PAIXÃO PELO FUTEBOL

Por Joyciane Xavier de Farias | 23/05/2013 | Sociedade

Futebol parece mágica. Não foi feito para ser desvendado. Alguém se arriscaria a dizer por que tudo fica estranho quando a bola começa a rolar? Os olhos se arregalam e até as unhas que nada tem a ver com isso sofrem. E como sofrem. O sorriso fica largo. A respiração se torna diferente. Se as lágrimas caem são de emoção, nem sempre dá para segurar. O coração? É uma mania de querer acelerar nessas horas! Tudo isso por uma paixão inexplicável. Sim, inexplicável!

Futebolegria

Além de inexplicável o futebol também alegra a vida da gente. Alegra tanto que todo mundo se envolve. Famílias inteiras vão ao estádio sentir de perto toda essa alegria. E se o time perde? O pai consola o filho, o filho consola o pai e pronto. A dor de uma derrota é grande mas não tira algumas sensações típicas de quem vê ao vivo uma partida de futebol: o friozinho na barriga e o sentimento gostoso de fazer parte dos tantos apaixonados que pagam para assistirem a uma partida. Ao vivo ou pela televisão é impossível não se envolver.

Futebol para poucos

            Houve época em que essa alegria era privilégio de poucos. Somente os mais nobres podiam desfrutar daquilo que hoje é de todo mundo. Negro em campo? Não havia. Se jogadores brancos precisavam da ajuda dos negros faziam um absurdo: pintavam- nos com pó- de- arroz para que de longe pensassem que fosse um deles. E pensar que hoje o futebol brasileiro é composto por na maioria negros.

De geração em geração

No Brasil os jogadores negros são os melhores e os mais queridos. A sua majestade, o Rei Pelé, negro, após tantos anos não teve a sua marca no futebol ultrapassada. São coisas do futebol e isso só faz com que a paixão aumente. Fatos assim permitem que ídolos sejam criados. Cada geração tem o seu jogador favorito, o seu queridinho. Alguns de tão badalados são promovidos à astros e estrelas. Há até quem vire fenômeno em meio à toda essa paixão.

Futebol para todo mundo

            Brasileiro torce até por jogador estrangeiro. Os gringos invadiram nossa praia e ninguém se chateia com isso. Se joga bola pode vir, não existe preconceito no futebol. Futebol é democrático. Todos jogam juntos em um esporte que é de todos, para todos. Crianças e adultos. Pobres e ricos. Brancos e negros. Homens e mulheres. Basta uma bola por perto e pronto: mais uma partida se inicia. Tornou- se o esporte mais popular do Brasil. O mais cobiçado, o mais amado.

Aqui todo mundo é técnico, torcedor e jogador. Cada um escala a sua própria seleção, mas se acaso a escalação falhar pode ser outra. O que importa é torcer. Torcer para times e seleções. Brasileiros e estrangeiros. Torcer para que o futebol jamais tenha fim. Que sobreviva a cada campeonato. A cada copa do mundo. Enquanto a paixão existir.