Panorama do Novo Testamento
Por Reinaldo Bui | 14/04/2013 | BíbliaO MUNDO DO NOVO TESTAMENTO
O mundo político do Novo Testamento
O século VIII a.C. viu a fundação de Roma e no século V a.C. houve a organização de uma forma republicana de governo ali sediada. Dois séculos de guerra com a cidade rival de Cartago, na África do Norte, chegaram ao fim com a vitória romana (146 a.C.). As conquistas feitas na extremidade oriental da bacia do Mediterrâneo, sob o comando de Pompeu, como também na Gália, por Júlio César expandiram o domínio romano. Após o assassinato de Júlio César, Otávio, que mais tarde veio a ser conhecido como Augusto derrotou as forcas de Antônio e Cleópatra, na batalha naval de Ácio, na Grécia, em 31 a.C. tornando-se então o imperador de Roma. Dessa maneira, pois, Roma passou por um período de expansão territorial para outro, de paz, o que se tornou conhecido como Pax Romana. A província da Judéia interrompeu esta tranqüilidade mediante grandes revoltas, que os romanos esmagaram nos anos 70 e 135 d.C. Contudo a unidade prevalecente e a estabilidade política do mundo civilizado sob a hegemonia de Roma facilitaram a propagação do cristianismo quando do seu aparecimento.
Augusto estabeleceu um sistema provincial de governo, cujo desígnio era impedir que os procônsules administrassem territórios estrangeiros visando ao seu engrandecimento pessoal. Os procônsules, nomeados pelo senado romano para governar as províncias senatoriais, usualmente pelo termo de apenas um ano, prestavam contas ao senado. Paralelamente aos procônsules haviam os procuradores nomeados pelo imperador, os quais exerciam a sua autoridade civil e militar por meio de exércitos permanentes.
OS IMPERADORES ROMANOS
Os imperadores romanos seguintes, alistados com as datas de seus respectivos governos, estão vinculados às narrações do Novo Testamento:
Augusto (27a.C. a 14 d.C.) – Sob quem ocorreram o nascimento de Jesus, o recenseamento ligado ao Seu nascimento e os primórdios do culto ao imperador.
Tibério (14 d.C. a 37 d.C.) – Sob quem Jesus efetuou o se ministério publico e foi morto.
Calígula (37 d.C. a 41 d.C.) – Que exigiu que se lhe prestasse culto e ordenou que sua estatua fosse colocada no templo de Jerusalém, mas veio a falecer antes que sua ordem fosse cumprida.
Cláudio (41 d.C. a 54 d.C.) – Que expulsou de Roma os residentes judeus, entre os quais estavam Áquila e Priscila, por motivo de distúrbios civis.
Nero (54 d.C. a 68 d.C.) – Que perseguiu os cristãos, embora, provavelmente, somente nas cercanias de Roma e sob quem Pedro e Paulo foram martirizados.
Vespasiano (69 d.C. a 79 d.C.) – O qual, ainda general romano, começou a esmagar uma revolta dos judeus, tornou-se imperador e deixou o restante da tarefa ao encargo de seu filho Tito, numa campanha que atingiu o clímax com a destruição de Jerusalém e de seu templo.
Domiciano (81 d.C. a 96 d.C.) – Cuja perseguição contra a igreja provavelmente serviu de pano de fundo para a escrita do Apocalipse, como encorajamento para os cristãos oprimidos.
Herodes, o Grande
Os romanos permitiam a existência de governantes nativos, vassalos de Roma, na Palestina. Um desses foi Herdes, o Grande, que governou o país, sob os romanos de 37 a.C. a 4 a.C. Seu pai, Antípatro, tendo subido ao poder contando com o favor dos romanos, lançara-o numa carreira militar e política. O senado aprovou o oficio real a Herodes, mas ele foi forcado a obter controle da Palestina mediante o poder das armas. Tendo por antepassados os idumeus (descendentes de Esaú), por isso mesmo não era visto com bons olhos pelos judeus. Herodes era um individuo astuto, invejoso e cruel. Assassinou a duas de suas esposas e pelo menos três de seus próprios filhos. Foi ele quem ordenou a matança das criancinhas de Belém, em consonância com a narrativa da natividade de Mateus. De certa feita, Augusto disse que era melhor ser um porco de Herodes que um filho seu (jogo de palavras, porquanto no grego as palavras que significam porco e filho são parecidas). Mas Herodes era igualmente um governante eficiente e um consumado político, tendo conseguido sobreviver às lutas pelo poder nas camadas mais altas do governo romano. Por exemplo, ele trocou a lealdade a Marco Antônio, em prol de Augusto e conseguiu convencer a este ultimo de sua sinceridade. A administração de Herodes se caracterizava por política secreta, toque de recolher e pesados impostos, apesar de também ter distribuído cereal gratuito em período de fome e vestes grátis quando de outras calamidades.
Entre seus muitos projetos de edificação, sua maior contribuição para os judeus foi a reforma e o embelezamento do templo de Jerusalém. Isso não expressava sua participação na fé judaica (ele não acreditava nela), mas foi uma tentativa de conciliar os seus súditos. O templo de Jerusalém decorado com mármore branco, ouro e pedras preciosas, tornou-se proverbial devido ao seu resplendor: “Quem jamais viu o templo de Herodes, nunca viu o que é belo”. Ele baixara ordens para que fossem executados determinados lideres judaicos por ocasião do seu falecimento, a fim de que, embora não houvesse lamentação por motivo de sua morte, pelo menos houvesse quando de sua morte. Mas tal ordem pereceu juntamente com ele.
Os descendentes de Herodes
Destituídos das habilidades e ambições de seu pai, os filhos de Herodes passaram a governar porções separadas da Palestina. Arquelau tornou-se etnarca da Judéia, Samaria e Iduméia. Herodes Filipe, tetraca da Ituréia, Traconites, Gaulanites, Auranites e Batanéia e Herodes Antipas tetraca da Galiléia e Peréia. João Batista repreendeu a Antipas por haver-se divorciado de sua esposa para casar-se com Herodias, esposa do seu meio-irmão. Quando Herodes induziu sua filha dançarina a que pedisse a cabeça de João Batista, Antipas acedeu á horrenda solicitação. Jesus chamou a Herodes Antipas de “essa raposa” e mais tarde teve de enfrentar o juízo deste tribunal. Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande, executou o apostolo Tiago, filho de Zebedeu, e também encarcerou Pedro. Herodes Agripa II, bisneto de Herodes, o Grande, ouviu Paulo em sua auto-defesa.
Os desmandos de Arquelau na Judéia, Samaria e Iduméia provocaram sua remoção do oficio e seu banimento por ordem de Augusto, em 6 d.C. Esses mesmos desmandos tinham sido a causa pela qual Jose, Maria e Jesus ao regressarem do Egito, tiveram de estabelecer-se em Nazaré, na Galiléia, ao invés de fazê-lo em Belém na Judéia. Apos a remoção de Arquelau, o território passou a ser dirigido por procuradores romanos, exceto por breves períodos. Um destes procuradores, Pôncio Pilatos, foi o juiz da causa de Jesus. Os governadores Félix e Festo ouviram a exposição do caso de Paulo. E quando o governador Floro pilhou o tesouro do templo, isso foi o estopim da revolta dos judeus em 66 – 73 d.C. Devemo-nos lembrar, entretanto, que a despeito de Herodes e dos governadores romanos, o sacerdócio judaico e o Sinédrio (uma modalidade de Tribunal Superior dos judeus) é que controlavam boa parte das questões locais que afetavam a vida diária.
O Fim do Estado Judaico
A adoração no templo de Jerusalém, com seu sistema se sacrifícios. Cessou com a destruição de Jerusalém, em 70 d.C. Como medida substitutiva, os rabinos judeus estabeleceram uma escola na cidade costeira do mediterrâneo de Jamnia, onde se fizessem estudos mais intensivos da Tora, ou Lei do Antigo Testamento. A incerta situação continuou na Palestina ate os duas do Imperador Adriano, o qual mandou erigir um santuário dedicado a Júpiter, deus romano, no local exato em que estivera o templo, alem de ser proibido o ritual da circuncisão. Os judeus se rebelaram mais uma vez, agora sob a liderança de Bar Cochba, o qual foi saudado por muitos como se fora o Messias (132 d.C.). Mas os romanos abafaram o levante em 135 d.C., reconstruíram Jerusalém como uma cidade romana e baniram os judeus, proibindo-os de entrar na cidade. Dessa forma, pois, deixou de existir o estado judaico, até que foi reavivado em 1948.
O MUNDO RELIGIOSO DO NOVO TESTAMENTO
O judaísmo não constitui qualquer exceção à inclinação humana para o sectarismo religioso, não obstante conservar maior solidariedade do que as outras religiões do mundo romano. Posto que todas as suas seitas mantivessem lealdade para com a lei, as suas características iam do liberalismo ao racionalismo, e do misticismo ao oportunismo político.
Os Fariseus
A seita maior e de maior influência nos dias do Novo Testamento era a dos fariseus. O seu nome deriva do verbo parash, separar. Eram os separatistas puritanos do judaísmo e se afastavam de todas as más associações e que procuravam prestar completa obediência a todos os preceitos da lei oral ou escrita. Esta seita formou-se tempo depois dos Macabeus e por volta de 135 a.C. e estava firmemente estabelecida.
A sua teologia fundamentava-se no cânon do Antigo Testamento que compreendia a lei de Moisés, ou Torah, os Profetas e as Escrituras. Usavam o método alegórico de interpretação, para poderem dispor de elasticidade o bastante na aplicação da lei a novas questões que pudessem ser levantadas.
Acreditavam na existência de anjos e de espíritos, na imortalidade da alma e na ressurreição do corpo. Praticavam a oração e o jejum e entregavam o dízimo meticulosamente. Eram muito restritos na guarda do sábado, não permitindo sequer a cura dos doentes, nem a ceifa de trigo para comer na jornada.
Os padrões morais e espirituais do farisaísmo podem ter tido tendência para a justiça própria e conseqüentemente para a hipocrisia, mas tinham, no entanto, elevados padrões, em comparação com a média daquele tempo.
De todas as seitas do judaísmo, só o farisaísmo sobreviveu. Tornou-se o fundamento do judaísmo ortodoxo moderno, que segue o modelo de moralidade, de cerimonialismo e do legalismo judaico.
Os Saduceus
Os saduceus, segundo a tradição, derivam seu nome dos filhos e Zadok, que foi o sumo sacerdote nos dias de Davi e Salomão. Os filhos de Zadok eram a hierarquia sacerdotal no tempo do cativeiro babilônico (2Cr. 3.10; Ez. 40.46; 44.15 e 48.11) e, claramente persiste o nome como título do partido sacerdotal nos dias de Cristo.
