Pai

Por Fátima Vieira Coimbra | 08/08/2008 | Poesias

Pai

A criação em provérbios.


A rigidez na educação.


A severidade na voz autoritária.


O sacrifício para manter a subsistência.


A luta pela sobrevivência.


A presença e a exigência nos ensinamentos da escola.


A ordem sem discussão.


O medo da reação.


Passado.


Hoje, preciso te confessar.


Pode até parecer que não,


Mas penso sempre em ti,


de coração.


Não podemos nos ver sempre nem batermos longos papos.


Mas nossos pensamentos, nossas almas estão unidas.


Isso é mais forte que tudo.


Vai além da distância.

A distância causada pelo nosso cotidiano.


Lembro-me de ti,


Nas minhas orações, nos meus agradecimentos.


Pela vida latente em mim,


Que advém de ti, parte de ti.


Nas minhas realizações estás presente,


Porque dedico-as intimamente a ti.


Minhas conquistas são por ti também.


Mas saiba,


Quero mais.


Por mim, por ti, por nós.


Te amo.