Os ministérios na Igreja

Por Douglas Diego Palmeira Rocha | 21/02/2021 | Religião

A palavra ministério provém do latim: ministeriu = serviço; minister = ministro; ministrare = servir. É, portanto, a prestação de um serviço a indivíduos ou grupos, por parte de alguém que o faz de modo espontâneo e organizado. Ministério é, assim, um carisma, ou seja, um dom do alto, do Pai pelo Filho, no Espírito, que torna seu portador apto a desempenhar determinadas atividades, serviços e ministérios em ordem à salvação (LG 12b).

Já no Antigo Testamento, vemos no Dêutero-Isaías – nos capítulos de 40 a 52, em que se acham inseridas quatro peças líricas, ou seja, os quatro “cânticos do Servo de Javé” – toda uma importante missão de serviço confiada por Deus ao “Servo de Javé”. Esse Servo de Javé – que os exegetas ora identificam com um povo, ora com um personagem ideal – é, pela maioria dos estudiosos, interpretado como uma prefigura do Messias, ou seja, Jesus Cristo, “o Servo de Javé por excelência”. No Novo Testamento, Jesus Cristo denomina-se o “Servo, Servidor” (em grego, diácono) do Pai, afirmando de si mesmo: “Eu vim para servir, e não para ser servido” (Mc 10,45).

A Igreja instituiu, já em tempos antiquíssimos, alguns ministérios, com o fim de render a Deus o devido culto e de prestar serviços ao povo de Deus, segundo as suas necessidades; com esses ministérios eram confiadas aos fieis funções da liturgia sagrada e do exercício da caridade, que exerceriam conforme as diversas circunstâncias (MQ, Introdução).

A Igreja é toda ministerial! Deus confere dons a seus filhos e filhas presentes na Igreja (Rm 12,4-5), e, por seu Espírito, realiza a diversidade de ministérios (1Cor 12,11), em vista da unidade do Corpo de Cristo (Ef 4,4-6). Desde as suas origens, a Igreja de Cristo vem servindo, espiritual e materialmente, a todos os seus filhos, mediante o exercício constante e generoso de dois tipos de ministério, essencialmente distintos: os “ministérios ordenados”, enraizados nos sacramentos do batismo e da ordem e exercidos pelos ministros ordenados, ou seja, bispos, presbíteros e diáconos, e os “ministérios não ordenados”, enraizados nos sacramentos do batismo e da confirmação (crisma), exercidos pelos fiéis leigos, homens e mulheres (cf. CL 23).

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