Menos numerosos que os fariseus, tinham poder político e consistiam o grupo dominante na direção da vida civil do judaísmo, sob o domínio de Herodes. Como seita judaica, os saduceus seguiam estritamente a interpretação literal do Torah, que declaravam ser o único canônico, tendo maior autoridade do que os Profetas e as Escrituras. Não avia, conseqüentemente, qualquer lugar para a tradição oral no seu pensamento, ao passo que os fariseus estudavam a tradição com deleite.
Como racionalistas e anti-supernaturalistas, negavam a existência de anjos e espíritos (At. 23.8) e não acreditavam na imortalidade pessoal. A sua religião era friamente ética e muito mais aberta às influências helenísticas do que o farisaísmo. Politicamente, os saduceus eram oportunistas e estavam sempre prontos a aliar-se com o poder dominante, dês que, por esse meio, pudessem manter seu prestígio e influência.
Ao contrário dos fariseus, não sobreviveram à destruição de Jerusalém. A cessação do sacerdócio a que pertenciam muitos saduceus e a hostilidade com Roma, que tinham primeiramente protegido a casta dos saduceus, terminaram a existência da seita.
Os Essênios
Pouco se sabe desta seita que Josefo descreveu em pormenor no se livro “Guerra dos Judeus”. A significação do seu nome é incerta, mas há quem pretenda liga-la à palavra grega hosios, que significa “santo”.
Os essênios, diferentemente dos fariseus e dos saduceus, constituíam uma fraternidade ascética, para a qual só podiam entrar aqueles que se submetessem aos regulamentos do grupo e às cerimônias de iniciação. Abstinham-se do casamento e mantinham as suas fileiras por adoção ou recepção de neófitos. As suas comunidades mantinham em comum as suas propriedades, de sorte que nenhum era rico nem pobre. Cada um se sustentava a si próprio por meio do trabalho manual. Comiam os alimentos mais simples e vestiam-se habitualmente de branco, quando não estavam trabalhando.
Os essênios eram sábios e restritos em conduta, não dando lugar à ira, nem usando juramentos. Observavam o sábado com o maior rigor e dava,m atenção especial à pureza do indivíduo. Qualquer desvio das regras da sua ordem era punido com a expulsão da comunidade.
Teologicamente, os essênios eram semelhantes aos fariseus na sua observância estrita da lei e no seu supernaturalismo. Ensinavam que a alma do homem é intangível e imortal, encerrada num corpo perecível. No entanto, o bom passa para uma região de Sol brilhante e frescas brisas, enquanto que os réprobos são relegados para um lugar escuro e tempestuoso de tormento contínuo.
As tendências ascéticas dos essênios são comparáveis de muitas maneiras ao monasticismo que desabrochou na Idade Média. Algumas de suas doutrinas parecem ter brotado do contato com o pensamento gentílico, pois assemelham-se aos estóicos nas suas atitudes. É realmente curioso o fato de não serem mencionados nos evangelhos. Alguns escritores aventavam a opinião que João Batista e Jesus foram essênios, sendo, então, o cristianismo um desenvolvimento do essenismo. A despeito de algumas semelhanças superficiais, o legalismo estrito do essenismo, em contraste com a saliência da graça do cristianismo, torna tal ligação extremamente improvável.
Para haver ligação entre os essênios e a seita cuja “disciplina” aparece entre os Manuscritos do Mar Morto, recentemente descobertos, não temos ainda prova cabal dessa ligação, mas as evidências parecem aumentar.
Os Zelotes
Os zelotes não eram uma seita religiosa da mesma categoria dos fariseus ou essênios. Constituíam um grupo de nacionalistas fanáticos que advogam a violência como um meio de se libertar de Roma. No tempo do cerco de Jerusalém, sob o reinado de Tito, constituíam uma das facções dentro da cidade e a dissensão causada por eles contribuiu para a queda da cidade. Estavam ligados com os “sicários” mencionados em At. 21.38. Simão, discípulo fé Jesus, pertenceu a eles, como indica o seu nome (Lc. 6.15 e At. 1.13)
A PLENITUDE DOS TEMPOS
Deus prepara o mundo para o advento do Messias
Desde que o homem caiu no pecado, Deus começou a trabalhar para salva-lo, para redimi-lo. Aquele abençoado ano (4 a.C.) em que Jesus nasceu na vila de Belém, não foi um acaso nos planos de Deus, mas uma coisa multi-secular, que exigiu esforços da parte do Senhor e do sacrifício do Seu Filho.
Depois de Malaquias, não temos registrada nenhuma revelação de Deus. O silêncio divino é uma das contribuições para preparar o mundo para o advento do Messias. Nesses quatrocentos anos de silêncio divino, ocorreram milhares de sucessos que, somados, preparam o século que Jesus nasceu.
Por isso Paulo declarou em Gl. 4.4: “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”.
I) Romanos
Quando O Cristianismo surgiu, e durante os primeiros séculos de sua existência, os romanos eram senhores do mundo. Assim ele deve ser considerado, não porque haviam muitas regiões fora de seu território, mas porque a parte em que governavam foi aquela onde a civilização estava realizando os seus notáveis progressos, Além disso o império romano abrangia todas as terras que seriam alcançadas pelo cristianismo durante os três primeiros séculos da era cristã. Lá pelos anos 50d.C o império abrangia a Europa ao sul do Reno e do Danúbio, a maior parte da Inglaterra, o Egito e toda costa norte da África, como grande parte da Ásia desde o Mediterrâneo à Mesopotâmia.
Com o seu império, os romanos se tornaram os mais úteis instrumentos de Deus no preparo do mundo para o advento do cristianismo. Além disso, o poder de Roma trouxe uma paz universal, a Pax Romana. Esta paz entre os povos favoreceu extraordinariamente a disseminação, entre as nações, da religião que pretendia um domínio espiritual universal. A administração romana tornou fáceis e seguras as viagens e comunicações entre as diferentes partes do mundo. Os que sabem como as atuais facilidades de transporte e comunicações têm auxiliado o trabalho missionário, podem compreender o que significava essa facilidade para a implantação do cristianismo.
II) Gregos
Ao surgir o Cristianismo, os povos que habitavam as regiões do Mediterrâneo tinham sido profundamente influenciados pelo espírito do povo grego. Com seu comércio, os gregos foram a todas as partes. A sua influência espalhou-se e foi mais acentuada nas cidades e países que constituíam os mais importantes centros do mundo até então. Tão poderosa foi a influência dos gregos que denominamos de greco-romano este mundo antigo, porque Roma governava politicamente, mas a mentalidade desse império tinha sido moldada fundamentalmente pelos gregos.
Por muitos séculos antes da era cristã, os gregos foram os detentores da vida intelectual mais vigorosa e desenvolvida do mundo. Tudo quanto se relacionava com a pesquisa filosófica foi objeto de meditação dos gregos, como de nenhum outro povo. É verdade que os hebreus tinham recebido uma revelação de Deus e da sua vontade, que os gregos jamais possuíram, mas os judeus não eram dados às pesquisas, às indagações, nem se interessavam pela discussão dessas questões como os gregos.
Os gregos fizeram outra contribuição importante para o preparo do mundo para o advento do cristianismo, disseminando a língua em que seria pregado o evangelho. A força deste fato está de que a língua mais falada às margens do Mediterrâneo era o dialeto grego conhecido por KOINÊ ou dialeto comum. Era esta a língua universal do mundo greco-romano, tal qual o inglês é para os nossos dias. Os primeiros missionários, como Paulo, fizeram quase todas as suas pregações nesta língua e nela foram escritos os livros que vieram a constituir o nosso Novo Testamento,
III) Judeus
Os hebreus, ou judeus, constituíram o povo divinamente indicado para mordomos da verdadeira religião. A missão deles foi receber de Deus uma revelação especial a respeito do próprio Deus e da sua vontade e preservar estes ensinos na sua pureza e integridade de modo que na “plenitude dos tempos” eles, os judeus, se constituíssem uma benção para todos os povos.
Os judeus prepararam o “Berço do Cristianismo”, fizeram os preparativos para o seu nascimento e o alimentaram na sua primeira infância, por assim dizer. Prepararam antecipadamente a vida religiosa em que foram instruídos o próprio Senhor Jesus e todos os primeiros cristãos, inclusive os apóstolos.
Em 2º lugar os judeus preparam o caminho para o cristianismo porque se constituíam numa raça que aguardava o que o cristianismo oferece: um Salvador divino. A esperança de um Messias era acariciada por todos os judeus como a mais preciosa das possessões (alguma vezes de forma errada e materialista, mais esperavam).
Em 3º lugar, os livros sagrados dos judeus foram um auxílio inestimável. O nosso Velho Testamento foi por eles entesourado como um relato da manifestação do próprio Deus na sua vida pessoal e nacional. Assim, o cristianismo foi suprido no seu nascimento por uma literatura religiosa que ultrapassou infinitamente qualquer outra desse gênero.
Outro fator importante de lembrar era que, ao contrário da maioria, senão de todos os povos, os judeus eram monoteístas: a crença em um só Deus.
