os jardins de Alágia

Por ronaldo campello | 21/08/2010 | Poesias

Os Jardins de Alágia

Contemplo no escuro da noite
O sopro gelado igual a acoite
Que vem de teus lábios frios
Que lembram dois grandes rios

Não posso fugir, não posso fingir.
Apagar os vestígios e querer desistir
Destes beijos loucos desejos
Teu olhar lânguido lindo
Que me vem sorrindo
Perverso e demente, louco e ardente.
Que causa espantos aos mortais
Que causa espantos eternais
Alágia dos jardins
Dos sonhos sem fins
Dos olhares piedosos e beijos amorosos
Das faces fecundas de lágrimas imundas
O sol brilha em teu peito
No escuro do leito
Noites e vinhos, orgíacas noites.
De infinitos acoites
Lábios de puro sarcasmo atroz
Lábios puros sem voz
De pura ingenuidade, velados pela maldade.
Alágia maliciosa, fecunda formosa.
Desperto uma vez mais dos sonhos que velam minha alma e sinto teu corpo sobre o meu, quente e nu...
Alágia dos jardins contemplo o sorriso e a chama que arde em teu peito