Para quê?

Por Andrêssa Leal Santos | 20/07/2015 | Poesias

Para que chorar?

Para que sorrir?

Para que buscar?

Para que sentir?

Para que correr?

Para que parar?

Para que vencer?

Para que cantar?

Não sei responder

Não sei redarguir

Não sei interpretar

Mas não posso fugir,

Esse questionamento absurdo

Quanta bobagem

Insanidades desse mundo.

Um planeta de alguém 

Uma pessoa desconhecida

Pergunta-se triste e até desesperada:

Para quê?

Para que ser?

Para que fingir?

Por que conhecer?

Para que inibir?

Responda-me sábio, converse comigo mestre

E diga-me sem arrodeios

Para quê?

Não seja ingênuo. Para quê?

Seja o nada ou o tudo. Não! Seja os dois

Ande sem rumo atordoado

Como algo que já se foi

Seja jucundo e consternado. Não! Seja os dois

Mas, parece que esqueci. Para quê?

De uma forma ou de outra

O melhor mesmo é ir. Para quê?

Quem saberia discutir?

Simples utopia

Mas, para quê?

Irrefutável. Irrefutável?

Mas, para quê?

Para ser conciso e utópico. 

Não!

Apenas para dizer:

Para quê?