Divisões dos livros do Novo Testamento
Históricos |
Evangelhos |
Sinópticos |
|
Suplementar |
|||
Histórico |
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EPÍSTOLAS |
Paulinas |
Igrejas |
|
Indivíduos |
|||
Gerais |
Judeus |
||
Judeus e Gentios |
|||
Profético |
Os Livros Históricos
AUTOR |
DATA |
LOCAL |
DESTINO |
|
Mateus |
Mateus (Levi) Lc. 5.27-29 |
60 d.C. |
Antioquia da Síria |
Judeus da Síria e Palestina |
Marcos |
João Marcos At. 15.39 1Pe. 5.13 (Discípulo de Pedro) |
55 d.C. |
Roma |
Romanos |
Lucas |
Lucas (médico) Cl. 4.14 |
60 d.C. |
Roma |
Teófilo |
João |
João (Discípulo amado) |
90 d.C. |
Éfeso (pastor) |
Todo o mundo |
Atos |
Lucas |
63 d.C. |
Roma |
Teófilo |
As Epístolas Paulinas
Às Igrejas
DATA |
LOCAL |
DESTINO |
|
Romanos |
55 d.C. |
Corinto |
Igreja de Roma (capital do mundo) |
1 Coríntios |
54 d.C. |
Éfeso |
Corinto Principal cidade do sul da Grécia |
2 Coríntios |
55 d.C. |
Macedônia |
Corinto |
Gálatas |
49 d.C. |
Antioquia da Síria |
Galácia |
Efésios |
60 – 61 d.C. |
Prisão em Roma |
Éfeso Capital da Ásia Menor |
Filipenses |
60 – 61 d.C. |
Prisão em Roma |
Filipos Colônia romana |
Colossenses |
60 – 61 d.C. |
Prisão em Roma |
Colossos |
1 Tessalonicenses |
50 – 51 d.C. |
Corinto |
Tessalonicenses |
2 Tessalonicenses |
50 – 51 d.C. |
Corinto |
Tessalonicenses |
Para Indivíduos
DATA |
LOCAL |
DESTINO |
|
1 Timóteo |
62 – 65 d.C. |
Macedônia |
Timóteo (Discípulo de Paulo e pastor em Creta) |
2 Timóteo |
67 d.C. |
Roma (preso pela 2º vez) |
Timóteo |
Tito |
65 d.C. |
Macedônia |
Tito (Pastor em Creta) |
Filemon |
60 – 61 d.C. |
Prisão em Roma |
Filemom (Provavelmente a Igreja de Colossos reunia-se na casa de Filemom) |
As Epístolas Gerais
Para Judeus
AUTOR |
DATA |
LOCAL |
DESTINO |
|
Hebreus |
Possíveis autores: Paulo Barnabé Apolo Silas Clemente |
69 d.C. (Antes da queda de Jerusalém) |
Desconhecido |
Cristãos hebreus |
Tiago |
4 Tiagos: 1) Filho de Alfeu 2) Irmão de João 3) Pai de Judas 4) Meio irmão de Jesus (Mc. 6.3) |
45 d.C. |
Jerusalém |
Judeus da dispersão |
Para Judeus e Gentios
AUTOR |
DATA |
LOCAL |
DESTINO |
|
1 Pedro |
Pedro |
63 d.C. |
Babilônia (Roma) |
Cristãos da Ásia Menor |
2 Pedro |
Pedro |
67 d.C. |
Roma |
Cristãos da Ásia Menor |
1 João |
João |
90 d.C. |
Éfeso |
Crentes em geral |
2 João |
João |
90 d.C. |
Éfeso |
Senhora eleita e seus filhos |
3 João |
João |
90 d.C. |
Éfeso |
Ao presbítero Gaio |
Judas |
Judas |
70 – 80 d.C. |
Desconhecido |
Crentes em geral |
ANÁLISE DOS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO
MATEUS
Propósito |
Mateus foi escrito para judeus, visando responder às suas indagações sobre Jesus de Nazaré, que alegava ser o Messias de Israel. Neste evangelho Jesus é freqüentemente chamado de Filho de Davi e é apresentado como Aquele que cumpre as profecias messiânicas do Antigo Testamento. O Reino dos Céus é o assunto central de boa parte do ensino registrado neste evangelho. |
Comentário |
O Evangelho de Mateus apresenta Jesus como o Messias, o Salvador que Deus tinha prometido enviar ao mundo. O Evangelho começa com a lista dos antepassados de Jesus, ligando-o assim à história do povo de Deus. Jesus é aquele em quem se cumprem as promessas feitas ao rei Davi e a Abraão, o pai do povo escolhido. Em seguida, o autor fala do nascimento de Jesus, citando, passo a passo, textos do Antigo Testamento a fim de provar que Jesus é, de fato, o Messias que Deus enviou {1.23; 2.5-6; 2.15; 2.17-18; 2.23}. Neste Evangelho, os fatos da vida de Jesus aparecem na mesma ordem seguida no Evangelho de Marcos. Depois de ser batizado no rio Jordão por João Batista, Jesus é tentado no deserto e em seguida vai para a Galiléia, onde ensina multidões, cura doentes e expulsa demônios. Mateus dá muita importância aos ensinamentos de Jesus e junta muitos deles em cinco grandes discursos: 1) o Sermão do Monte, em que Jesus fala a respeito do caráter, dos deveres, dos privilégios e do destino daqueles que pertencem ao Reino do Céu (caps. 5-7); 2) instruções dadas aos doze apóstolos para a sua missão de anunciar a vinda do Reino do Céu e de curar os doentes (cap. 10); 3) os segredos do Reino do Céu, apresentados em forma de parábolas (cap. 13); 4) ensinamentos a respeito da Igreja, a nova comunidade composta dos seguidores de Jesus (cap. 18); 5) ensinamentos sobre o fim do mundo e a vinda do Reino do Céu (caps. 24-25). Além desses cinco discursos, Mateus registra outras palavras de Jesus, como, por exemplo, as condenações que ele faz contra os professores da Lei e os fariseus (23.1-36). |
Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
O começo do Evangelho {1.1-4.11} 1. Os antepassados de Jesus {1.1-17} 2. O nascimento e a infância de Jesus {1.18-2.23} 3. O trabalho de João Batista {3.1-12} 4. O batismo e a tentação de Jesus {3.13-4.11} Jesus na Galiléia {4.12-18.35} 1. O começo do trabalho {4.12-25} 2. O Sermão do Monte {5.1-7.29} 3. Curas e ensinamentos {8.1-9.38} 4. Instruções para os doze apóstolos {10.1-42} 5. Amigos e inimigos de Jesus {11.1-12.50} 6. Parábolas do Reino do Céu {13.1-52} 7. O fim do trabalho na Galiléia {13.53-17.27} 8. Instruções para o povo da nova aliança {18.1-35} Da Galiléia até Jerusalém {19.1-20.34} O Messias em Jerusalém {21.1-27.66} 1. Disputas e ensinamentos {21.1-23.39} 2. Ensinamento sobre os tempos finais {24.1-25.46} 3. A traição, o julgamento e a crucificação de Jesus {26.1-27.66} A ressurreição e as aparições de Jesus {28.1-20} |
MARCOS
Propósito |
Marcos escreveu para leitores romanos. Por esta razão, a genealogia de Cristo não é incluída (quase não teria significado para os gentios), o sermão do monte não é mencionado e a condenação dos partidos judaicos recebe pouca atenção. Marcos achou necessário interpretar algumas palavras aramaicas e usou palavras latinas não encontradas nos outros evangelhos. Este evangelho enfatiza o que Jesus fez, em lugar do que Jesus disse. |
Comentário |
O Evangelho de Marcos, considerado o mais antigo de todos os Evangelhos, anuncia a boa notícia a respeito de Jesus Cristo, dando atenção especial à sua atividade constante e à sua autoridade. Jesus vai de um lugar para outro, anunciando a vinda do Reino de Deus, ensinando multidões, fazendo milagres e curando doentes. Para ajudá-lo, ele escolhe doze homens, a quem chama de "apóstolos". Estes acompanham Jesus por toda parte, aprendem o mistério do Reino de Deus e depois saem para anunciarem a mensagem da salvação e curarem pessoas. A autoridade de Jesus vem de Deus. Ele é o Filho do Homem, aquele que Deus escolheu e enviou para ser o Salvador de todos {10.45}. Portanto, ele tem autoridade para expulsar demônios, curar doentes e perdoar pecados. Este Evangelho começa com o batismo de Jesus no rio Jordão por João Batista {1.9-11} e termina com a ressurreição de Jesus {16.1-8}. |
Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
O começo do evangelho {1.1-13} 1. O trabalho de João Batista {1.1-8} 2. O batismo e a tentação de Jesus {1.9-13} Jesus na Galiléia {1.14-9.50} 1. O começo do trabalho {1.14-20} 2. Curas e ensinamentos {1.21-3.35} 3. Parábolas do Reino de Deus {4.1-34} 4. Milagres, curas, ensinamentos e discussões com adversários {4.35-9.50} a. Milagres e curas {4.35-7.23} b. Atividades fora da Galiléia {7.24-8.10} c. Fim do trabalho na Galiléia {8.11-9.50} Da Galiléia até Jerusalém {10.1-52} O Messias em Jerusalém {11.1-15.47} 1. Discussões e ensinamentos {11.1-12.44} 2. Ensinamentos sobre os tempos finais {13.1-37} 3. A traição, o julgamento e a crucificação de Jesus {14.1-15.47} A ressurreição de Jesus {16.1-8} O fim do Evangelho: as aparições e a ascensão do Senhor Jesus {16.9-20} |
LUCAS
Propósito |
O evangelho de Lucas foi escrito para enriquecer e fortalecer a fé de Teófilo (dos cristãos gentios), mostrando Jesus como o homem ideal que veio para salvar o homem, rejeitado por Israel e oferecido ao mundo. |
Comentário |
O Evangelho de Lucas apresenta Jesus não somente como o Messias prometido por Deus ao povo de Israel, mas também como o Salvador de toda a humanidade. Por isso, a lista dos antepassados de Jesus vai até Adão, "filho de Deus" {3.23-38}. Logo no começo, o autor diz por que motivo escreveu "a história das coisas que aconteceram entre nós" {1.1-4}. Por essa razão, ele dá importância ao nascimento e infância não só de Jesus como também de João Batista, aquele que veio antes de Jesus para anunciar a sua vinda. Seguindo a mesma ordem em que os fatos aparecem no Evangelho de Marcos, o autor conta o trabalho de João Batista, e o batismo e a tentação de Jesus. Em seguida, vem o trabalho de Jesus na Galiléia, onde ele ensina multidões, faz milagres, cura doentes e expulsa demônios. Este Evangelho salienta o amor de Jesus pelos pobres e oprimidos, a gente humilde e desprezada. Na sinagoga de Nazaré, no começo do seu trabalho na Galiléia, Jesus lê o texto de {Isaías 61.1-2}, que fala do Servo que Deus enviou para socorrer os pobres, os presos, os cegos e os maltratados. Por isso, neste Evangelho aparecem os samaritanos, que eram desprezados pelos judeus; aparecem também cobradores de impostos, mulheres, crianças, viúvas, prostitutas. Aqui se encontram também algumas parábolas contadas por Jesus que não aparecem nos outros Evangelhos, como, por exemplo, a do filho perdido, a do bom samaritano, a do rico tolo, a do rico e Lázaro. E há belas canções e orações de louvor, como a de Maria {1.46-55}, a de Zacarias {1.67-79} e a de Simeão {2.28-32}, as quais enfeitam este Evangelho e lhe dão uma beleza fora do comum. O Evangelho de Lucas começa no Templo de Jerusalém, onde o anjo de Deus anuncia ao sacerdote Zacarias que ele e Isabel, a sua esposa, vão ter um filho {1.5-22}, e termina também no Templo, onde os seguidores de Jesus passam o tempo todo louvando a Deus {24.53}. |
Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Apresentação {1.1-4} Nascimento e infância de João Batista e de Jesus {1.5-2.52} Preparativos para o trabalho de Jesus {3.1-4.13} 1. O trabalho de João Batista {3.1-20} 2. O batismo de Jesus {3.21-22} 3. Os antepassados de Jesus {3.23-38} 4. A tentação de Jesus {4.1-13} Jesus na Galiléia {4.14-9.50} 1. Em Nazaré {4.14-30} 2. Curas e ensinamentos {4.31-8.56} 3. O fim do trabalho na Galiléia {9.1-50} Da Galiléia até Jerusalém {9.51-19.27} O Messias em Jerusalém {19.28-23.56} 1. Jesus entra em Jerusalém {19.28-48} 2. Jesus ensina no Templo {20.1-21.4} 3. Ensinamento sobre a destruição de Jerusalém e a vinda do Filho do Homem {21.5-38} 4. A Páscoa e a Ceia do Senhor {22.1-38} 5. O sofrimento, a morte e o sepultamento de Jesus {22.39-23.56} A ressurreição, as aparições e a ascensão do Senhor Jesus {24.1-53} |
João
Propósito |
