Os sinais do tempo.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 02/01/2013 | PoesiasOs sinais do tempo.
Quero outro dia.
Igual a este.
Porque os dias são iguais.
Iguais neles mesmos.
Quero outro dia.
Tenho direito a essa preferência.
O direito de sonhar outro dia.
Profícuo.
Tão igual a este.
Foram tantos os dias.
Mas escolhi exatamente.
Um deles.
Um dia em que o infinito.
Era cheio de astros.
Uns contínuos aos outros.
Interminavelmente.
Lembro-me.
Que até mesmo a madrugada.
Revelava tudo que via.
São silêncios irreveláveis.
De um tempo profundamente.
Diacrônico.
Não tinha nada mais a imaginar.
A não ser aquele tempo.
Lesto a cada segundo que passava.
Quem poderia me dizer.
Certa misantropia trôpega.
Tive apena um desejo.
Miríade a destinação da vontade.
Nenhum homem pascácio.
Poderia pasmadamente saber.
A magnífica porfia do significado.
Quiçá, predestina à entropia.
Anacronicamente.
Devo dizer certo pespego ao tempo.
Maravilhosamente.
Pífio ao destino comum.
Entre uma coisa e outra.
A vida inteira brincou.
Com as palavras.
Particularmente o sentido.
Epistemológico.
Na mais absoluta peugada.
Recidivo ao receptáculo.
Recipiendário.
Sápido ao entendimento distante.
Nenhum outro universo.
Talvez a intuição peremptória.
Melancolicamente.
Uma luz ao meio de tantas continuidades.
Estende se as mãos aos olhares.
Na profundidade transtornada.
De qualquer modo as celebridades.
Idiossincráticas.
Lembro-me apenas das recordações.
Sintomas metafísicos.
Transeuntes aos amanheceres minguados.
Certo sibarismo latino inescrupuloso.
Turgido a complacência.
Esse mundo é o mundo nosso.
Reiterado por certo tempo.
Em algum momento tudo isso.
Mudará de rumo.
Ululará verdejantemente.
A vesânia não dialética.
Foram tantos materialismos.
Até mesmo os metafísicos transcendentais.
Um Deus ululou-se sem vituperação.
Vívido de zoantropia ao zênite fulgurante.
Foste então a mnemonização.
Aquele sinal inexcedível a prodigalização.
Pródromo a premissa proléptico.
Encera se então as últimas compreensões.
Edjar Dias de Vasconcelos.