre teve dupla participação no mundo mediterrâneo com os romanos, árabes e turcos otomanos. A segunda parte era pelas grandes rotas comerciais do Saara e pelo Nilo, no século XIX os europeus se deram conta da importância da África setentrional, após a expedição napoleônica em 1798, o que alertou os ingleses que logo após adquirir Malta em 1800, importante ponto estratégico, a influencia do império otomano na região começara a enfraquecer, e os laços africanos com os europeus aumentar.Nesse momento a partilha da África se vinculava ainda mais com a queda do poder do império otomano, o que facilitava, a troca de poderes que antes eram otomanos e assim vários pontos estratégicos foram tomados pelos europeus dos otomanos, algum sustentam que a partilha da África teve inicio em 1869, com a abertura do canal de Suez, ou quando Disraeli adquiriu do vice-rei do Egito as ações do canal.

Todo esse inicio de desentendimento anglo-francês levou a uma serie de acontecimentos o ultimo foi o pedido que a França abandonasse a região da bacia do Nilo branca, em 1898 quase toda a África sub-ariana já estava dividida, mas a partilha do norte ainda não estava definida totalmente.

AFRICA OCIDENTAL

Os europeus vinham comerciando na costa da África ocidental desde o século dezesseis e dezessete, usando posto comerciais fortificados que após algum tempo viraram colônias comercias, inglesa, francesa, portuguesa, espanhola, holandesa, etc..., Desse modo certas áreas de interesse especificam foram esculpidas. Todos esses fatores só incentivaram as expansões territoriais na África ocidental, varias razoes explicam tal fato uma delas era os envolvimentos continuam de autoridades locais em áreas alem de sua estrita jurisdição outro motivo eram as fronteiras, pois guerras entre os povos africanos eram constantes. Todas essas pressões só fizeram aumentar o expansionismo europeu na África.

Em 1865, uma comissão se reuniu para propor que não houvesse a expansão do domínio inglês na África ocidental e que fizessem esforços para recuar o seu domínio, nos anos de 1850 o recém fundado segundo império napoleônico exigia uma extensão territorial muito grande. Alguns comerciantes de maior expressão como Victor Regis estimulavam algumas anexações com objetivos comerciais que com o passar do tempo a França foi sonhando com um vasto império na África Ocidental ligando a Argélia ao Sudão Ocidental, os esforços da França em penetrar no interior da África Ocidental causaram alarmes entre os ingleses interessados em confirmar a vaga pretensão de dominar a região do Níger. Em 1879 um homem inglês de negocio reuniu todos os interesses ingleses no Níger em uma empresa a UAC (United África Company ), desde então essa companhia dedicou-se a excluir os interesses franceses da região.

AFRICA MERIDIONAL CENTRAL

NaÁfrica meridional a partilha insidiosa do território também vinha acontecendo desde antes de 1880 e que só fez aumentar a competição por territórios e recurso que tinha vários participantes tanto negros com brancos, ocasionado varias revoltas com as dos bores. Os estados que resistiram aos avanços dos brancos ficaram conhecidos como estados defensivos, cujos governantes se tornariam o mais capaz estadista africano; Os Zulus conseguiram várias vitórias, mas foram derrotados pelos seus adversários imperialistas.

Nas décadas de 1870 e 1880 surgiu uma nova disputa na África a pela disputa por recursos minerais. Quando em 1869 foram descobertos poucos alem da colônia do Cabo diamantes, região logo depois anexada pela Inglaterra. Em 1872 teve uma administração interna autônoma. A segunda parte da revolução foi à descoberta do ouro na republica do Bôer do Transuaal, em 1855 pelos ingleses.

AFRICA ORIENTAL

No século XVII, os portugueses descobriram seu pior inimigo, um pequeno estado do Golfo de Omã. Esse sultanato bloqueou os portugueses e intensificou o comercio costeiro da região desde 1798 os ingleses se interessava por Omã e em 1840, eles deram inicio a uma aproximação diplomática para culminaria com a dominação da ilha. Os ingleses fizeram com que o trafico negreiros na África orientais funcionassem como uma armadilha para os sultões de Zanzibar mediante a uma series de tratados, pois, na verdade eles criaram um sistema de governo informal, os navios não só procuravam traficantes de escravos, mas também protegiam o comercio Britânico. Devido ao seu potencial econômico os colonizadores (ingleses, alemães), acreditavam que a África Oriental fosse ter uma economia sustentável, mas a África Oriental foi um desapontamento econômico para o imperialismo europeu. Em 1880, concordaram com a divisão da África Oriental em esferas de influencia. Cederam um território aos franceses e italianos, completando a Partilha da África Oriental.

INTERPRETAÇÕES

Como podemos perceber a partilha da áfrica não foi súbita ou espontânea ela já vinha de algum tempo, no entanto a rapidez com que ela se efetuou após 300 anos de atividades costeiras por parte da Europa sugeriu uma nova e dramática fase do processo; Os historiadores elaboraram diferentes teorias para os acontecimentos dos anos de 1880 a 1890, e são interpretações que se dividem em metropolitana, periféricas, econômicas e não econômicas.

INTERPRETAÇÕES METROPOLITANAS: O imperialismo capitalista para manter sua capacidade de crescimento, os mercados mostram que após a revolução industrial as sociedades da época precisavam de mercados consumidores e a África sendo classificada como colônia era um deles; as matérias primas: com a revolução industrial os paises europeus pouco a pouco foram precisando de mais matérias primas para sus industria, que viram a África como um grande fornecedor; Imperialismo dos Estadistas,Nacionalismo e Popular: vêem como natureza política e diplomata, pela pressãocriada pelos novos estados nacionalistas da Europa, para definir uma identidade nacionalo imperialismo popular foi um resultado e uma causa da partilha, de outros avanços imperiais da época; o ativismo feudal: foi outra explicação social via o imperialismo como uma manifestação política dos elementos feudais remanescentes na sociedade européia; tecnologia: alegam que as ferrovias, navios a vapor e telégrafos foram elementos. crucial para a partilha.

INTERPRETAÇÃO PERIFERICAS: com as estratégias egitocêntrica: essa hipótese relaciona toda a partilha com a crise do Egito e rotas para a Índia, o ponto forte da partilha, foram que os ingleses não chegaram ao Egito para proteger os seus colonos, mas por razões estratégicas; as crises periféricas residem no fato de que ela focaliza a periferia não as metrópoles; sub-imperialismo vê como resultado de uma serie de casos notáveis foi o das atividades dos colonos na África Meridional, e as crises generalizadas ela surgiu na Europa nas relações entre europeus e não europeus.

CONCLUSÃO

A Europa dividiu sim em grandes partes a África, mas são varias teses, grandes homens, Egito-centrica etc... , o que mostra que não podemos responder a Partilha da África com tese européias ou periféricas.

BIBLIOGRAFIA.

MACKENZIE, J, M. A Partilha da África 1880-1900. 1º ed. São Paulo: Ática, 1994.