João apresenta Jesus como o divino filho de Deus. Trata da natureza e da pessoa de Cristo e do significado da fé nEle. O propósito do livro esta claramente definido nos vv. 30 e 31 e do capitulo 20. É possível que o evangelho de João tenha sido escrito como uma tentativa consciente de completar os relatos correntes da vida e obra de Jesus que já estavam escritos nos evangelhos sinóticos e canônicos. |
Conteúdo |
O Evangelho de João é diferente dos outros. Neste Evangelho, Jesus é apresentado como a Palavra de Deus que existiu desde a eternidade com Deus e que se fez um ser humano, mostrando assim o amor e a verdade de Deus. O autor diz que o propósito deste Evangelho é fazer com que os leitores creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e com que, por meio dessa fé, tenham vida {20.31}. Na primeira parte do livro, o autor trata principalmente dos milagres que Jesus fez (caps. 1-11). Esses milagres são sinais, isto é, eles mostram quem é Jesus e qual a razão por que ele veio ao mundo. O maior desses milagres é a ressurreição de Lázaro, pela qual Jesus mostra que ele é a ressurreição e a vida (cap. 11). Outros milagres demonstram que Jesus é o pão da vida {6.22-71}, é a luz do mundo {8.12-20} e é aquele que dá vida às pessoas {11.25-26}. Os milagres provam também que ele recebeu autoridade de Deus para julgar todos os seres humanos {5.19-30}. A segunda parte deste Evangelho (caps. 12-21) fala da ligação que existe entre Jesus e os seus seguidores. Fala também dos ensinamentos que ele lhes deu e da promessa de que, depois que ele fosse embora, viria o Espírito Santo para ensinar-lhes toda a verdade a respeito de Jesus. E o Evangelho termina contando o julgamento, a morte, a ressurreição e as aparições de Jesus. |
Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-18} O começo do trabalho de Jesus {1.19-51} 1. O trabalho de João Batista {1.19-34} 2. Os primeiros discípulos de Jesus {1.35-51} O trabalho de Jesus na Galiléia e na Judéia {2.1-12.50} A última semana de Jesus, em Jerusalém {13.1-19.42} 1. Jesus e os seus discípulos {13.1-17.26} 2. O julgamento, a crucificação e o sepultamento de Jesus {18.1-19.42} A ressurreição e as aparições do Senhor Jesus {20.1-31} Apêndice: outra aparição do Senhor Jesus, na Galiléia {21.1-25} |
ATOS
Propósito |
O livro de Atos nos oferece o registro da expansão do cristianismo. Desde o dia da descida do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, até a chegada de Paulo à Roma, para pregar o evangelho na capital do mundo. É o registro da continuação das coisas que Jesus começou a fazer na terra, Cabeça da Igreja e doador do Espírito Santo. |
Comentário |
Atos dos Apóstolos é o livro que continua a história de Jesus e do evangelho, história esta que começa no Evangelho de Lucas. O autor conta como a mensagem de Cristo foi anunciada "em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra" {1.8}. Começando na terra dos judeus, o evangelho chega até Roma, a capital do Império Romano, tornando-se uma religião para o mundo inteiro, pois Jesus Cristo é o Salvador e Senhor de todos. Neste livro, destacam-se duas pessoas: os apóstolos Pedro e Paulo. Pedro dirige o trabalho cristão em Jerusalém e em Samaria {1.12-8.25} e também em Lida, Jope e Cesaréia {9.32-11.18}. Do capítulo 13 em diante o livro fala especialmente de Paulo e das suas muitas viagens pelo Império Romano. Outros líderes são Estêvão, o primeiro mártir cristão; Filipe, que anunciou o evangelho ao oficial etíope; Barnabé, Timóteo e Silas, companheiros de Paulo; e Lídia, da cidade de Filipos. Mas o papel principal é do Espírito Santo, pois é ele quem guia e fortalece os seguidores de Jesus nos trabalhos das igrejas e no serviço de anunciar o evangelho pelo mundo inteiro. |
Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
O começo da Igreja cristã {1.1-2.42} 1. A última aparição de Jesus e a sua ascensão {1.1-11} 2. A escolha do substituto de Judas {1.12-26} 3. A vinda do Espírito Santo {2.1-42} O evangelho anunciado em Jerusalém {2.43-8.3} O evangelho anunciado na terra de Israel e na Síria {8.4-12.25} Paulo, apóstolo de Jesus Cristo {13.1-21.26} 1. A primeira viagem missionária {13.1-14.28} 2. A reunião em Jerusalém {15.1-35} 3. A segunda viagem missionária {15.36-18.22} 4. A terceira viagem missionária {18.23-21.16} 5. Em Jerusalém {21.17-26} Paulo, prisioneiro de Jesus Cristo {21.27-28.31} 1. Em Jerusalém {21.27-23.22} 2. Em Cesaréia {23.23-26.32} 3. A viagem para Roma {27.1-28.15} 4. Em Roma {28.16-31} |
ROMANOS
Propósito |
Foi escrito para apresentar a doutrina crista sistematicamente para uma igreja crista que não foi fundada por um apostolo e preparar a igreja para a chegada de Paulo. |
Comentário |
O apóstolo Paulo procurou anunciar a boa notícia da salvação por todo o Império Romano. Por isso, ele fez planos para visitar Roma, a capital do Império, onde já havia uma igreja cristã. Dali ele pretendia seguir até a Espanha e esperava que os cristãos de Roma o ajudassem naquela viagem {15.22-24}. Paulo queria que eles ficassem sabendo como é que ele entendia a mensagem a respeito de Jesus Cristo. Na Carta aos Romanos aparece uma apresentação completa e ordenada da mensagem de Paulo. Depois de saudar os leitores e falar do seu grande desejo de conhecê-los pessoalmente, Paulo anuncia a doutrina básica: o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todos os que o aceitam, pois "o evangelho mostra como é que Deus nos aceita: é por meio da fé, do começo ao fim" {1.16-17}. Na primeira parte da sua carta {1.18-11.36}, Paulo mostra que todos, judeus e não-judeus, precisam da salvação, pois todos pecaram e estão afastados de Deus. Depois, Paulo mostra como Deus, por causa do seu grande amor, salva as pessoas que crêem em Jesus Cristo, as quais, libertadas do poder do pecado, agora têm uma vida nova, uma vida de paz com Deus e com as pessoas. Numa das mais bonitas passagens escritas por Paulo (cap. 8), ele descreve como vive a pessoa que é governada pelo Espírito Santo e como é forte o amor de Deus, amor que recebemos por estarmos unidos com Jesus Cristo, o nosso Senhor. Depois, Paulo procura explicar a parte que cabe aos judeus e aos não-judeus no plano divino de salvação da humanidade. Na segunda parte da carta {12.1-15.13}, Paulo mostra como os cristãos devem tratar uns aos outros e quais são os seus deveres para com as autoridades. A carta termina com uma série de saudações pessoais e uma oração de louvor a Deus.
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Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-17} Todos precisam de salvação {1.18-3.20} 1. Os não-judeus {1.18-32} 2. Os judeus {2.1-3.8} 3. Todos têm culpa {3.9-20} Como Deus salva as pessoas {3.21-4.25} 1. Por meio da fé {3.21-31} 2. O exemplo de Abraão {4.1-25} A nova vida em união com Cristo {5.1-8.39} 1. Aceitos por Deus {5.1-21} 2. Livres do poder do pecado {6.1-23} 3. Livres do domínio da lei {7.1-25} 4. Livres pelo poder do Espírito Santo {8.1-30} 5. Vitória por meio de Jesus Cristo {8.31-39} O povo de Israel no plano de Deus {9.1-11.36} A vida cristã {12.1-15.13} 1. Na igreja {12.1-21} 2. No mundo {13.1-14} 3. Os fortes e os fracos na fé {14.1-15.13} Conclusão {15.14-33} Palavras finais: saudações e oração de louvor {16.1-27} |
1 CORíNTIOS
Propósito |
A 1º Epístola aos Coríntios foi escrita para corrigir divisões e sérios problemas na igreja local e para responder a varias perguntas sobre ordem, culto, idolatria, liberdade, casamento, dons espirituais, ressurreição e ofertas. |
Comentário |
Paulo escreveu esta carta aos cristãos da cidade de Corinto a fim de tratar de vários e sérios problemas que tinham aparecido na igreja. O próprio Paulo havia fundado a igreja de Corinto na sua segunda viagem missionária, quando passou dezoito meses naquela cidade {Atos 18.1-18}. Havia problemas a respeito de doutrinas e da vida cristã. A igreja tinha se dividido em vários grupos, e Paulo procura levá-los a resolverem as suas diferenças e a voltarem a ser unidos, como uma igreja de Cristo deve ser. Os cristãos de Corinto haviam escrito a Paulo, pedindo a sua opinião sobre vários assuntos, e do capítulo 7 em diante Paulo diz o que pensa a respeito desses assuntos. Uma das questões mais discutidas era a respeito dos dons do Espírito Santo, assunto tratado nos capítulos 12-14. É nesse contexto que aparece o "Hino ao amor cristão" {cap. 13}, uma das passagens mais conhecidas do livro. O capítulo 15 apresenta, com clareza, a doutrina da ressurreição. Além de questões a respeito de doutrinas, Paulo se preocupa também com a oferta que ele está recolhendo para levar aos cristãos necessitados da Judéia. O apóstolo termina a carta com saudações pessoais. |
Dados Importantes |
2- A mais completa definição do dom de línguas – Cap. 14 3- Apologia da ressurreição. |
Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-9} Grupos na igreja {1.10-4.21} Imoralidade na igreja {5.1-13} Processos contra irmãos na fé {6.1-11} O uso do corpo {6.12-20} Conselhos sobre o casamento {7.1-40} Relacionamento entre cristãos e pagãos {8.1-11.1} Dois problemas na igreja {11.2-34} 1. As mulheres na igreja {11.2-16} 2. A Ceia do Senhor {11.17-34} Os dons do Espírito Santo {12.1-14.40} A ressurreição de Cristo e dos que crêem nele {15.1-58} A oferta para os cristãos necessitados na Judéia {16.1-4} Saudações e palavras finais {16.5-24} |
2 CORíNTIOS
Propósito |
Foi escrito para defender a autoridade de Paulo como apóstolo e para agradecer aos crentes que já tinham aceito sua autoridade. |
Comentário |
O apóstolo Paulo escreveu pelo menos quatro cartas aos cristãos da cidade de Corinto. Duas delas fazem parte do Novo Testamento. Em {1Coríntios 5.9-13}, Paulo fala de uma carta que ele havia escrito antes de escrever 1Coríntios; e, em {2Coríntios 2.3 e 7.8}, ele faz referência a outra carta sua, que havia causado tristeza aos seus leitores. A situação entre Paulo e os membros da igreja de Corinto piorou depois que eles receberam a carta de Paulo. Alguns dos membros mais exaltados andavam dizendo que Paulo não era realmente apóstolo e, portanto, não tinha autoridade para resolver os problemas da igreja. Paulo reage com firmeza e, nos capítulos 10 a 12, defende a sua autoridade como verdadeiro apóstolo de Jesus Cristo. Paulo trata de outros assuntos da vida cristã, inclusive do novo relacionamento que Deus, por meio de Jesus Cristo, cria com as pessoas. Ele diz: "Tudo isso é feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em amigos dele. E Deus nos deu a tarefa de fazer com que os outros também sejam amigos dele" {5.18}. Mais uma vez, Paulo insiste na necessidade de ajudar os cristãos necessitados da Judéia (caps. 8 e 9). Apesar das suas palavras duras, Paulo termina a carta com expressões de amor e carinho.
