Pano de Chão

Pano de chão

Num frevo desvairado
Num disfarce apavorado
Eu te vi passar.

Paixão de fevereiro, serás sempre assim?

Euforia, agonia ou falsidade?

Quando esse falso amor soltar a tua mão.
Irás rodopiar pelo salão

Sem máscara ou com
Com música ou sem.

Como tudo em ti é falso
Não apavorarás ninguém

Até as crianças entenderão
Teu disfarce, teu colapso
Tua mascara de cão

Teu espanto pelo engano
Será quando cair o pano...
O pano de chão.


Levi Beltrão
2008