OS BENEFÍCIOS DA DANÇA PARA PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN

Por Dayane de Souza Arruda | 29/12/2010 | Saúde





ANHANGUERA-UNIDERP
UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E DA REGIÃO DO PANTANAL
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA






OS BENEFÍCIOS DA DANÇA PARA PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN



Trabalho apresentado por Dayane de Souza Arruda que tem como requisito, elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura Plena e Bacharelado em Educação Física.
Professora orientadora: Denise Jôve César Ghiselli










Campo Grande ? MS
2010


INTRODUÇÃO
A Síndrome de Down é caracterizada como condição genética, reconhecida há mais de um século por John Langdon Down, constituiu uma das causas mais freqüentes de deficiência mental, compreendendo cerca de 18% do total de deficientes mentais em instituições especializadas. Esta síndrome é considerada uma das mais incidentes anomalias numéricas dos cromossomos autossômicos e representa a mais antiga causa genética de retardo mental (MOREIRA; EL-HANI; GUSMÃO, 2000; MANCINI et al., 2003).
Um cromossomo extra no par 21, gera uma trissomia simples. Podendo ser caracterizada tanto por uma translocação ou um mosaico. Na translocação, o cromossomo 21 adicional está fundido a outro autossomo, a mais comum é aquela existente entre os cromossomos 14 e 21. Já a síndrome de down caracterizada por um mosaico representa um grupo menor, no qual as células trissômicas aparecem ao lado de células normais (SILVA; DESSEN, 2002).
Onde pouco se conhece sobre as causas que podem levar ao nascimento de crianças com síndrome de down, mas alguns fatores endógenos e exógenos contribuem para uma maior ou menor incidência da desordem. Dentre os fatores endógenos a causa mais comum está associada com a idade da mãe, pois as mulheres já nascem com um quantidade de óvulos que envelhecem à medida que elas também envelhecem, portanto, quanto maior a idade materna maior a probabilidade de incidência da síndrome de down e dentre os fatores exógenos está a ausência de diagnóstico pré-natal e a exposição à radiação como fatores que contribuem para uma incidência da síndrome de down. É preciso lembrar que estes dados não descartam a possibilidade de incidência da desordem em crianças com mães mais jovens (SILVA; DESSEN, 2002).
Segundo Mancini (2003) dados epidemiológicos brasileiros revelam a incidência de 1:600 nascidos vivos. A síndrome de down tem suas características fenotípicas que são branquicefalia, fissuras palpebrais com inclinação superior, pregas epicânticas ( pequenas dobras de pele nos cantos interno dos olhos ), base nasal achatada e hipoplasia mediana da face. Além das características da face, observa-se também pescoço curto;podendo estar presente apenas prega palmar;a língua é protusa e hipotônica; há clinodactilia do quinto dedo das mãos ( o quinto dedo da Mao pode curvar-se levemente para dentro, apresentando apenas uma linha de flexão), distancia aumentada entre o primeiro e segundo dedos dos pés. Em geral, as crianças com síndrome de down são muito sonolentas e apresentam hipotonia muscular. Observa-se, também, um atraso no desenvolvimento de alguns reflexos do bebê (SILVA; DESSEN, 2002; STRAY GUNDERSEN, 2007).
A síndrome de down acarreta uma série de alterações orgânicas, como as endocrinológicas, oftalmológicas, gastrointestinais, auditivas, imunológicos, além de epilepsia e a doença do Alzheimer (SILVA; DESSEN, 2003)
Em relação ao desenvolvimento de habilidades motoras, as evidencias revelam que estas crianças apresentam atraso na aquisição de marcos motores básicos, indicando que estes marcos emergem em tempo diferenciado, superior ao de crianças com desenvolvimento motor normal. Sobre o cognitivo, apresentam atraso ou retardo mental, com manifestação clínica desta condição genética. Do ponto de vista cognitivo observa-se um maior comprometimento na área da linguagem e o predomínio dos déficits motores referente à primeira infância e dos déficits cognitivos à idade escolar (MANCINI; et al., 2003).
O início tardio da estimulação essencial é uma das principais causas de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Os pais que interagem durante a terapia e participam de alguns manuseios com a criança, possibilita uma maior confiança da criança no momento terapêutico, além de possivelmente contribuir para a estimulação, em ambiente domiciliar, nos cuidados e brincadeiras cotidianas (SARRO; SALINA, 1999).
Em relação à atividade aeróbica a ser realizada por pessoas com síndrome de down, é recomendado para o inicio, aqueles de baixa intensidade, de natureza rítmica, que utilizem os grandes grupamentos musculares de modo contínuo e que seja atividade de baixo impacto. Dentre estas, podemos citar a caminhada, o ciclismo, a bicicleta estacionária, a natação a hidroginástica, o subir escadas e dança aeróbica de baixo impacto (TEIXEIRA, 1996).
Alguns exercícios e atividades são contra indicados para os portadores de síndrome de Down, como os exercícios que causam hiperflexão, pois acarretam um desgaste indevido ao corpo, podendo provocar hérnias, deslocamentos distensões ou entorses. As atividades que exijam movimentos bruscos do pescoço também precisam ser evitadas. Contudo, os exercícios devem fortalecer os músculos em torno das articulações de modo a atingir a estabilização. A natação e a ginástica são exercícios interessantes para o condicionamento físico; já as atividades rítmicas e as danças são ótimas estratégias para melhorar a resistência muscular, pois os portadores de síndrome de Down apresentam bom desempenho nessas atividades (CASTRO, 2005).


