Paisagismo

Por Douglas Giovani Baggio | 11/01/2018 | Ambiental

Atualmente os projetos de paisagismo estão sendo bem valorizados e trazem um diferencial aos locais aonde são executados, promovendo o bem estar das pessoas, através do misto da técnica e da arte. Há vários componentes importantes no paisagismo, neste texto falaremos brevemente sobre alguns elementos da vegetação que compõem o paisagismo, dando algumas dicas sobre: as forrações, os arbustos, as árvores e as palmeiras.

As forrações podem ser agrupadas em dois conjuntos básicos: as de solo e as trepadeiras. As de solo revestem o chão, as trepadeiras são indicadas para preencher superfícies verticais, inclinadas, ou elevadas.  As forrações de solo podem ser subdivididas em dois grupos: as que suportam relativamente o pisoteio, por exemplo: as gramas, e as que não suportam, por exemplo: as plantas rasteiras, como flores.

Os arbustos podem ser plantados em vários tipos de jardins, tais como, jardins residenciais, comerciais e em telhados jardins, eles podem ser protagonistas nesses ambientes, como também podem ser vistos plantados em vasos em ambientes internos devido a seu pequeno volume e necessitar de pouca profundidade de solo. Por terem uma grande variedade de formas, cores e texturas podem ser plantados isoladamente ou em grupos, também podem fazer o papel de escultura no jardim, belos muros, ou cercas vivas delimitando o espaço. Servem também para tirar a sensação de aridez e diminuição de espaços em pisos pavimentados que encontram-se diretamente com o muro.

As árvores podem ser boas alternativas para se trabalhar no paisagismo, para isso precisa-se de um local com boas dimensões. O que geralmente possibilita o plantio são os espaços conforme a ocupação, sendo espaços privados, como terrenos, ou públicos, como passeios, canteiros, praças e parques, entre outros. Respeitando a localização e o espaço, o projeto paisagístico deve tirar proveito dos dois tipos de copas, isto é, espécies de copa horizontal, sendo boas para sombreamento e tornando o local aconchegante e espécies de copa vertical, que servem como ponto focal, para esconder vistas desinteressantes, ou barrar o vento, quando plantadas enfileiradas. Há também a possibilidade de ter resultados interessantes e variados com o plantio de grupos de árvores da mesma espécie, formando conjuntos homogêneos, já os conjuntos heterogêneos, com diversos portes e formas de copas, texturas, florações e frutificações variadas são ideais para simular bosques naturais realçando a sensação de contato com a natureza pelo usuário.

Já as palmeiras não são consideradas árvores, pois não produzem madeira, sendo que as palmeiras ornamentais são muito usadas em paisagismo, tanto em projetos particulares, quanto públicos, devido a sua durabilidade e beleza, sendo consideradas esculturais e elegantes, dando um efeito visual imediato e um aspecto tropical. Não oferecerem muito trabalho, para o cultivo da palmeira o solo deve ser fértil e bem drenado. Existem várias espécies de palmeiras que se diferenciam por porte, cor, tamanho, folhas e outras características, que devem ser avaliadas na utilização e na composição do projeto paisagístico.

Há de se observar que as plantas que dispõe de pouca terra requerem regas mais frequentes, pois não contam com reservas mais profundas de umidade e o solo resseca com mais facilidade.

Por fim, vale ressaltar que bom projeto paisagístico engloba vários aspectos multidisciplinares, como a arte, a arquitetura e o design, e só terá êxito se levar em consideração fatores como o estilo arquitetônico, o clima predominante, características do solo, topografia, além de anseios e necessidades.

Douglas Giovani Baggio – Discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo – Universidade Federal da Fronteira Sul