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Dados Importantes |
1- Acusavam-no de andar segundo a carne – 10.2 2- Não defendia sua dignidade aceitando o apoio das igrejas, antes se rebaixava trabalhando – 11.7 3- Diziam que ele não era um dos apóstolos originais, por isso, sem condições de ensinar – 11.5; 12.11 4- Atacavam seu caráter, dizendo que era jactansioso (10.8, 15), enganador (12.16)
Falto no falar – 11.5, 6 Espinho na carne – 12.7-9 |
Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-11} Paulo e a igreja de Corinto {1.12-7.16} 1. Mudança nos planos de Paulo {1.12-2.4} 2. Perdão e vitória {2.5-17} 3. A chamada e o trabalho apostólico de Paulo {3.1-6.13} 4. O perigo das influências pagãs {6.14-7.1} 5. Tristezas e alegrias no trabalho cristão {7.2-16} A oferta para os cristãos necessitados da Judéia {8.1-9.15} Paulo defende a sua autoridade como apóstolo {10.1-13.10} Saudações e palavras finais {13.11-13} |
GáLATAS
Propósito |
O apóstolo defendeu o evangelho e sua pessoa para fundamentar os gálatas numa liberdade crista que evita o legalismo. |
Comentário |
Quando o evangelho se espalhou pelo Império Romano e muitos não-judeus começaram a aceitar Jesus como Salvador, logo surgiram discussões sobre a necessidade de os não-judeus seguirem as leis dos judeus, especialmente a lei que mandava que todo homem fosse circuncidado {ver Atos 15.1-33}. Essa mesma discussão apareceu nas igrejas que o apóstolo Paulo havia fundado na província romana da Galácia, que ficava numa região que hoje faz parte da Turquia. Várias pessoas estavam dizendo àqueles cristãos que, para poderem ser aceitos por Deus, eles precisavam obedecer à lei de Moisés. A Carta aos Gálatas é a resposta que Paulo dá a essa falsa doutrina. Com argumentos fortes e palavras às vezes chocantes, Paulo denuncia esse outro evangelho que está sendo anunciado e procura trazer de volta para a fé verdadeira aqueles que estão se desviando do caminho certo. Ele fala da sua própria experiência cristã e defende a sua autoridade como apóstolo. Mostra também como, na reunião dos líderes cristãos em Jerusalém, ele tinha recebido a aprovação deles para continuar a anunciar a mensagem de que a salvação depende somente da fé e não daquilo que a lei de Moisés manda fazer. Em defesa da sua posição, Paulo cita o Antigo Testamento e fala da experiência de Abraão, o pai do povo escolhido. Ele mostra que Abraão foi aceito por Deus não por causa das suas obras, mas porque teve fé em Deus. Na última parte da carta, Paulo fala da liberdade que têm as pessoas que crêem em Cristo e como essa liberdade se torna realidade na vida cristã. Todos os cristãos de todos os tempos devem se lembrar sempre desta declaração do apóstolo: "Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente" {5.1}. |
Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-5} O verdadeiro evangelho {1.6-10} A missão e a mensagem de Paulo {1.11-2.21} A defesa do verdadeiro evangelho {3.1-4.31} O evangelho e a vida cristã {5.1-6.10} Palavras finais e bênção {6.11-18} |
EFéSIOS
Propósito |
O apóstolo Paulo escreveu esta carta para motivar os crentes a viverem em amor e unidade no Corpo de Cristo. O grande tema desta carta é o propósito eterno de Deus de estabelecer e completar o Seu Corpo, a Igreja de Cristo. |
Comentário |
Na sua terceira viagem missionária, o apóstolo Paulo passou quase três anos na cidade de Éfeso {Atos 19.1-20.1}. Essa cidade se tornou um importante centro do trabalho cristão na província romana da Ásia, que ficava numa região que hoje faz parte da Turquia. A Carta aos Efésios foi escrita quando Paulo estava preso {4.1}. O assunto principal desta carta é o plano de Deus de "unir, no tempo certo, debaixo da autoridade de Cristo, tudo o que existe no céu e na terra" {1.10}. A carta não trata de nenhum problema particular dos leitores, mas fala de um modo geral a respeito da Igreja e da vida cristã. E, ao contrário do que acontece nas outras cartas, no fim desta não aparece nenhuma saudação pessoal. Pois é bem possível que a carta tenha sido escrita não somente para os cristãos de Éfeso, mas também para os de outros lugares. A falta da frase "da cidade de Éfeso" {1.1} em alguns dos melhores manuscritos gregos também indica essa possibilidade. Na primeira parte da carta (caps. 1-3), o apóstolo fala de como os cristãos são um só povo por causa da morte de Cristo na cruz e também de como o Espírito Santo lhes dá o poder de viverem sempre unidos uns com os outros. Na segunda parte (caps. 4-6), ele fala da nova vida que os seguidores de Cristo têm por estarem unidos com ele. E fala também de como essa vida se manifesta no relacionamento que eles têm uns com os outros. A fim de tornar mais claro o que quer dizer a união do povo de Deus, o apóstolo usa três figuras para a Igreja: a de um corpo, do qual Cristo é a cabeça {1.22-23}; a de um edifício, do qual Cristo é a pedra fundamental {2.20-21}; e a de um casal, no qual a Igreja é a esposa, e Cristo é o marido {5.25-32}.
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Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-2} A boa notícia do evangelho {1.3-3.21} 1. Bênçãos espirituais para os que estão unidos com Cristo {1.3-23} 2. Da morte para a vida {2.1-10} 3. Unidos por meio de Cristo {2.11-22} 4. Paulo, apóstolo entre os não-judeus {3.1-21} A vida cristã {4.1-6.20} 1. A união das partes do corpo de Cristo {4.1-16} 2. A nova vida dos que estão unidos com Cristo {4.17-5.20} 3. Relacionamentos na família {5.21-6.9} 4. A armadura do cristão {6.10-20} Saudações finais e bênção {6.21-24} |
FILIPENSES
Propósito |
Paulo escreveu aos filipenses para louvar a Deus pelo seu crescimento espiritual e encorajá-los à unidade, alegria e amor no serviço a Cristo e nos serviços um do outro. |
Comentário |
Filipos era uma cidade que ficava na província romana da Macedônia, região que hoje faz parte da Grécia. A igreja de Filipos foi a primeira fundada na Europa por Paulo, na sua segunda viagem missionária {Atos 16.12-40}. Anos depois, quando estava na cadeia {1.7}, Paulo escreveu esta Carta aos Filipenses. Ele havia recebido notícias a respeito dos cristãos de Filipos e tinha ficado sabendo que havia sérios problemas entre eles. E estava muito preocupado com as falsas doutrinas que algumas pessoas ensinavam lá e estava preocupado também por saber que alguns líderes da igreja eram contra ele. Ao mesmo tempo, Paulo havia recebido ajuda dos cristãos de Filipos; ele escreveu esta carta não somente para tratar dos problemas da igreja, mas também para agradecer aos filipenses tudo o que tinham feito por ele. Esta carta mostra o grande amor que Paulo tinha pelos filipenses e fala da confiança, da alegria, do amor cristão e da firmeza que devem ser qualidades dos seguidores de Jesus Cristo. Paulo diz que, acima de tudo, eles devem imitar o exemplo do próprio Cristo, que seguiu o caminho da humildade e da obediência a Deus, caminho esse que o levou à morte na cruz e à altíssima posição de Senhor de todos {2.5-11}. É com um carinho todo especial que Paulo se despede dos seus queridosamigos de Filipos {4.1-9}.