Dança e a Síndrome de Down
Segundo Blascovi-Assis (1991), o esquema corporal sempre é analisado de forma especial nos trabalhos de desenvolvimento psicomotor realizados com portadores de síndrome de Down, já que a estruturação adequada do mesmo conduz a um desenvolvimento satisfatório para as demais habilidades referentes à área da psicomotricidade.
As crianças com Síndrome de Down têm maior dificuldade em nomear o corpo, suas articulações e suas partes, mas conseguem perceber o corpo, mesmo com as diversidades. O importante é que cada criança tenha a possibilidade de troca com outros seres, pois é por intermédio da experiência e dessas trocas que se dá à consciência corporal. O trabalho com a consciência corporal, através da educação motora estimula muitas crianças com síndrome de Down, pois contribui para uma melhor qualidade de vida e movimentação (FRUG, 2001).
Segundo Fonseca (1995), a dança pode vir a contribuir para o desenvolvimento da percepção corporal dos portadores de síndrome de Down, o que permite um desenvolvimento adequado em relação com o meio, aprofundando as características de dissociação entre o esquema e a imagem corporal desses indivíduos.
A prática da dança pelos portadores de síndrome de Down os beneficia pelos aspectos lúdicos que o movimento, a música ou sons proporcionam, dando oportunidade para a facilitação do movimento, da reabilitação ou reeducação do gesto (CASTRO 2005).


OBJETIVOS
Geral: Analisar os benefícios da prática da Dança para o bem estar das pessoas com Síndrome de Down.
Especifico: Identificar através de pesquisa qualitativa que tem a fenomenologia como suporte.
A QUESTÃO METODOLÓGICA

A Fenomenologia é o aporte teórico para o desenvolvimento deste estudo por possuir uma abordagem qualitativa, buscando a essência dos fenômenos desvelados através do depoimento dos sujeitos e compreendendo a totalidade dos mesmos dentro do próprio contexto.

Segundo Martins (1989, p.22) "a pesquisa qualitativa questiona e põe em dúvida o valor da generalização, diferenciando-se da pesquisa comum feita em ciência, que é quantitativa e que tem como alvo chegar a princípios explicativos e generalizações sobre o estudado". Desta forma, inicia-se buscando a compreensão especifica daquilo que estuda, sem preocupar-se com a generalização, concentrando na compreensão e não na explicação do fenômeno.
Para a realização de uma pesquisa qualitativa é necessário que o pesquisador possua a práxi s como natureza metodológica. Martins e Bicudo explicitam ainda que:

Aquilo que nas teorias o pesquisador aprende sobre as observações empíricas e nas experiências por ele vividas, devem constituir o seu ponto de partida. Essas duas aprendizagens fornecem a instrumentação para observar e analisar a realidade de modo teórico desde o inicio. Fornecem recursos para vermos objetos da percepção na sua origem social, histórica e de funcionamento, na sua interdependência e determinação do seu desenvolvimento. (1989, p.25)

Neste estudo propõem-se a utilização da práxis vivenciada com alunos da dança da Sociedade Educacional Juliano Fernandes Varela, para a análise dos depoimentos dos sujeitos colaboradores da pesquisa, interpretação e compreensão do fenômeno, para o seu desvelamento.
Para a Fenomenologia a experiência é uma experiência do fenômeno, baseada na sua vivência, sendo tarefa desta "analisar as vivências intencionais da consciência para perceber como ai se produz o sentido dos fenômenos" (DARTIGUES, 1973, p.29)
Assim, torna-se importante o pesquisador estar inserido no contexto da pesquisa, investigando com o "olhar" de quem vivencia o fenômeno, sentindo como um "ser-no-mundo" o corpo-próprio a ser investigado.

