OVELHA PERDIDA

Por Érwelley Andrade ALB/DF. | 27/09/2010 | Arte

Nasci sem pedir,
Cresci sem querer.
O mundo foi pai,
Da filha perdida
Sem nada temer.
Sem casa, sem nada,
Eu choro humilhada.
Meu pai não me ama,
Só me faz chorar.
Me diz que sou fraca,
Me faz soluçar.
Sem rumo, sem sombra,
Caminho a pensar.
Orando a Deus,
Me ponho a pedir:
Senhor me ajude,
Nasci sem querer,
Preciso seguir,
preciso viver.
O sono me acalma,
a dor acalenta,
A lágrima seca,
meu peito se aquieta.
Ferido de morte
se torna o motivo,
Pra lutar na vida,
pra tentar a sorte.
Sou única filha,
de pais distraídos,
De mim sabem pouco
Mal sabem da vida.
O pouco que sei,
me diz pra amá-los,
Por pouco me esqueço,
do amor que me resta,
Amor pra me dar,
curar a ferida.
A ovelha perdida
pra casa voltou
Retorna ao lar,
Retorna à vida!