Palavras
Por Cláudia Pestana | 26/03/2010 | PoesiasDo brilhante azul do céu,
Para o cinzento se apoderar,
Duas palavras bastaram,
Para ver tudo mudar.
Mágoas que o vento não levou,
Feridas que o tempo não curou,
Pensava tê-la esquecido,
Mas de repente a dor voltou
Escondendo-a do Mundo,
Camuflando-a com um sorriso,
Dizendo que está tudo bem,
Escapando por improviso.
Dela tenho vergonha,
Desconforto por a sentir,
Esta dor que me mata,
E que me obriga a mentir.
Tenho tudo e nada tenho,
É assim que me sinto,
Sensação inexplicável,
Sinto que o fogo em mim foi extinto.
Já não há forças para lutar,
Lagrimas escorrem pelo rosto
Palavras que me fazem chorar,
A pensar no que não era suposto!
Florescem fantasmas do passado,
Ao enterrar alegrias do presente,
Duas palavras que me magoam,
E que da dor fazem de expoente.
Multiplicando as tristezas,
Mas quero inverter o processo,
Quero motivos para sorrir,
Livrar-me da mágoa em excesso!
Relembrando e revivendo,
Tudo aquilo que fizeste,
Diariamente a sofrer,
Pelas palavras que me disseste.
Cláudia Pestana