A investigação qualitativa tem como fonte direta dos dados o ambiente natural, constituindo-se o investigador o principal instrumento. Ela também é descritiva, interessando-se mais pelo processo do que simplesmente pelo resultado e produtos, os investigadores qualitativos tendem a analisar os seus dados de forma indutiva e o significado é de importância vital. (MELLO, 2002, p.5)


Vivenciar o contexto da investigação por uma experiência vivida configura-se num terreno sólido para que tal estudo encontre referências necessárias para ser desenvolvido. A Fenomenologia tenta compreender o que os acontecimentos e interrogações têm com as pessoas, as situações particulares e grupos observados, evidenciando o significado do fenômeno, "esta não estuda os objetos que o especialista das outras ciências considera, mas o sistema total dos atos possíveis da consciência, das aparições possíveis, das significações que se relacionam precisamente com estes objetos". (DARTIGUES, 1973, p.72)
Pode-se definir a Fenomenologia como:

[...] o estudo das essências e todos os problemas, segundo ela tornam a definir essências [...] é também uma filosofia que substitui as essências na existência e não pensa que se possa compreender o homem e o mundo de outra forma senão a partir de sua própria factilidade. (MERLEAU-PONTY, 1971, p.5)

A Fenomenologia, um pressuposto metodológico para a descrição e análise da consciência, através do qual a filosofia tenta obter um caráter estritamente cientifico, foi criado por Husserl, filósofo alemão nascido em oito de abril de 1859, em Prossnitz e falecido na Alemanha em 1938.
Seu principio metodológico fundamental era o que Husserl chamou redução fenomenológica, ou "colocação em parênteses da realidade tal como a concebe o senso comum, isto é, como existindo em si, independente de todo ato da consciência" (DARTIGUES, 1973, p.27). Para tal, Husserl convocava a uma mudança de atitude, transformando a atitude natural (senso comum) para a atitude fenomenológica, onde a consciência suspende a sua crença na realidade do mundo exterior para transcender, propiciando condições de aparições do fenômeno. Assim, a consciência não é mais uma parte do mundo, mas o lugar do seu desdobramento no campo original da intencionalidade. Assim, a Fenomenologia assumiu o caráter de um novo estilo da filosofia transcendental .
Husserl achava que os filósofos estavam complicando a teoria do conhecimento, em lugar de considerarem com objetividade o fenômeno da consciência como é experimentado pelo homem. O que importava, para ele, era o que se passava na experiência de consciência, através de uma descrição precisa do fenômeno. Por isso deu o nome de Fenomenologia à sua teoria que deveria ser uma ciência puramente descritiva, sendo sua tarefa efetiva "analisar as vivências intencionais da consciência para perceber como ai se produz o sentido dos fenômenos." (DARTIGUES, 1973, p.29)
Sua teoria buscava o retorno às próprias coisas, sendo o fenômeno "antes aparição que aparência, manifestação plena de sentido e toda filosofia consiste em elucidar este sentido" (SANTEE, 2000, p.41). Chamou redução transcendental a redução da coisa aos detalhes da sua apreensão como fenômeno de consciência propriamente; significava retirá-la de uma visão teórica, transcendente, para tomar conhecimento dela de modo preciso e objetivo, analítico, como simples experiência de consciência, levando à reflexão do conhecimento, parte de uma atividade de um sujeito pensante e transcendental.
Como Heidegger aprendeu com Husserl, é a atitude fenomenológica e não o método científico que revela os modos de ser do homem. Merleau-Ponty, por sua vez, rejeitou a teoria do conhecimento intencional de Heidegger, fundamentando sua própria teoria do comportamento corporal e na percepção. Sustentava que é necessário considerar o organismo como um todo para se descobrir o que se seguirá, a um dado conjunto de estímulos.
O mundo para Merleau-Ponty "[...] não é um objeto do qual possuo comigo a lei da constituição, ele é o meio natural e o campo de todos os meus pensamentos e de todas as minhas percepções explicitas" (1971, p.8). Isto significa não ser apenas um objeto físico palpável, mas sim, a forma reflexiva, pessoal do sentido que, no mundo traz para o sujeito, podendo ser construído, afetado pela sua própria percepção e vivência. Por isso, a vivência e a experiência são importantes para a construção e desenvolvimento da pesquisa na linha da Fenomenologia.
O retorno às-coisas-mesmas remete-nos à volta do mundo vivido, percebido pela consciência que, encontra-se ligada ao fenômeno; este, só então terá o sentido individual direcionado pelo olhar que interroga. É necessária a percepção instalada no sujeito. A percepção "é o fundo sobre o qual todos os atos se destacam e ela está pressuposta por eles." (MERLEAU-PONTY, 1971, p. 8)
O homem está no mundo, habitando verdades, posicionando-se conhecendo-se a partir do seu mundo habitado, tornando-se um "sujeito voltado para o mundo" (MERLEAU-PONTY, 1971, p.9). As impressões que temos do mundo, assim como o conhecimento que dele abstraímos, adquirimos pela vivencia pessoal e experiências conseguidas pela própria existência no mundo. Assim, o homem é um ser-no-mundo, habitando um mundo-vida, com seu corpo-próprio.
A Fenomenologia para Dartigues (1973, p.25) não é uma contemplação de um universo estático de essências eternas, e sim uma análise do dinamismo do espírito que dá aos objetos do mundo seu sentido. Tem por meta ir à coisa-mesma tal qual ela se manifesta, para isto, utiliza-se da descrição exaustiva do fenômeno, sendo "discursiva e não definitiva nas suas essências" (REZENDE, 1990, p. 17). Sua preocupação é dizer em que sentido há sentidos.
A descrição é considerada como um caminho de aproximação do que se dá, da maneira como se dá e tal como se dá, referindo-se ao que é percebido do fenômeno, pressupondo alcançar a essência. Porem, não é só a descrição que ela se utiliza, ela simultaneamente faz a interpretação, que consiste em por a mostra os sentidos menos aparentes e fundamentais do fenômeno.
Mello afirma que:

