Os Ptolomeus

Por DANIEL GONCALVES DOS SANTOS | 20/08/2013 | História

OS PTOLOMEUS

            Em323 a.C. morreu Alexandre o Grande, e a Palestina ficou debaixo do governo de um de seus Generais gregos. Ptolomeu que também governou o Egito foi o fundador da dinastia dos ptolomeus. Sabe-se muito pouco a respeito da Judéia nos tempos do Ptolomeus. Aparentemente, os judeus conservavam uma considerável liberdade, tanto para praticar sua religião como também para manter, até certa medida, um governo autônomo, exercido pelo próprio Sumo Sacerdote. Originalmente esse oficio tinha um propósito estritamente religioso, mas, na ausência de um rei judeu, ele se tornou o maior símbolo político da nação judaica. Mas a cada dia a nação judaica sentiu-se mais e mais pressionada para adotar o estilo de vida grego.

            A colônia judaica de Alexandria, no Egito, parece ter florescido durante o período dos ptolomeus. Neste tempo os judeus tinham que se ajustar suas vidas a este novo ambiente de cultura pagã. Alguns intelectuais judeus queriam ensinar a história dos hebreus aos gentios. Outros tentaram combinara a religião Bíblica com a filosofia grega, um processo, que algum tempo depois, culminou nas interpretações alegóricas de Filo de Alexandria. Quando lemos as epistolas paulinas vemos a influencia helênica em suas cartas.  Esta “nova” hermenêutica parece ter influenciado bastante o apóstolo Paulo.

            Neste tempo, muitas literaturas apócrifas foram produzidas que futuramente iriam circular entre os judeus e cristãos.  Ouve também a tradução do Pentateuco (Toráh) do hebraico para o grego, terminada perto do século III a. C. Este trabalho juntamente com as traduções posteriores do Antigo Testamento recebeu o nome de Septuaginta (comumente abreviado com o numeral romano LXX) intitulado assim por causa dos setenta eruditos que, de acordo com a tradição, participaram da tradução do original. Esta obra foi um dos principais motivos para que o judaísmo futuramente conseguisse prosélitos gentios (Gói) para o judaísmo, pois o grego iria se tornar a língua universal. Os autores do Novo Testamento com freqüência utilizaram a Septuaginta quando citavam o Antigo Testamento.