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Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Saudação {1.1-2} Oração de Paulo pelos filipenses {1.3-11} A situação de Paulo {1.12-26} Firmeza e coragem {1.27-30} A humildade e a grandeza de Cristo {2.1-11} Vivendo como filhos de Deus {2.12-18} Planos de Timóteo e de Epafrodito {2.19-30} Completamente unidos com Cristo {3.1-11} A corrida do cristão {3.12-21} Conselhos {4.1-9} Agradecimento de Paulo {4.10-20} Saudações e bênção {4.21-23} |
COLOSSENSES
Propósito |
Esta epistola foi escrita para mostrar a primazia de Cristo em tudo e encorajar os colossenses a refletir Sua Supremacia em todas as áreas da vida. |
Comentário |
A cidade de Colossos ficava na província romana da Ásia, região que hoje faz parte da Turquia. A igreja dali não tinha sido fundada por Paulo, e, pelo que parece, ele ainda não havia estado lá quando escreveu a Carta aos Colossenses. É provável que Epafras, companheiro de trabalho de Paulo, tenha sido o primeiro a anunciar o evangelho em Colossos {1.7; 4.12}. Paulo, que estava na cadeia {4.3,10,18}, tinha recebido notícias das falsas doutrinas que estavam sendo ensinadas aos cristãos de Colossos {2.8,16-23} e por isso escreveu esta carta para combater esses falsos ensinamentos e trazer os colossenses de volta à verdadeira fé, que Epafras havia anunciado. Ele havia ensinado que somente Jesus Cristo pode salvar, somente por meio dele é que os pecados são perdoados. Portanto, que os colossenses continuem fiéis, tendo a sua fé construída sobre um alicerce firme e seguro; e que não vão atrás de ensinamentos inventados por qualquer um. Paulo fala da nova vida que os cristãos têm por estarem unidos com Cristo e de como essa vida se manifesta especialmente no amor de uns para com os outros {3.12-14}. Nas últimas saudações {4.7-17} Paulo pede que esta carta seja enviada à igreja de Laodicéia, uma cidade vizinha, e que os cristãos de Laodicéia enviem aos colossenses a carta que Paulo tinha escrito ou tinha a intenção de escrever a eles. A carta aos colossenses foi levada a eles por Tíquico, e com ele viajou Onésimo {4.7-9}, em favor de quem Paulo escreveu a Carta a Filemom.
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Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Saudação {1.1-2} Oração em favor dos colossenses {1.3-14} A boa notícia do evangelho {1.15-3.4} 1. Cristo e sua missão {1.15-23} 2. A missão e a mensagem de Paulo {1.24-2.5} 3. A vida dos que estão unidos com Cristo {2.6-3.4} A nova pessoa {3.5-4.6} 1. A vida velha e a vida nova {3.5-17} 2. Viver bem com os outros {3.18-4.1} 3. Conselhos {4.2-6} Saudações e bênção {4.7-18} |
1 Tessalonicenses
Propósito |
Esta carta foi escrita com 4 objetivos: 1- Recomendar aos tessalonicenses o crescimento espiritual. 2- Encorajá-los em meio à aflição e duvida na doutrina da escatologia. 3- Defender o seu próprio ministério. 4- Motivá-los a crescer cada vez mais na vida cristã. |
Comentário |
Tessalônica era a capital da província romana da Macedônia, região que hoje faz parte da Grécia. A igreja de Tessalônica tinha sido fundada pelo apóstolo Paulo durante a sua segunda viagem missionária {Atos 17.1-10}. Os judeus daquela cidade fizeram forte oposição aos cristãos, e por isso Paulo e Silas foram forçados a fugir para a cidade de Beréia. Mais tarde, na cidade de Corinto, Paulo recebeu deTimóteo, seu companheiro de trabalho, notícias a respeito da situação dos cristãos em Tessalônica {3.6}. Paulo então escreve a Primeira Carta aos Tessalonicenses para lhes dizer como está contente com o progresso espiritual deles e para animá-los a continuarem firmes na fé em Cristo e a viverem de uma maneira que agradea Deus. Ele lhes recomenda que não se preocupem com questões sobre quando os mortos vão ressuscitar e quando Jesus Cristo vai voltar. Paulo pede que confiem no amor de Deus, o qual "não nos escolheu para sofrermos o castigo da sua ira, mas para nos dar a salvação por meio do nosso Senhor Jesus Cristo" {5.9}. Com carinho e amor, Paulo termina a carta com saudações para os seus queridos irmãos e irmãs de Tessalônica. |
Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Saudação {1.1} O evangelho anunciado em Tessalônica {1.2-3.13} 1. A fé e a vida dos tessalonicenses {1.2-10} 2. O trabalho de Paulo e dos seus companheiros {2.1-12} 3. Perseguição por causa do evangelho {2.13-16} 4. Planos para enviar Timóteo a Tessalônica {2.17-3.13} A vida que agrada a Deus {4.1-12} A vinda do Senhor Jesus Cristo {4.13-5.11} Conselhos finais e saudações {5.12-27} Bênção {5.28} |
2 Tessalonicenses
Propósito |
Esta carta foi escrita para encorajar os tessalonicenses em meio à perseguição e confusão escatológica esclarecendo os precedentes do Dia do Senhor e as responsabilidades do crente até Cristo voltar. |
Comentário |
Mesmo depois de terem recebido a primeira carta de Paulo, os cristãos de Tessalônica continuaram discutindo sobre a vinda do Senhor Jesus Cristo. Alguns até diziam que o Dia do Senhor já havia chegado, enquanto outros estavam tão certos de que Jesus voltaria logo, que largavam os seus empregos e viviam às custas dos outros. Então Paulo escreve a Segunda Carta aos Tessalonicenses a fim de corrigir esses falsos ensinamentos e maneiras de agir. Nela, ele diz que, antes da vinda de Cristo, haverá um tempo de maldade e de pecado. Paulo fala também de um poder misterioso, a quem ele chama de "o Perverso", que chefiará uma revolta mundial contra Deus. Mas Deus vencerá, e os que são escolhidos por ele para a salvação ficarão sempre seguros. Paulo pede que os leitores continuem firmes na fé e não andem atrás de ensinamentos falsos. É nesta carta que se encontra o famoso ditado: "Quem não quer trabalhar que não coma" {3.10}.
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Dados Importantes |
1- A apostasia – 2.1-3 2- A revelação do homem da iniqüidade – 2.3 3- O afastamento “dAquele que o detêm”- 2.6-7
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Esquema do conteúdo |
Saudação {1.1-2} Os últimos dias {1.3-2.12} 1. O Juízo Final {1.3-12} 2. A Revolta, o Perverso e a Misteriosa Maldade {2.1-12} Privilégios e deveres do povo de Deus {2.13-3.15} 1. Firmeza e fidelidade {2.13-3.5} 2. Trabalhar e fazer o bem {3.6-15} Saudações finais {3.16-17} Bênção {3.18} |
1 Timóteo
Propósito |
Paulo escreveu esta carta para incentivar o jovem ministro Timóteo e adverti-lo sobre os falsos mestres e instruí-lo acerca da administração (liderança, culto, ensino e disciplina) da Igreja. |
Comentário |
Timóteo era o companheiro de trabalho e auxiliar mais querido do apóstolo Paulo. A mãe de Timóteo era uma judia que tinha aceitado a fé cristã, e o pai dele era grego {Atos 16.1-3}. As duas cartas a Timóteo e a carta a Tito são chamadas de "Cartas Pastorais" por tratarem dos deveres dos pastores do povo de Deus, os dirigentes da Igreja. A Primeira Carta a Timóteo previne o jovem pastor {4.12} contra as doutrinas falsas que estavam sendo espalhadas entre os cristãos. Os falsos mestres {1.3} andavam dizendo que era proibido comer certos alimentos e que casar era errado {4.3-5}. Essas proibições se baseavam na idéia de que o mundo material é mau e de que a salvação se alcança por meio de certas verdades secretas que somente poucas pessoas podem aprender. Esta carta também ensina aos dirigentes da Igreja a maneira de fazerem o seu trabalho. E ao próprio Timóteo o apóstolo dá um conselho que serve para todos os seguidores de Jesus Cristo: "Viva uma vida correta, de dedicação a Deus, de fé, de amor, de perseverança e de respeito pelos outros. Corra a boa corrida da fé e ganhe a vida eterna" {6.11-12}.
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Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Saudação {1.1-2} Falsas doutrinas {1.3-11} Gratidão pela misericórdia de Deus {1.12-20} A fé e a vida cristã {2.1-6.10} 1. A oração {2.1-8} 2. A mulher cristã {2.9-15} 3. Os líderes da Igreja {3.1-13} 4. A grande verdade revelada da religião cristã {3.14-16} 5. Os falsos mestres {4.1-5} 6. O bom servo de Cristo Jesus {4.6-16} 7. Como tratar os que crêem {5.1-6.2} 8. Os falsos ensinamentos e a verdadeira riqueza {6.2-10} Conselhos finais {6.11-21} Bênção {6.21} |
2 Timóteo
Propósito |
Paulo escreveu para motivar o jovem e tímido pastor Timóteo no seu vigoroso e corajoso trabalho, para adverti-lo da apostasia presente e informá-lo acerca do martírio iminente. |
Comentário |
A Segunda Carta de Paulo a Timóteo trata principalmente das responsabilidades e dos deveres de Timóteo. O apóstolo sente que a sua vida está chegando ao fim; por isso, com carinho e dedicação, ele dá conselhos a Timóteo, seu amigo e companheiro de trabalho, para que seja forte na fé e continue sendo um fiel soldado de Jesus Cristo. Ainda mais: que seja zeloso no cumprimento dos seus deveres de dirigente da Igreja "e cumpra bem o seu dever de servo de Deus" {4.5}. O apóstolo fala da sua própria maneira de viver, da sua fé, do seu amor e da sua firmeza, que devem ser imitados pelo seu jovem companheiro de trabalho {3.10-11}. Cheio de coragem e confiança, o apóstolo resume a sua vida e a sua esperança de servo de Deus, afirmando o seguinte: "Fiz o melhor que pude na corrida, cheguei até o fim, conservei a fé. E agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado para quem vive uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele Dia". {4.7,8}
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Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Saudação {1.1-2} A serviço do evangelho {1.3-2.26} 1. Ação de graças e conselhos {1.3-18} 2. Firmeza e fidelidade no serviço de Deus {2.1-13} 3. Um trabalhador aprovado {2.14-26} Os últimos dias {3.1-9} Avisos e conselhos {3.10-4.8} Assuntos pessoais {4.9-18} Saudações finais {4.19-22} Bênção {4.22} |
TITO
Propósito |
Paulo dá várias instruções a Tito sobre o procedimento da Igreja, para ajudá-lo na grande responsabilidade de estabelecer ordem na igreja e constituir lideres. |
Conteúdo |
Tito, um não-judeu que havia se tornado cristão, foi um dos companheiros de trabalho e auxiliares do apóstolo Paulo no seu trabalho missionário {Gálatas 2.1-3; 2Coríntios 7.6-16}. Paulo o havia deixado na ilha de Creta a fim de que ele organizasse e dirigisse as igrejas dali {Tito 1.5}. Na Carta a Tito o apóstolo trata dos deveres e da maneira de agir dos dirigentes das igrejas; fala também das responsabilidades do próprio Tito nas suas relações com os vários grupos de pessoas das igrejas. O apóstolo recomenda que Tito use a sua autoridade para o bem do povo de Deus e que a sua maneira de agir seja tão correta, que sirva de exemplo para todos {2.7}. Diz que a vida cristã se torna possível por causa da bondade e do amor de Deus, o qual "nos salvou porque teve compaixão de nós, e não porque nós tivéssemos feito alguma coisa boa" {3.5}. |
Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-4} Fé e vida na Igreja {1.5-3.11} 1. Os líderes da Igreja {1.5-16} 2. A doutrina verdadeira {2.1-15} 3. A conduta cristã {3.1-11} Conselhos finais {3.12-15} Bênção {3.15} |
FILEMOM
Propósito |
Esta carta foi escrita por Paulo para incentivar a Filemom a perdoar e restaurar seu escravo Onésimo, como ilustração dos novos relacionamentos criados pelos evangelhos. |
Comentário |
Filemom era um cristão que, provavelmente, fizesse parte da igreja de Colossos. Onésimo, que era escravo de Filemom, tinha fugido do seu dono. Não se sabe como ele chegou a conhecer o apóstolo Paulo, mas o certo é que se converteu ouvindo a mensagem do evangelho anunciada pelo apóstolo, que estava na cadeia. Paulo resolveu que Onésimo deveria voltar para o seu dono e por isso escreveu a Carta a Filemom, a fim de lhe fazer um apelo para que recebesse Onésimo de volta, não somente como escravo, mas também como um querido irmão em Cristo. Parece que a Carta aos Colossenses e a Carta a Filemom foram escritas na mesma época e que as duas foram entregues pelo próprio Onésimo. Esta pequena carta é um belo exemplo de carinho e boa educação. Paulo não discute os direitos que as leis daquele tempo davam ao dono de um escravo. Para resolver essa questão de um escravo fugido, Paulo aplica a mais alta lei que existe, a lei do amor cristão. |
Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Saudações {1.1-3} A fé e o amor de Filemom {1.4-7} Um apelo em favor de Onésimo {1.8-22} Saudações finais {1.23-24} Bênção {1.25} |
HEBREUS
Propósito |
Foi escrito para confortar os cristãos hebreus no meio da perseguição e para adverti-los contra o abandono do cristianismo e volta ao judaísmo, mostrando a superioridade de Cristo. |
Comentário |
Este livro foi escrito para cristãos que eram judeus de nascença e por isso é chamado de Carta aos Hebreus. Eles estavam sendo perseguidos e corriam o perigo de abandonar a fé cristã e voltar para a religião dos seus antepassados. O livro parece mais um discurso ou um sermão do que uma carta; o autor não diz quem ele é, nem para quem está escrevendo. Só no fim do livro é que aparecem umas poucas referências a pessoas {13.22-24}. Ninguém sabe com certeza quem escreveu este belo sermão. O autor deste livro procura provar aos leitores que é por meio de Jesus Cristo que Deus envia aos seres humanos a mensagem mais perfeita a respeito de si mesmo: Jesus é a revelação completa e eterna de Deus. Ele é o Filho de Deus, superior aos profetas do Antigo Testamento, aos anjos e a Moisés e Josué. Ele é o eterno Grande Sacerdote, que se ofereceu a si mesmo como sacrifício perfeito a Deus a fim de tirar os pecados da humanidade. É por meio dele que Deus faz uma nova e perfeita aliança com o seu povo. E é por meio de Jesus Cristo que se consegue a salvação eterna. No capítulo 11 o autor fala dos heróis da fé, as pessoas do AntigoTestamento que continuaram firmes na sua fé em Deus, mesmo quando enfrentaram derrotas, perseguições e martírio. Ele recomenda aos seus leitores que pensem nesses heróis e sigam o exemplo deles. Depois de vários conselhos, o autor termina com uma oração, saudações e bênção. |
Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Jesus Cristo, a perfeita revelação de Deus {1.1-3} Cristo é superior aos anjos {1.4-2.18} Cristo é superior a Moisés e Josué {3.1-4.13} O sacerdócio de Cristo é superior ao dos sacerdotes levitas {4.14-7.28} A aliança feita por meio de Cristo é superior {8.1-9.22} O sacrifício de Cristo é superior {9.23-10.39} Os heróis da fé {11.1-40} Firmeza e perseverança na fé {12.1-11} Conselhos e avisos {12.12-29} Como agradar a Deus {13.1-19} Oração e saudações {13.20-24} Bênção {13.25} |
TIago
Propósito |
Tiago descreve as características de uma fé viva e genuína, para desafiar os leitores a se examinarem e os encoraja a desenvolver um fé santa e madura, uma fé que age. |
Comentário |
A Carta de Tiago foi escrita a todos os cristãos do seu tempo e trata de assuntos práticos da vida cristã. O autor fala de pobreza e riqueza, tentação, preconceito, o falar e o agir, o criticar, orgulho e humildade, paciência, oração e fé. Ele põe acima de tudo a necessidade de não somente crer como também agir. Não adianta nada alguém dizer que tem fé se não provar por meio das suas ações que a sua fé é viva e verdadeira. "Portanto, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem ações está morta" {2.26}. A verdadeira fé cristã se manifesta em ações cristãs. O autor chama a si mesmo de "mestre" {3.1} e ele ensina belas lições para todos os seguidores de Cristo. Com clareza e vigor, Tiago nos mostra como devemos agir e viver, se é que queremos ser cristãos de verdade.
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Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Saudação {1.1} Fé e sabedoria {1.2-8} Pobreza e riqueza {1.9-11} Provas e tentações {1.12-18} Ouvir e fazer {1.19-27} Tratamento igual para todos {2.1-13} Fé e ação {2.14-26} Dominar a língua {3.1-12} A verdadeira sabedoria {3.13-18} Amizade com o mundo {4.1-10} O hábito de julgar os outros {4.11-12} O futuro a Deus pertence {4.13-17} Aviso aos ricos {5.1-6} Conselhos finais {5.7-20} |
1 pedro
Propósito |
Esta carta foi escrita para encorajar e consolar os cristãos em meio de perseguição e sofrimento. |
Comentário |
A Primeira Carta de Pedro foi escrita para os cristãos que viviam em cinco províncias romanas que ficavam numa região que hoje faz parte da Turquia. O apóstolo está em "Babilônia" {5.13}, que, provavelmente, seja uma maneira de falar da cidade de Roma {ver Apocalipse 14.8; 16.19; 17.5}. Os leitores estão enfrentando sofrimentos e perseguições por causa da sua fé. Ao procurar animá-los a continuarem firmes na sua dedicação a Jesus Cristo, o apóstolo mostra que os sofrimentos servem para provar que a fé que eles têm é verdadeira {1.7}. Ele cita o exemplo de Cristo, que suportou o sofrimento e a morte em favor deles; aconselha que eles, por sua vez, sigam o exemplo do Mestre {2.21-25}. Recomenda que, acima de tudo, eles vivam uma vida que traga honra e glória para o nome de Deus {1.15-16}. E o autor faz lembrar de novo aos leitores a razão de eles terem sido salvos: "Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz" {2.9}.
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Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-2} Esperança no meio das provações {1.3-12} Uma vida dedicada a Deus {1.13-2.10} A conduta do cristão {2.11-3.12} Sofrendo como seguidores de Cristo {3.13-4.19} Conselhos para os líderes e para o povo de Deus {5.1-11} Saudações finais {5.12-14} Bênção {5.14} |
2 pedro
Propósito |
Pedro descreve as características do crente em crescimento e dos falsos mestres, para encorajar um genuíno crescimento espiritual e para combater a falsidade na igreja, visando a chegada do Dia do Senhor. |
Comentário |
A Segunda Carta de Pedro foi escrita a todos os cristãos do seu tempo. Ela trata de falsas doutrinas que estavam sendo espalhadas entre eles. Os falsos mestres não somente ensinavam coisas erradas como também se entregavam a todo tipo de imoralidades e vícios e procuravam arrastar os outros consigo. O apóstolo avisa os leitores do perigo que eles correm e os anima a ficarem firmes na fé e na vida de pureza e dedicação a Deus. Esses falsos mestres também zombavam da esperança que os cristãos tinham de que Cristo iria voltar; por isso, o apóstolo afirma que, de fato, o Senhor voltará. Contudo, por ser bondoso, Deus tem paciência "porque não quer que ninguém seja destruído, mas deseja que todos se arrependam dos seus pecados" {3.9}. O apóstolo recomenda que todos "façam o possível para estar em paz com Deus, sem mancha e sem culpa diante dele," e fiquem esperando aquele dia abençoado em que haverá "um novo céu e uma nova terra, onde tudo será feito de acordo com a vontade dele" {3.13-14}.
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Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-2} A vida cristã {1.3-21} Os falsos mestres {2.1-22} O Dia do Senhor {3.1-16} Conselhos finais {3.17-18} |
1 João
Propósito |
Foi escrita para dar aos leitores crentes uma base firme como garantia da sua segurança de salvação e comunhão com Deus e combater as heresias que estavam prejudicando essa segurança e salvação. |
Comentário |
O assunto principal da Primeira Carta de João é o amor: o amor de Deus para conosco, o amor que nós devemos ter a ele e o amor que devemos ter uns para com os outros. "Deus é amor. Aquele que vive no amor vive unido com Deus, e Deus vive unido com ele" {4.16}. Deus também é luz, e nós devemos sempre viver na luz e assim estaremos unidos uns com os outros {1.7; 2.9-11}. O autor também previne os seus leitores contra a falsa doutrina de que Jesus Cristo não se tornou, de fato, um ser humano, mas que ele tinha somente a aparência de homem {2.22-23; 4.1-3; 5.6-9}. Essa falsa doutrina, diz o autor, vem do espírito do Inimigo, o espírito do erro. Nem nesta carta nem nas duas seguintes aparece o nome do autor. Por causa dos assuntos tratados e por causa da maneira de escrever do autor, as três cartas logo começaram a ser chamadas de "Cartas de João", querendo-se dizer com isso que tinham sido escritas pelo autor do Evangelho de João.
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Dados Importantes |
1- Docetismo: Cristo não era realmente humano, mas apenas aparente. 2- Cerintianismo: O Espírito de Cristo não habitou verdadeiramente em Jesus humano, senão depois do batismo, deixando-o antes de Sua morte na cruz.
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Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-4} Deus é luz {1.5-10} A verdade e o erro {2.1-27} Os filhos de Deus e os filhos do Diabo {2.28-3.24} O Espírito de Deus e o do Inimigo de Cristo {4.1-6} Deus é amor {4.7-21} A fé que vence o mundo {5.1-21} |
2 João
Propósito |
Foi escrito para recomendar à senhora e sua família e adverti-los sobre o perigo dos falsos mestres. |
Comentário |
Esta pequena carta foi escrita por um "presbítero", isto é, um dirigente de uma igreja. A carta é dirigida aos membros de outra igreja, os quais o autor conhece bem. Ele pede aos leitores que amem uns aos outros e que tomem cuidado com certas doutrinas falsas que estão sendo espalhadas pelo mundo.
