Os Símbolo da Religiosos: Entre o Sagrado e o Profano
Por Paulo Marcos Ferreira Andrade | 26/10/2013 | FilosofiaPaulo Marcos Ferreira Andrade
Projeto Didático
01- Tema:
Os Símbolo da Religiosos: Entre o Sagrado e o Profano
02- Público alvo:
03-
Grupo de Jovens de diferente denominações religiosas
04- Duração:
60 horas
05- Apresentação
O projeto que hora apresento a esta renomada instituição de ensino tem como tema “Os Símbolo da Religiosos: Entre o Sagrado e o Profano” cujo principal foco é perceber a necessidade que tem o Homem dos dias atuais de vivermos em união e respeito às crenças e símbolos religiosos das diferentes formas de manifestação afim de que se possa evitar o anarquismo religioso no pais.
06- Objetivo geral
Despertar os envolvidos para a necessidade de uma visão mais ampla, em prol da construção de uma sociedade mais fraterna, que perceba as diferenças sem preconceitos ou hierarquização. Visualizar na diversidade, a mesma importância e igual sentido que cada crença tem na formação cultural de uma sociedade. Conhecer novas religiões fazendo uma reflexão sobre o modo como vivem bem como valorizar a identidade cultural proporcionando aos envolvidos a possibilidade de adquirir conhecimentos sobre a diversidade religiosa.
07- Objetivos específicos
- Perceber a importância e dimensão da liberdade religiosa com a busca de respostas ao questionamento existencial pós moderno;
- Analisar o papel das Tradições Religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas e suas manifestações socioculturais e econômicas;
- Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das Tradições Religiosas;
- Refletir o sentido da atitude moral, como consequência da vivência do fenômeno religioso e expressão da consciência e da resposta pessoal e comunitária do ser humano;
- Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na construção de estruturas religiosas.
08- Metodologia
A metodologia a ser utilizada neste projeto será sempre a que possibilitar o diálogo aberto e livre de quaisquer formas de preconceitos e ou discriminação. A leitura dirigida, a pesquisa e o debate aberto serão fortes ferramentas na construção a que se propõe.
09- Conteúdo
- O uso de símbolos religiosos nas escolas públicas
Por: Jorge Schemes*
- Os símbolos e a simbologia religiosa: o papel da igreja católica
Ana Paula de Matos*
- Saiba mais sobre os símbolos religiosos e seus significados
Adaptado de Pedro Lima Vasconcelos (USP)*
10- Atividades
- Estudo de textos;
- Leitura e releitura;
- Debate do texto;
- Troca de experiências;
- Roda de conversas;
- Pesquisa na internet;
11- Recursos
- Internet;
- Sulfite;
- Material de uso comum;
- Câmara digital;
- Textos apostilados;
- Laboratório de imformátrica;
12- Referencial teórico
Sabemos que a Lei nº 9.475, de 22 de julho de 1997 estabeleceu as diretrizes e bases da educação nacional, é clara quando diz que:
“O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”.
Deste modo é comum ouvir-se nas instituições escolares que não podemos trabalhar religião no sei da escola e que esta é um a prática da família, e parece que isso não soa bem como é verdade. Contudo a escola deixa com isto de discutir questões fundamentais como o respeito aos símbolos de cada manifestação religiosa.
Pato do pressuposto que respeitamos aquilo que conhecemos , mesmo que não aceitamos ou vivenciamos como valor posso respeito porque conheço e sei que é sagrado para determinado individuo ou grupo social.
Ao que se percebe nos dia atuais a instituição religiosa não garante mais um modo ser religioso protegido e que acaba e se deslocando para os meios de comunicação sociais uma nova forma de relação social que lida de forma direta com o sagrado e o profano, tornando-os espetáculos audiovisuais de entretenimento. É importante que cada ser social conheça o que é o fenômeno religioso, afim de que possa se posicionar diante das eminente situações a que são colocados pela mídia. Este fenômeno está fortemente marcado por uma idéia dualista que chamamos de o sagrado e o profano,
Durkheim em seus estudos sobre a religião nos esclarece que “o sagrado e o profano foram pensados pelo espírito humano como gêneros distintos, como dois mundos que não têm nada em comum” (1996:51) e conclui: “existe religião tão logo o sagrado se distingue do profano” (Idem:150). Então podemos chamar de sagrado tudo aquilo que está ligado à religião, magia, mitos, crenças e que se manifestam de forma diferente das naturais. Este sagrado consequentemente vem acompanhado de uma simbologia própria e peculiar de cada religião.
