OS PRAZEIROS COMO TRANS-RAIANOS : HISTÓRIA DA ÁFRICA
Por CLAUDIO SILVA PEIXOTO | 18/12/2018 | ResumosO texto vem narrar uma série de fatores e acontecimentos sobre as conjecturas politicas, econômicas, sociais e de frequentes tentativas de expansão de territórios de países da bacia do Zambeze e as relações que cercavam essas sociedades. Durante o século XIX ouve grandes mudanças na África central correspondente ao Malaui, Moçambique e Zâmbia. Nesse período houve fortes trocas econômicas. O texto vai mencionar ainda que a formação dos primeiros Estados iniciou-se no Sul do Zambeze.
Dimensiona ainda sobre os Estados pré-coloniais que apesar de escassos recursos passaram de dominados para dominantes , desenvolvia então reinos centralizados que de forma estratégica ganhavam espaço , força e poder sobre outros povos e cada vez mais tentavam adquiri expansão territorial, econômica e status de soberania entre os demais povos. Contudo alguns desses reinos não havendo uma dominação nem força para controlar e administrar vastos impérios seja pela consequência de enfraquecimento político ou econômico acabavam enfraquecendo e perdendo força e poder.
Muitas regiões do sul do Zambeze tinham grandes potencialidades na comercialização de ouro, marfim, agricultura bem como na atividade da utilização de escravos que além de proporcionar riqueza para os reinos devido a mão de obra e força militar fortalecia uma hegemonia centralizada como reino forte e capaz de garantir a permanência do seu reino.
O texto aborda as relações das populações autóctones que em meio as inserções de novos povos nas regiões (migrações) essas sociedades do lugar absorviam culturas e passavam a utilizar características culturais do outro e ao mesmo tempo misturava-se com as suas próprias, hora tendia-se mais forte para uma e hora para outra cultura. O autor vem contextualizar essas relações onde várias pessoas (povos) misturavam-se, relacionavam-se e em meio a tudo isso também surgia novas formas , novas culturas.
Os reinos do da bacia do Zambeze competiam entre si para com as questões de fornecimento de escravos, comercialização de materiais (ouro, marfim e outras produtos), é importante destacar a presença árabe nesse contexto de comercialização e de inserção em disputa de território e de poder politico e econômico. Outro ponto importante foi às forças britânicas que tinham interesse do comercio marítimo na região e utilizou de estratégias para o enfraquecimento dos reinos da zambezia. Uma das estratégias foi o impedimento do trafico de escravos em determinadas faixas marítimas os quais os reinos enfraquecimento nesse contexto. Não que a comercialização de escravos justificasse a esse crescimento econômico e de poder, era de fato algo danoso aos povos que eram escravizados pela utilização do outro como objeto em detrimento ao enriquecimento do outro.
Um dos reinos que na época que mais cresceu politicamente, economicamente foi os Ngune que utilizou dos fatores de migração dos vários povos para exercer uma dominação territorial, econômica e militar. Uma estratégia importante desse reino foi a de conceder vantagens aos filhos dos estrangeiros direitos de espolio de guerra.
Outro fator importante foi à inserção do capitalismo e a perda da supremacia econômica dos vários reinos devido a essa necessidade de dependência dos fatores (economia do mundo capitalista). O texto vem trazer uma narrativa de sobrevivência dos reinos através de uma busca frequente de fortalecimento do poder militar, expansão de territórios, força sobre os outros sejam pela imposição ou pela coerção. Vários reinos tiveram seus tempos de apogeu e de queda mas um dos fatores mais importantes na leitura seria sobretudo a resistência contra os estrangeiros europeus os quais os povos africanos resistiam , seja pelo combate físico ou por certa forma alianças econômica e politicas.