Os Patriarcas - Capítulo 2

Por Hebert Oliveira | 13/09/2016 | Literatura

Quando já estava perto de chegar ao Egito Abrão disse a Sarai: Bem sei que você é bonita. Quando os egípcios a virem, dirão: “Esta é a mulher dele.” E me matarão, mas deixarão você viva. Diga que é minha irmã, para que me tratem bem por amor a você e mi­nha vida seja poupada por sua causa.

Sarai: Está bem!

   Quando chegaram ao Egito...

Egípcio: Olhe! Estrangeiros estão chegando.

Egípcio 2: E dentre eles tem uma mulher mui bonita. Vamos lá falar com ela.

   Eles foram falar com Sarai e...

Egípcio: Marhabaan (Olá)! Qual é o seu nome?

Sarai: Eu me chamo Sarai, senhor.

Egípcio: Você é mui bonita.

Sarai: Obrigada!

Egípcio: Nós levaremos você e seu amigo ao rei.

   No palácio...

Faraó: O que esses estrangeiros fazem aqui?

   Eles explicaram ao rei.

Faraó: Qual é o seu nome?

Abrão: Eu sou Abrão e ela é Sarai.

Faraó: Eu estou falando com ela. Ele é o que seu?

Abrão: Irmão, senhor.

Faraó: Eu já disse que estou falando com ela!

Abrão: Sim, senhor.

Faraó: É verdade o que ele disse?

Sarai: É sim, senhor.

Faraó: Por que vieram para cá?

Sarai: Bem, porque...

Faraó: Psiu! Agora sim estou falando ele.

Sarai: Ah! Desculpe-me.

Abrão: Porque teve uma tempestade onde estávamos habi-tando, em Canaã. A qual destruiu todas as plantações e colheitas. Por isso, uma enorme fome assolou a cidade. Então viemos embora para cá.

Faraó: Certo! Deem a eles ovelhas e bois, jumentos e jumentas, servos e servas, e camelos. E arrumem os aposentos deles.

   Aconteceu que quando o rei foi banhar-se no rio assim que saiu ficou tonto e desmaiou. Os seus servos o socorreram e o levaram aos sacerdotes, que constataram que ele estava com uma doença grave.

   Muitos de sua corte começaram a desmaiar também. O rei não aguentou mais e mandou chamar Abrão.

Faraó: O que você fez comigo? Por que não me falou que ela era sua mulher? Por que disse que era sua irmã? Foi por isso que eu a tomei para ser minha mulher. Aí está a sua mu­lher. Tome-a e vá! Providenciem o necessário para que partam com tudo o que possuam.

   Na habitação de Ló...

Ló: Por que será que o meu tio está demorando tanto?

Esposa: Sei lá! O rei deve está dando uma festa e os convidaram.

Ló: E Abrão não avisou-nos? Sei não.

   Na mesma hora Abrão abriu a porta do quarto de Ló e falou para eles arrumarem as coisas para partir. Assim fizeram e partiram.

Ló: Tio Abrão, a gente vai voltar para a mesma cidade, Neguebe?

Abrão: Sim! Por enquanto. Se o SENHOR DECIDIR que temos que partir, nós partiremos.

   Abrão tinha enrique­cido muito, tanto em gado como em prata e ouro. Ele partiu do Neguebe em direção a Be­tel, indo de um lugar a outro, até que chegou ao lugar entre Betel e Ai onde já havia armado acam­pamento anteriormente e onde, pela pri­meira vez, tinha cons­truído um altar. Ali Abrão invocou o NOME do SENHOR. Ló, que acompanhava Abrão, também possuía rebanhos e tendas. E não podiam morar os dois juntos na mesma região, porque pos­suíam tantos bens que a terra não podia sustentá-los. Por isso surgiu uma desavença entre os pastores dos rebanhos de Abrão e os de Ló. Nessa época os cananeus e os ferezeus habi­tavam aque­la terra.