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Dados Importantes |
1- Uma amiga dos apóstolos e sua família. 2- Uma igreja e seus membros.
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Esquema do conteúdo |
Saudação {1.1-3} Verdade, amor e erro {1.4-11} Palavras finais {1.12-13} |
3 João
Propósito |
Foi escrita para Incentivar a hospitalidade de Gaio para com os missionários e para condenar o egoísmo de Diótrefes. |
Comentário |
Esta carta, escrita pelo mesmo "presbítero" que escreveu a Segunda Carta de João, é enviada a Gaio, dirigente de uma igreja. O autor elogia Gaio, condena a oposição de Diótrefes e fala bem de Demétrio. |
Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1} Elogio a Gaio {1.2-8} Condenação de Diótrefes {1.9-10} Elogio a Demétrio {1.11-12} Palavras finais {1.13-14} OBS: NTLH, RA e RC dividem o v. 14 em 14 e 15 |
Judas
Propósito |
Foi escrita para motivar os crentes a defender a pureza da doutrina e da vida cristã diante dos ataques dos falsos mestres. |
Comentário |
A Carta de Judas foi escrita a fim de prevenir os cristãos em geral contra os falsos mestres que estavam espalhando idéias erradas nas igrejas. Esta carta, que é parecida com a Segunda Carta de Pedro, procura animar os leitores "a combater a favor da fé que, uma vez por todas, Deus deu ao seu povo" {1.3}. O autor recomenda que os leitores continuem firmes e não se deixem levar por esses enganadores, os quais receberão o castigo que merecem.
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Dados Importantes |
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Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-2} Os falsos mestres {1.3-16} Avisos e conselhos {1.17-23} Oração de louvor {1.24-25} |
APOCALIPSE
Propósito |
Foi escrito para motivar os leitores mediante a revelação de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, que há de vencer Satanás e todo pecado do mundo para louvor da Sua glória. |
Comentário |
Apocalipse quer dizer "revelação", e por isso este livro se chama também A Revelação de Deus a João {1.1}. Foi escrito durante um tempo em que as autoridades romanas estavam perseguindo os cristãos porque eles não prestavam culto ao Imperador romano, que chamava a si mesmo de "Senhor" e "Deus". O livro foi escrito por João, que estava preso na ilha de Patmos por ter anunciado a boa notícia do evangelho {1.9}. Ele escreve o seu livro para as sete igrejas da província romana da Ásia {1.4,11}, que ficava numa região que hoje faz parte da Turquia. Ele anima os seus leitores a continuarem fiéis a Jesus Cristo em tempos de perseguições e sofrimentos. Depois das cartas às sete igrejas (caps. 2-3), João descreve uma série de visões que teve. Elas mostram que as forças do mal não vencerão, que a vitória pertence a Deus e a Jesus Cristo e que aqueles que continuarem fiéis na sua fé receberão o prêmio da vida eterna no novo céu que Deus vai preparar. João usa figuras estranhas, símbolos e números que os seus leitores entendiam, mas que não seriam entendidos pelas autoridades romanas. Os leitores de hoje têm dificuldade de compreender completamente as visões de João, mas a lição principal do livro é simples e clara: "O poder para governar o mundo pertence agora a Deus, que é o Senhor nosso, e ao Messias que ele escolheu. E Deus reinará para todo o sempre!" {11.15} |
Dados Importantes |
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Escolas de Interpretação do Apocalipse |
PRETERISTA – Afirma que o simbolismo do Apocalipse se relaciona cm os acontecimentos da época que foi escrito. Nada no simbolismo dos selos, trombetas e taças tem qualquer relação com o futuro. IDEALISTA – Considera o Apocalipse unicamente um quadro simbólico da luta constante entre o bem e o mal entre o cristianismo e o paganismo. Histórica – Afirma que o Apocalipse esboça de forma simbólica todo o curso da história da igreja, desde o Pentecostes até a 2º vinda de Cristo. Os símbolos descrevem em seqüência os grandes acontecimentos que tiveram lugar na história, isto é, os selos são a dissolução do Império Romano, a erupção de gafanhotos do abismo um quadro das invasões maometanas. Cada acontecimento importante da história do cristianismo era assim anunciada em termos amplos, de forma que o Apocalipse e como um calendário prévio dos acontecimentos futuros. FUTURISTA – Afirmam que os primeiros três capítulos se aplicam ao tempo em que o livro foi escrito, ou então que as sete igrejas da Ásia representam sete épocas na história da Igreja. O restante do livro discute acontecimentos que terão lugar num período chamado Grande Tribulação, antes do regresso de Cristo. |
Esquema do conteúdo |
Introdução {1.1-8} Uma visão de Cristo {1.9-20} As cartas às sete igrejas {2.1-3.22} 1. A igreja de Éfeso {2.1-7} 2. A igreja de Esmirna {2.8-11} 3. A igreja de Pérgamo {2.12-17} 4. A igreja de Tiatira {2.18-29} 5. A igreja de Sardes {3.1-6} 6. A igreja de Filadélfia {3.7-13} 7. A igreja de Laodicéia {3.14-22} A visão do rolo selado com sete selos {4.1-8.5} 1. Deus no seu trono no céu {4.1-11} 2. O livro e o Cordeiro {5.1-14} 3. Os sete selos são quebrados {6.1-8.5} A visão das sete trombetas {8.6-11.19} A visão da mulher e do dragão {12.1-17} A visão dos dois monstros {13.1-18} Outras visões {14.1-20} 1. Os cento e quarenta e quatro mil {14.1-5} 2. As mensagens dos três anjos {14.6-13} 3. A colheita do fim dos tempos {14.14-20} A visão das sete taças da ira de Deus {15.1-16.21} A visão de Babilônia, a famosa prostituta {17.1-19.4} 1. A famosa prostituta e o monstro {17.1-18} 2. A queda de Babilônia {18.1-24} 3. Louvor no céu {19.1-4} Outras visões {19.5-20.15} 1. A festa do casamento do Cordeiro {19.5-10} 2. O cavaleiro montado no cavalo branco {19.11-21} 3. Os mil anos {20.1-6} 4. A derrota de Satanás {20.7-10} 5. O julgamento final {20.11-15} O novo céu, a nova terra e a nova Jerusalém {21.1-22.5} Final {22.6-21} |
Símbolos e temas dos livros do
NOVO testamento
Livros |
Temas |
Símbolos |
Mateus |
Jesus como Rei |
Coroa na cabeça |
Marcos |
Jesus como servo |
Dedos ajoelhados na mão |
Lucas |
Jesus como Filho do Homem |
Embalando nenê |
João |
Jesus como Filho de Deus |
Apontar |
Atos |
Expansão / propagação do evangelho |
Dedos espalhando |
Romanos |
Justificação pela fé |
Juiz dando sentença |
1 Coríntios |
Igreja Dividida |
Pináculo dividido |
2 Coríntios |
A defesa de Paulo |
Braços estendidos / mãos abertas |
Gálatas |
Liberdade em Cristo |
Braços quebrando algemas |
Efésios |
Andando em Cristo |
Dedos andando na mão |
Filipenses |
Alegria |
Dedo apontando sorriso |
Colossenses |
A primazia de Cristo |
Olhando para o céu |
1 Tessalonicenses |
Crescendo na vida crista |
Mãos explodindo |
2 Tessalonicenses |
O dia do Senhor |
Apontar para o relógio |
1 Timóteo |
Procedimento na casa do Senhor |
Dedos cruzando ® Formando pináculo |
2 Timóteo |
A despedida de Paulo |
Mãos dando adeus |
Tito |
Ordem na Igreja |
Tapinhas nas costas |
Filemom |
Perdão |
Dedos fugindo do braço e voltando |
Hebreus |
A supremacia de Cristo |
Braços estendidos para cima |
Tiago |
Provas de uma fé genuína |
Examinar jóia |
1 Pedro |
Sofrimento / consolação |
Lançar fardos dos ombros |
2 Pedro |
Combate aos falsos mestres |
Mãos “socando” o ar |
1 João |
Comunhão e confiança |
Mãos cruzadas |
2 João |
A verdade e os falsos mestres |
2 dedos separados / 2 dedos cruzados |
3 João |
Generosidade |
Distribuindo moedas |
Judas |
Batalha pela fé |
Punho cerrado |
Apocalipse |
Consumação |
Mãos formando globo |
RESUMO DOS EVENTOS PRINCIPAIS DAS VIAGENS PAULINAS RELACIONADOS COM AS SUAS EPÍSTOLAS
Ano |
Epístola Paulina |
Principais Eventos |
30 34 |
Jesus morreu e ressuscitou Paulo se converte em Damasco Barnabé apresenta Paulo à igreja em Jerusalém Paulo volta à Tarso Barnabé leva Paulo à Antioquia da Síria |
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47 49 |
Gálatas |
Primeira Viagem Missionária
Antioquia da Síria Chipre Antioquia da Psídia Icônio Listra Derbe ® Icônio ® Antioquia da Psídia ®Perge Antioquia da Síria Concilio de Jerusalém |
50, 51 50, 51 |
1, 2 Tessalonicenses |
Segunda Viagem Missionária
Paulo e Barnabé discordam quanto à companhia de João Marcos ® Paulo leva consigo Silas Antioquia da Síria Derbe Listra (Paulo leva Timóteo) Icônio Antioquia da Psídia Trôade (Paulo tem a visão do homem da Macedônia) Filipos Tessalônica Beréia Atenas Corinto (permanece um ano e meio) Cencréia Éfeso Cesaréia Jerusalém Antioquia da Síria |
Ano |
Epistola Paulina |
Principais Eventos |
54 55 55 56 |
1 Coríntios 2 Coríntios Romanos |
Terceira Viagem Missionária
Antioquia da Síria Galácia e Frígia Éfeso (permanece dois anos e três meses) Macedônia (Filipos, Tessalônica e Beréia) Acaia (Atenas e Corinto) Macedônia Trôade Mileto Tiro Cesaréia Jerusalém (Paulo é preso) Paulo é julgado diante de Félix, Fespo e Agripa em Cesaréia e, então, apela para César) |
60,61 |
Efésios Filipenses Colossenses Filemom
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Viagem para Roma
Cesaréia Creta Tempestade no Mar Mediterrâneo Malta
Roma (Paulo aluga uma casa-prisão / prega a judeus e gentios e por dois anos aguarda julgamento perante Nero) |
62-65 67 |
1 Timóteo Tito 2 Timóteo |
Depois da Prisão em Roma
Paulo é solto da prisão Paulo faz algumas viagens
Paulo novamente preso
Martírio de Paulo |