OS LIMITES DO DESENVOLVIMENTO
Por Emilia Raymundo de Souza | 23/03/2011 | ResumosResenha crítica-texto: Os limites do desenvolvimento (Walter Carlos) e Desenvolvimento, espaço e sustentabilidades (Rua João)
Os textos têm como pontos principais a discussão dos limites , espaço e sustentabilidade do desenvolvimento global e suas conseqüências para humanidade,tal processo foi fruto da política vigente, provinda de guerras internas do regime do sistema capitalista o segmento social que interessa é a burguesia e seu pensamento como nova sociedade,essa nova forma de pensar unifica o globo terrestre, abrindo as portas para investimentos no mercado mundial superando assim os limites tradicionalmente representados pelas fronteiras nacionais. Com globalização as grandes empresas adquiriram tal poder de mobilidade, redução de mão-de-obra e capacidade de negociação, podendo deslocar suas plantas para qualquer lugar onde paguem os menores salários, os menores impostos e recebam os maiores incentivos que tanto a sociedade como o Estado se tornaram seus reféns, submetendo ambos, aos seus interesses e ao seu exclusivo benefício.
O instrumento de contestação é o progresso como arma moral e posteriormente política, onde a história é alienada, o seu sujeito é humanidade e sua vítima é o meio ambiente, o que mais interessa em seu pensamento é a necessidade do pacto social entre os cidadãos renunciando sua liberdade ao soberano. O sistema global protege os seus destruidores, os lobos com pele de cordeiros.
A concepção de homem moderno como sujeito social, crítico, racional, atuante e autônomo , atinge às instituições, promovendo a reformulação educacional, cuja laicização educacional e o racionalismo pedagógico são resultantes de metamorfoses e originações da intelectualidade e de seus modelos culturais, fragmentando os indivíduos com o intuito de produzir cada vez mais para gerar mais capital, passando a dominando o trabalhador e não mais as condições de trabalho como acontecia na manufatura, dando a ilusão de que não há exploração alguma, pois os trabalhadores se sentem livres dentro do sistema capitalista, pois estes não precisam de um chicote para se submeterem e entregarem o seu trabalho é equivalente a ela e por isso é justo. Para o capitalismo não importa o impacto que tal progresso acarrete para humanidade e sim o lucro que ira obter.
Não importa que países do terceiro mundo se tornou reféns dois países do primeiro mundo (exemplo ?Estados Unidos),devido as suas grandes potência tecnológica e não interessa para o mesmo limitar o se desenvolvimento, para atender as necessidades dos países de terceiro mundo. A grande questão do desenvolvimento é a desigualdade social e a manipulação da massa por meio do convencimento (a cultura é uma delas).Dando a massa o fetichismo de liberdade mas, na verdade, escravizam as pessoas à espontaneidade de processos sociais e naturais. Essa nostalgia globalizante está longe de ser inofensiva, pois ela tem uma grande força imobilizadora e lança uma cortina de fumaça sobre o que está realmente acontecendo com o planeta.
Cabendo a nós educadores recuperar , através de nossos alunos a esperança no futuro, pois o sistema mundial moderno encontra-se em franca degeneração. Por isso e de suma importância que pensemos o futuro e nos antecipamos a ele.
Como aponta Bauman, não há solução individual para problemas coletivos e se queremos construir outro mundo, e ele não só é necessário, mas também é um esforço coletivo, teremos que continuar essa luta histórica pela educação crítica. É a contribuição que podemos e devemos dar nesse momento.