Sabemos que o sagrado não está caracterizado por um elemento universal o que pode provocar a aceitação ou não por determinado grupo como sagrado ou não. Para o pensador francês René Girard (1998):
O sagrado tradicional é sacrificial em grande medida, pois é a morte real ou simbólica que sacraliza o bode expiatório, distanciando-o em relação ao mundo cotidiano. Girard argumenta que a articulação dos diversos fenômenos sociais opera através da íntima relação do sagrado com a violência
Desta forma o que temos é a idéia de que a violência e o sagrado são inseparáveise que é a violência que constitui o verdadeiro coração e alma secreta do sagrado.
O sagrado é a ferramenta reguladora da qual as sociedades lançam mão diante da ameaça de violência generalizada. A violência do sacrifício além de produzir o sagrado, também sacraliza a própria violência, que passa a ser considerada purificadora. Todo rito religioso provém da vítima expiatória, e as grandes instituições humanas, religiosas e profanas, provêm do rito (Cf. Girard, 1998:384). Com isto a instituição religião sacraliza não somente o espaço com seus símbolos mas o tempo com a sua história. Segundo a filósofa Marilena Chauí:
O tempo sagrado é uma narrativa. Narra a origem dos deuses e, pela ação das divindades, a origem das coisas, das plantas, dos animais e dos seres humanos. Por isso, a narrativa religiosa sempre começa com alguma expressão do tipo: “no princípio”, “no começo”, “quando o deus x estava na Terra”, “quando a deusa y viu pela primeira vez”, etc.A narrativa sagrada é a história sagrada, que os gregos chamavam de mito. Este não é uma fabulação ilusória, uma fantasia sem consciência, mas a maneira pela qual uma sociedade narra para si mesma seu começo e o de toda a realidade, inclusive o começo ou nascimento dos próprios deuses. Só tardiamente, quando surgiu a Filosofia e, depois dela, a teologia, a razão exigirá que os deuses não sejam apenas imortais, mas também eternos, sem começo e sem fim. Antes, porém, da Filosofia e da teologia, a religião narrava teogonias (do grego: theos, deus; gonia, geração) isto é, a geração ou o nascimento dos deuses, semideuses e heróis.
O fato é que a religião através de seus símbolos liga humanos e divindade, porque organiza o espaço e o tempo, os seres humanos precisam garantir que a ligação e a organização se mantenham e sejam sempre propícias. Para isso são criados os ritos. Não importa qual seja a forma de manifestação deve-se respeitar e valorizar a cada um.
13- Referências bibliográficas
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COELHO, C. N. P. e CASTRO, J. V. de (orgs.). Comunicação e sociedade do espetáculo. São Paulo, Paulus, 2006.
DEBROD, G. A sociedade do espetáculo – Comentários sobre a sociedade do espetáculo. Rio de janeiro, Contraponto, 1997.
DURKHEIM, È. As formas elementares da vida religiosa, Martins Fontes, São Paulo, 1996.
ELIADE, M. O Sagrado e o Profano: A essência das religiões. São Paulo, Martins Fontes, 2001.
GIRARD, R. A Violência e o Sagrado. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1998.
LÉVI-STRAUSS, C. Minhas palavras. 2ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1991.
MAFESOLLI, M. O tempo das tribos. 3ª ed. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2000.
PATIAS, J. C. O espetáculo no telejornal sensacionalista, in COELHO, C. N. P. e CASTRO, J. V de (orgs.). Comunicação e sociedade do espetáculo. São Paulo, Paulus, 2006.
REVIÈRE, C. Os ritos profanos. Petrópolis, RJ. Vozes, 1997.
ROCHA, E. O que é o mito. 2ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1986.
SIQUEIRA, D. da C. O. A ciência na televisão: Mito, Ritual e Espetáculo. São Paulo, Annablume, 1999.