Os Conceitos Epistemológicos Desenvolvidos por David Hume.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 09/10/2012 | FilosofiaOs conceitos Epistemológicos desenvolvidos por David Hume.
Qual o verdadeiro significado da filosofia em Hume, em primeiro lugar que ela não poderá ser abstrata, não pode ficar distante da realidade. O que é comum em certas metafísicas. Elaboradas com bases abstratas em conceitos sem significados reais.
Na etimologia dos conceitos dificilmente encontramos um pensamento tão radical contra a metafísica quanto aquele que o filósofo defendeu em suas Investigações sobre o Entendimento Humano 1748.
Os fundamentos epistemológicos de Hume foram tão fundamentais que despertaram em Kant a superação seu tradicionalismo e influenciou as principais filosofias contemporâneas do ocidente.
No livro: Investigação sobre o Entendimento Humano trata, essencialmente, de mostrar que a teoria do conhecimento, desenvolvida, procura entender a respeito da validade de tudo que podemos conhecer.
A esse propósito Hume era empirista, acreditava que todo conhecimento provém da experiência. Mas, não essencialmente igual a Locke.
Para o referido a mente da criança, ao nascer, era uma folha em branco a ser tomada pela experiência. Hume não defendia essa tese na sua essencialidade empírica, portanto, uma diferença essencial.
Hume era também cético a respeito da fundamentação para tudo que aprendemos com base na experiência, isso porque para ele o conhecimento resulta de diversas variáveis.
Fontes do saber.
Para sua epistemologia, tudo que podemos conhecer tem origem em duas fontes da percepção:
Impressões: são os dados fornecidos pelos sentidos. Podem ser internas, como sentimento, prazer ou dor.
Externa: a visão de um determinado objeto, o tátil, o cheiro etc.
Conceitos ou ideias: impressões como representadas em nosso intelecto, quando lembramos ou imaginamos. A lembrança de determinado fato empírico, uma acontecimento vivenciado na realidade dos fatos.
As ideias em geral produzidas na vida real que determinam as impressões motivo pelas quais as ideias ou percepções correspondem às cópias de nossas impressões, ou percepções mais exatas.
Razões pelas quais a experiência constitui a realidade de todo conhecimento, que se pode chamar de raciocínio sobre os fundamentos dos fatos.
Enquanto o outro modo, dos objetos de relação de ideias. As ideias, por sua vez, se relacionam umas com as outras de três pontos básicos e necessários.
Por algo parecido: uma fotografia que nos leva a ter a ideia do fato original.
Por continuação do tempo e lugar ao dizer algo a respeito de uma determinada coisa, por semelhança posso perguntar a respeito de outras.
Pelo princípio de causalidade ao recordarmos de uma pessoa machucada, logo podemos pensar na dor sofrida, o machucado, é a causa, a dor o efeito.
Nas relações básicas das ideias, o conhecimento obtido é chamado de demonstrativo, intuitivo ou dedutivo. É o caso da matemática e da geometria, aquilo que se entende de lógica formal, não tem como ser errado, por ser exatamente dedutivo, o princípio lógico.
Um exemplo de lógica formal dez vezes dois é igual a vinte, não como ser errado, porque não existe contradição em nenhum dos princípios aplicados.
Podemos chegar as seguintes conclusões: A partir daí podemos inferir três coisas: a que esse tipo de conhecimento independe completamente de objetos externos.
O saber é objetivamente correto, seguro; sua prova é dada totalmente pela razão: seria um absurdo dizer o diferente, daquilo que é dito, uma verdade universal e necessária.
Mas, quando se trata de questões de fato, ou seja, de coisas que afirmamos no mundo empírico, tudo muda, os carros são pretos, nada impede de dizer que são azuis. Não existe qualquer contradição lógica, mesmo que não corresponda com a verdade, a contradição é cabível.
outra especificação dada por Hume. O Sol não nascerá amanhã não é menos absurdo, do ponto de vista lógico, do que dizer o Sol nascerá. Portanto, qual é o fundamento do conhecimento empírico?
O fundamento do princípio de causalidade, para Hume, qualquer raciocínio empírico, a respeito de questões de fato, se sustenta sobre relações de causa e efeito.
Naturalmente para entender qual é a verdade do saber empírico, Hume precisou analisar a lógica dessa relação causal, se o efeito, poderá ser eternamente continuo de acordo com as leis naturais, esse foi seu questionamento.
A primeira hipótese desenvolvida por Hume, pode dizer que não existe base lógica, indutiva. Apesar do mesmo ser empírico. Certo exagero seu, se tenho um o objeto em mão e solto, espero com efeito, que ele caia no solo. Posso imaginar ao contrário o objeto pode ficar preso ao ar. Apenas em hipótese.
O que ele deseja dizer a respeito de tudo isso? Objetivamente, por meio da razão empírica não é possível chegar a lei de causa e efeito, mesmo que essa lei aconteça diariamente.
Diz Hume: a razão jamais poderá formular o efeito numa suposta causa mesmo pelo mais acurado estudo e exame, porquanto, o efeito difere radicalmente da causa. Isso pelo menos em parte ou em tese.
Depois de tudo isso, qual deve ser o fundamento da causalidade e, assim, do conhecimento empírico?
No entendimento de Hume, não existe nenhum princípio que garanta isso, a não ser razão do costume, o hábito que temos, vemos coisas acontecendo muitas vezes e acreditamos na regularidade da natureza.
Apostamos ingenuamente que aconteça sempre a mesma relação de causal efeito, devido à fé de cunho psicológico e subjetivo.
Mas na verdade nunca podemos ter certeza do que estamos dizendo a cerca das questões de fato, o mundo empírico, esse é o grande limite da empiria para o fundamento lógico, para atingir naturalmente o desenvolvimento
Após essa explicação, não que Hume fosse avesso à filosofia, nem poderia. O que ele dizia é que tais sistemas filosóficos carecem de sustentações nas impressões sensíveis.
Quanto à lógica abstrata e seus métodos demonstrativos da matemática para Hume não servem de fundamento para as questões de fato, não se aplica ao mundo empírico. Não teria como usar o princípio da lógica abstrata ao fundamento da realidade concreta.
O que Hume desejava era fazer uma espécie de limpeza na filosofia e livrá-la de suas pretensões e ideias não fecundas, que não ajudaria em nada na modificação do mundo.
Dessa forma ele influenciou muita gente entre eles: Kant, Comte, filósofos pragmáticos como Peirce, os empiristas lógicos e até mesmo a filosofia analítica, entre outros fundamentos do modo de pensar dos filosofia atual do mundo europeu.
Edjar Dias de Vasconcelos.