Os "meus" e a minha vida.
Por Cristiano Machado Bragati | 12/03/2012 | CrônicasOuvi uma frase que marcou minha vida: “Os meus estão sempre bem quando os outros perguntam. Os meus eu estarei pra sempre junto”. “Os meus”... Marcou demais, tendo em vista os valores pessoais que carrego de berço. Os valores que reservo dentro do coração. Já fui muito materialista, mesmo não deixando de lado a emoção da vida. Queria comprar e ter. Bobagem... Pouco tempo atrás estava na emergência de um hospital aguardando para ser atendido e olho para o lado, está meu pai aguardando comigo. Apavorado com minha dor. E eu, mesmo com dor (pedra nos rins dói muito), prestando atenção que, nenhum dos bens materiais estava ali comigo. Meu carro não estava, minhas roupas não estavam, minha conta bancária também não, enfim, estava meu pai preocupado apenas com minha saúde.
Nós devemos lutar muito para viver bem e dar vida a quem nos acompanha.Dar saúde aos meus pais, dar comodidade a eles pela idade e luta que carregam. Lutar para ter uma linda família, que é a maior conquista, ter uma base sólida para amar, brincar, compartilhar,educar e viver com quem lhe proporcionará isso. Ter uma mulher que esteja sempre presente, que entenda os problemas que o dia cansativo nos proporciona, que releve os pontos e cultive as virgulas, que viva a vida da melhor forma possível ao lado de quem ela tem certeza que ama. Dar a uma mulher a atenção que precisa, o amor que tanto deseja, a paz que tens em seus sonhos, o sorriso que tem em suas conquistas, carinho, fidelidade, paixão e desejo. Dar a ela o maior presente, receber dela a maior conquista: um filho ou uma filha. Se for menina gostaria de Maria Eduarda e menino João Gabriel. Quem sabe?!
Depois de muito tempo estudando o mundo resolvi estudar quem eu realmente sou. Cheguei a conclusão que o mundo é mais fácil de se entender. Como sou complicado. Como tenho defeitos. Como eu tenho medos. A propósito, falando em “medos”, lembro que tinha medo de me explicar sobre algum acontecido pelo receio das reações adversas. Tive receios de dizer uma simples verdade por parecer uma grande mentira. Tive momentos que desconheci a mim mesmo. Tive medo de avião (ainda não o amo), que perdi na última viagem acompanhado de um temporal horrível. Notei que Deus escolhe o caminho certo; tive medo de altura que perdi quando fiz arvorismo e vi que quanto mais alto estamos mais livres somos; tive medo de olhar nos olhos, mas vi que os olhos são o espelho da alma; Tomei decisões precipitadas por inúmeros motivos. Enfim, errei “muito”, mas hoje penso “muito” antes de qualquer ato, de qualquer decisão, de frases que digo, porque sempre envolvemos pessoas que são “vítimas” passivas de nossas escolhas. “Perdi” pessoas que amava, sofri por isso, mas me dediquei a amar a mim mesmo e lutar pela felicidade dos meus.
Os olhos nos enganam muito, porque é muito fácil ver. Quando vemos uma melancia, sabemos que é uma melancia. Porém, por dentro não sabemos se está saborosa ou estragada. Notei que a visão por si só não é tudo, nos engana, então comecei a “tentar” saber o porque as pessoas nos amam sem motivo para tal. Independente da beleza que temos. O que fazemos de útil para sermos amados. O que eu mudo na sua vida para que me dê amor. A quem eu faço bem. Comecei a notar as batidas do coração e não o que a carne me proporciona.
Estou quase lá, afinal não posso tomar decisões precipitadas. Mas uma coisa eu tenho certeza, eu amo muito entender a vida e me entender. Eu já disse isso para uma pessoa “EU NÃO CANSO”, NÃO SEI MEU LIMITE, E JAMAIS DISSE “EU DESISTO”. Não vejo isso no mundo hoje. Vejo pessoas fazendo o básico. Trabalhando, voltando para casa, comendo, bebendo, rindo talvez e dormindo. Pessoas que acham que já possuem conhecimento suficiente. Eu quero mudar... Eu quero vencer... Eu quero ser útil na vida de quem me acha útil. Parabéns a quem acreditou. Parabéns a quem acredita. ESTAR PRONTO DEMORA MUITO. Mas quando servimos na mesa...Nossa...O sabor será apreciado a quem esperou por aquele delicioso prato, que poucos se dedicam tanto a fazer.