Parque do Ingá: problemas ambientais

Por Lucas Pietro Ferrari Gianini | 20/09/2017 | Ecologia

Projeto de estudo realizado no Parque do Ingá (Maringá-Paraná). Estudo sobre o solo do Parque, quantidade de lixo, Cyanobactérias no lago e nos córrego Moscados. Pesquisa com ênfase na parte do lixo que é depositado no local. Projeto de conscientização.

Autores:

João Staffuzza

Lucas Ferrari

Luís Antônio

Olavo Battaglini

Tatiane Cardoso

  1. Introdução

O povoamento da cidade de Maringá veio à tona em aproximadamente de 1938, na área conhecida atualmente como ‘’Maringá Velho”. Em pouco tempo, na década de 40, começou-se a construir edificações urbanas destinadas a compra e venda de terrenos, comércios varejistas e algumas hotelarias para colonos, de maioria mineiros, paulistas e nordestinos, atraídos pela grande força do ciclo do café ( até 1975).

Em 1945 foi criado pelo arquiteto Jorge Macedo de Vieira o projeto urbanístico de Maringá, a pedido da Companhia de Terras Norte do Paraná. O pensamento do projeto e traçado ficou pronto em 10 de maio de 1947, com prevenção para abrigar aproximadamente uma população de 200.000 pessoas em 50 anos, com áreas de comércio, residenciais, atacadista, entre outros. Além de estruturas que são essenciais para uma cidade, foram propostos pelo arquiteto ruas largas, avenidas e praças com preservação da floresta nativa, entre elas uma grande rede de áreas de conservação de fundo de vale e três áreas de grande porte como o Horto Florestal, o Bosque 2 e o Parque do Ingá.

O Parque do Ingá foi elaborado pelo mesmo arquiteto (Jorge Macedo de Vieira), cuja preocupação era manter preservadas as diversas espécies de animais e a floresta nativa previstas pelo plano urbanístico. A área permaneceu intocável até 1970, pelo fato da ocupação acelerada do solo urbano, com a petição da população por mais áreas livres e de lazer, foi inaugurado o Parque do Ingá no dia 10 de Outubro de 1971 (Parque do Ingá é uma palavra tupi-guarani que designa as árvores e frutos do gênero Ingá, frutos leguminosos naturalmente da mata do parque e no Brasil inteiro).

Desde a data de inauguração do Parque até a década de 90, a vegetação já estava completamente diferente, tanto na composição florística quanto em sua estrutura, por uma série de fatores, dentre eles: plantio de mudas exóticas que vieram para Maringá, e por incêndios próximos ao ambiente. Processos erosivos, abertura de trilhas dentro da mata e o lançamento de água pluvial da área urbanizada, acusavam a visitação invasiva e a obsolescência dos sistemas de drenagem e da urbanização frente às novas demandas de lazer da população visitante. Desde 1990, o lago (parte que fica ao meio do Parque), formado pelo Córrego Moscados já se encontrava poluído pela ação humana. Os equipamentos construídos, que foram:  zoológico, parque infantil, jardim japonês, campo de bocha, pedalinho, sede administrativa, arruamento em geral, estavam todos subdimensionados e inadequados aos animais e à visitação combinada com a preservação da área.

O espaço de lazer desempenha papel fundamental para a sociedade, em especial por contribuir para a convivência social, por meio do convívio as pessoas de Maringá atribuem certos significados a esses locais. Entretanto, a falta de espaços públicos de lazer para atendimento à população vem fazendo com que esses espaços, segundo Marcellino, Barbosa e Mariano (2008) deixem de ser locais de lazer e de prazer e passem a ser apenas lugares de circulação. Sendo assim, seria fundamental a criação de políticas públicas para a haja a ressignificação desse espaço urbano.

Segundo Gomes (2004), espaço de lazer refere-se a lugares em que possam acontecer o desenvolvimento de atividades, projetos ou qualquer outro tipo de programa de lazer, mas que também podem vir a transformarem-se em equipamentos de lazer, como espaços de áreas verdes ou até mesmo espaços urbanos vazios. Entre os diversos espaços de lazer estão os parques e as praças, considerados espaços públicos livres urbanos planejados conforme os interesses da comunidade naqual estão inseridos, destinados a recreação e ao lazer e que possibilitam a conservaçãode suas áreas verdes e o convívio da população (GOMES, 2007; MAZZEI;COLESSANTI; SANTOS, 2007). Desse modo, espaços como os parques, tornam-se elementos fundamentais para uma sociedade de vida urbana, pois além de possibilitar a conservação de áreas verdes, também pode oferecer uma variedade de atividades que podem propiciar a recreação e a prática de esportes para frequentadores do parque.

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