OS GASTOS DO GOVERNO COM O MARKETING PESSOAL DO PRESIDENTE LULA.

Por Romão Miranda Vidal | 22/12/2010 | Crônicas

OS GASTOS DO GOVERNO COM O MARKETING PESSOAL DO PRESIDENTE LULA.

A necessidade que todos nós temos em nos comunicar, começa já ao nascermos quando do primeiro choro. É o primeiro som que emitimos e daí para frente continuamos a nos comunicar de várias formas.
Muitos nascem com o dom da comunicação. Exemplo: Chacrinha. Autor da frase: "Quem não se comunica se trumbica". O avanço da comunicação exigiu o surgimento de novos métodos, novos profissionais e novas tecnologias.
A velocidade com que são transmitidos os acontecimentos faz com que a comunicação passe a ser uma grande aliada da Tecnologia da Informação.
Empresas especializadas, profissionais de elevada categoria, cursos de Comunicação e Marketing, Pós-Graduação em Comunicação e Marketing são ferramentais disponíveis no momento.

A comunicação é o fator, o viés que nos leva a tomar conhecimento da realidade da situação, do momento, do país e dos demais países.
A comunicação é o elemento que permeia os sentimentos, advoga interesses, forma opiniões, aponta defeitos e virtudes, demonstram de forma grotesca acontecimentos banais, mas também apresenta virtudes inigualáveis.

Nos dias atuais a comunicação atinge circunstâncias nunca antes imaginadas. A televisão, os jornais, revistas, rádio, InterNet, Twitter, Faceboock, e-mail, MSN e um constante avançar comunicativo, que jamais terá forma e maneira de parar.

Um dos maiores exemplos de comunicação que manobrou massas, foi a propaganda do Terceiro Reich, conseguiu transformar em simpatizantes, os habitantes dos países que invadia. Desenvolveu uma metodologia de comunicação de elevado teor segregacionista, que praticamente dizimou os judeus nos países que invadiu.

Os regimes totalitários que esposavam a castração de liberdades de expressão, por sua vez estimulavam a propaganda do regime. Comitês de Publicidade e Comunicação dos Partidos de governos fortes assumiam direções administrativas dos meios veiculadores dos seus adversários. Quando não usavam meios políticos, votando projetos que regulamentavam e regulavam as comunicações que não fossem do seu estrito interesse. Hugo Chávez é um dos maiores exemplos.

Nos dias atuais as metodologias utilizadas exigem elevados conhecimentos de mercado, de política, do tipo de público alvo a ser atingido e lógico buscam um retorno compatível com os esforços até então realizados.

Um dos exemplos mais comuns, pode-se observar de forma clara e precisa, é o referente às campanhas políticas para cargos executivos e legislativos. Enormes quantias são gastas. Mesmo quando o TSE insiste em buscar a moderação via diplomas legais. Mas dificilmente terá condições de coibir que o poderio e interesses econômicos financiem campanhas eleitorais. E é então que a comunicação ganha corpo do tipo "Vote no Tiririca. Pior que está não fica." De fato a citação do comediante não representou gastos astronômicos em propaganda, mas foi um tipo de comunicação que teve repercussões enormes. Por outro lado esquemas mediáticos especializados estão à disposição de políticos que não possuem o dom da comunicação, o que de certa forma compensa esta falha. Empresas especializadas faturam somas enormes nas campanhas eleitorais. Mas isto faz parte do jogo. Vender a imagem do político na esperança de uma possível eleição, que nem sempre representa as esperanças depositadas pelos eleitores.

Mas a situação torna-se inadmissível quando se analisa gastos feitos pelo mandatário saínte. Jamais em tempo algum, um governante realizou tantos gastos para promover a sua pessoa como o atual presidente do Brasil.

Segundo dados da Secom, foi gasto, até a primeira semana de dezembro, R$ 1,1 bilhão com propaganda em mídia da administração direta e indireta do governo federal ? no ano passado foi R$ 1,6 bilhão. O total não inclui publicidade legal (divulgação de balanços), gastos com produção de comerciais e eventos. ( Julia Duailibi, Estadão.com).

A partir destes dados pode-se afirmar que o poder da mídia em influenciar no modo de agir, pensar e decidir do povo brasileiro em relação às eleições passadas, apresentou um dos maiores golpes branco à democracia brasileira.

Podemos voltar ao passado.
"O nascimento do Estado Novo, em 1937, deu-se sob a evidente preocupação de Getúlio Vargas com a publicidade e legitimação de seu regime, apoiando-se fortemente nos meios de comunicação. Desde o momento em que viu consolidar-se o golpe que o levou ao poder em 1930, Vargas mostrou-se preocupado em estruturar seu governo, ancorando-se em mecanismos de propaganda e controle da opinião pública como meio de difundir suas idéias e os ideais que norteariam sua atuação política.

Com a criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), em dezembro de 1939, os projetos de construção da imagem de Getúlio Vargas, de culto à sua personalidade e de controle da opinião pública tiveram sua realização plena. Estruturado como uma verdadeira máquina da propaganda governista, o DIP teve forte atuação junto a todos os meios de comunicação, sobretudo o rádio e a imprensa escrita. Ao DIP cabia a tarefa exclusiva de cuidar de toda a publicidade e propaganda dos órgãos do governo e da administração pública federal, assim como de todas as suas autarquias." (Marco Cabral dos Santos*Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação.

O atual presidente em seus discursos costumeiramente se comparava a Getúlio Vargas. Acertou. Acerto de 100%. Inclusive com tentativas de "enquadrar" a imprensa, via censuras veladas, com ações urdidas pelas eminências pardas ? Sérgio Vannuchi, Marco Aurélio Garcia e companhia -.

Infelizmente as somas acima citadas, foram gastas ao arrepio da Lei. O efeito teflon funcionou de forma incrível. Desrespeitou todos os diplomas legais.

Por mais incrível que se possa imaginar, estes gastos se aplicados na Saúde Pública e na Educação, surtiria maiores efeitos.

A todos nós resta ficarmos atônitos. Pasmos ante a impossibilidade de reagirmos aos desmandos que promoveu este senhor que governou o Brasil.

Poderia ser lembrado se houvesse agido dentro da coerência ética e política, ao promover maior apoio às áreas sociais menos favorecidas. Mas resolveu brindar aos grupos especializados em promoção pessoal da sua imagem, com verbas nunca d?antes gastas neste país.

Mas a grande pergunta surge.
O que será deste elemento após o dia 1º de janeiro de 2011, quando a mídia deixar de veicular sua imagem com verbas governamentais?

A todos nós brasileiros cabe por dever constitucional, exigir a transparência total dos gastos governamentais dirigidas à promoção pessoal.

Finalizando.
Pobre o pais que tem no comando do seu destino, uma personagem que se compara com a galinha garnizé que ao botar um minúsculo ovo promove o maior cacarejo do mundo.

Será que é este Brasil que queremos?