Paper Position, Empresas no direito
Por Luis Fernando da Silva Rodrigues | 22/01/2016 | AdmFAE BUSSINESS SCHOOL
Luís Fernando da Silva Rodrigues
06/03/2015
Empresas nó direito.
Por grande parte das empresas por onde passei no meu ainda curto período profissional, diversificando entre funções e áreas de atuação, e parte deles eram nítidos os movimentos assíncronos tomados entre parte interessada no resultado e equipe de operação geradora dos resultados, sempre acreditei que a grande causa deste movimento assíncrono estivessem encrustada na pequenez de empresas familiares que, cresce fruto de uma boa ideia, alguém que um dia de fato foi visionário em seu segmento ou aproveitou uma grande abertura de mercado, podendo construir sua empresa nadando de braçada em um nicho ainda sem concorrência. Acredito hoje porem que as empresas e estas desculpas, muletas, onde sempre com a identificação de um problema relembrarmos das características familiares da mesma, esteja no passado. Hoje empresas nada mais são que instituições com objetivos financeiros focadas na geração de valor para seus acionistas em longo prazo, gerida ou liderada por pessoas, e estas sim responsáveis pelas características da empresa onde trabalham. Muitas das vezes a estrutura hierárquica já não atual, cai ainda mais por terra, frente vontades, arrojos desnecessários, de donos, acionistas ou “patrões”. Por diversas vezes vislumbrei situações como o desvio de função, do foco ou planejamento a toque de caixa e vontade do corpo executivo destas empresas, que por vários momentos acabavam por custar caro a elas, se não financeiramente, credibilidade perante corpo funcional. Acredito que hoje grande parte destas empresas estruturadas de forma “solta” de acordo com o fluxo com as necessidades e não em cima de uma planejamento a longo prazo estejam encontrando dificuldades para se manterem sustentavelmente no mercado, ou se reinventar perante tantas mudanças sistêmicas e mercadológicas, hoje a grande concorrência em todos os seguimentos, não abre margem para o erro, na atualidade onde o seu cliente é constantemente assediado pelo seu concorrente, grandes empresas acabam espremendo seus preços, abrindo mão de sua margem a fim de manter seus clientes, desta forma exige-se cada vez mais desempenho e melhoria na produção ou prestação de serviço de forma a manter a empresa no mercado de maneira sustentável, lucrando.
Entendo que a atividade vivenciada em sala de aula no último sábado, nos ajuda a compreender de certa forma este cenário, observado facilmente dentro de empresas na atualidade. Tínhamos um objetivo, deveríamos entregar um nó direito ao nosso cliente, hora professor Dante, tínhamos um período de tempo para concluir esta atividade, tivemos em sala ainda as orientações e o cenário que vislumbraríamos para entrega daquela atividade, sabíamos certamente ao sair da sala a objetivos e como deveria ocorrer sua entrega, porem mesmo assim realizando a atividade sua entrega não foi satisfatória, nos perdemos entre o solicitado, sua forma de execução, objetivo final da atividade, ruim? Não, esta atividade acaba por descrever nosso perfil, e efetivamente concluir a forma como trabalhamos em nossas empresas, e comprovando sim que estas empresas, são instituições geridas e operadas por pessoas, e desta forma espelham nossas atitudes, comumente colegas de trabalho, nós mesmos inclusive, reclamamos por alguma situação, hierarquia, estrutura atrasada, porem olhamos para o externo antes de avaliarmos nós mesmos, nossas atitudes como parte deste modal. Ainda sobre a atividade podemos abordar alguns pontos mais relevantes; era sabido antes de sairmos da sala o cenário que deveríamos comtemplar para execução da atividade, porém ao chegarmos no local e nos separamos em grupo, caiu por terra implicitamente, para todos, que trabalhávamos em prol de um objetivo somente, (a entrega de um nó direito ao cliente Dante), acredito eu que tenhamos deixado de lado esta parte importantíssima da atividade prescrita, por conta do ambiente competitivo que vivemos hoje, inclusive, assim como na atividade dentro das empresas, internamente. Por muitas das vezes travamos batalhas intermináveis e sem sentido por conta de ego, reconhecimento, dentre outros fatores, buscamos antes nosso reconhecimento profissional e pessoal, não abrindo mão de nossas opiniões e do que julgamos, certo ou errado, de forma totalmente desalinhada ás pretensões de sua função e objetivo da empresa onde trabalhamos. Provavelmente dentre os dois grupos presentes na atividade, tínhamos pessoas que tinham o conhecimento correto a respeito da atividade, sabiam, mesmo após termos divididos em grupos que éramos sim uma empresa só, mesmo que dividida em grupos, porem acabou por se abster, negligenciar-se, não expos sua opinião, mesmo sabendo que trabalhará de forma errônea, acabou seguindo a maioria; nossas empresas, instituições também comtemplam profissionais desse modelo, que negligenciam-se, não tomam partido, não questionam, a mesma situação aplica-se também para o nó direito solicitado, certamente dentre as duas equipes haviam pessoas que conheciam o nó direito, porem mesmo assim, construímos um nó simples e um laço. Outro ponto foi a atividade que deveria ser executada, o Nó direito, talvez o ponto mais importante inclusive; desempenhamos durante 4 minutos, algo que nem sabíamos o que era, compramos a ideia de alguém, ou de um conjunto de pessoas que julgavam conhecer o nó e ter interpretado as atividades, abstivemos de nosso intelecto para seguir a maioria totalmente complacente a eles e sem questionar, sabíamos mesmo que de forma implícita que não era nítido o conhecimento a respeito do nó em ninguém dentre os grupos, porém não questionamos nosso cliente e produzimos de acordo com nossas errôneas convicções o quase nó. Isso é grave, e se pune constantemente no mercado, imagine um empresa que compre de seu cliente um produto, quando dada sua entrega o produto recebido é totalmente diferente, irá prejudicar sua linha, seus processos, enfim, qual a possibilidade desta empresa procurar novamente este fornecedor, nenhuma, trazendo o exemplo para dentro de nossas empresas, por quantas vezes não encontramos entregas não satisfatórias, dentre nossas equipes, nossos pares, inclusive corpo executivo e diretorias, não existe o questionamento sobre o porquê da atividade o entendimento dela dentro do processo como um todo. Dentre várias empresas com características familiares por onde passei, este era um cenário muito comum vislumbrado constantemente, profissionais totalmente inertes e fadados a “apertarem parafusos” sem o entendimento, o “porque” daquilo, e a relevância desta sua atividade para a atividade da empresa, por muitas vezes inclusive, não somente no operacional; corpos executivos ascendidos de acordo com “laços familiares”, sem resultados palpáveis, eram mantidos por grandes períodos, por conta de relacionamento, dentre outros fatores, nestes casos vislumbrávamos a negligencia em todo corpo da empresa, todos sabem o que ocorre, porém não há atitudes para mudança de cenário, a mudança quando ocorre em sua maioria vem de fora pra dentro, por alguma determinação de investidores, conselho de administração ou algo do tipo.
Acredito que a execução da atividade proposta pelo Dante, veio com o objetivo de mostrar-nos que como peças importantes dentre as empresas onde trabalhamos, somos imagem e semelhança do que julgamos como aspectos delas, esta atividade veio a acrescentar à atividade anterior quando apontamos cinco características do ser humano na atualidade, onde estas cinco representavam também nós mesmo como seres humanos; acredito ainda que estas características de empresas nó direito são facilmente conferidas em empresas familiares advindas de uma políticas e um modo de gestão mais encrustada no passado, temos hoje também em minoria exemplos de empresas mesmo que familiares mais com métodos de gestão mais atuais, ou pelo menos horizontais podemos dizer (startups por exemplo). Como empregados e peça importante dentro destas empresas vislumbro duas possibilidades, também considerando as experiências que tive em empresas familiares, podemos com elas, incrementar nosso conhecimento, implementando novas políticas de gestão em nossos departamentos, politicas estas que se demonstradas e comprovadas seu sucesso perante índices e números podem emergir um novo modo de pensar de todo corpo na empresa, obviamente se houver abertura suficiente para isso; ou também não nós acomodarmos, nem sermos complacentes com estes ambientes de trabalho, nada podemos acrescentar em uma empresa que se fecha no passado em políticas e modos de gestão desatualizados, cabe somente a nós esta decisão.