[...] a descrição não se fundamenta em idealizações, imaginações, desejos, nem é um trabalho que se realiza na subestrutura dos objetos descritos [...] descreve-se e determina-se com precisão conceitual rigorosa a essência genérica da percepção ou das espécies subordinadas, como a percepção da coisalidade. Mas a generalidade mais elevada está na experiência em geral, no pensamento em geral e isto tona possível uma descrição compreensível da natureza da coisa. (2002, p.6)


Para a Fenomenologia a realidade apresenta-se sem pré-conceitos e verdades estabelecidas e definitivas, não esperando ser comprovada ou refutada ao final do processo.
A Fenomenologia não se prende e não tem por foco este apontamento de possibilidades e direcionamentos de mudanças e interferências em um mundo-vivo já existente e vivenciado, porém, por se tratar de um trabalho aplicativo, torna-se também nos resultados encontrados, propor possibilidades de interferência, que são ponderáveis para o cenário em que é investigado.
Para Merleau-Ponty a descrição constitui-se de três elementos: a percepção, a consciência e o sujeito, estando uma ligada à outra.

"A percepção que assume uma primazia no processo reflexivo; a consciência se direciona para o mundo-vida, isto é, consciencia do corps propre, consciência esta que é descoberta da subjetividade e da intersubjetividade; o sujeito que se vê capaz de experienciar o corpo vivido por meio da consciência que é a conexão entre o individuo, os outros e o mundo" (MARTINS, 1992, p. 59)

A descrição do fenômeno procura-se buscar a fidelidade procurando abstrair de qualquer conceito, pré-conceito, buscando exclusivamente aquilo que se mostra, analisando o fenômeno na sua estrutura e nas suas conexões intrínsecas.
Descrito o fenômeno, passa-se a selecionar a essência da descrição, diferenciando as partes verdadeiras da consciência com aquelas que são simplesmente supostas. Martins (1992, p.60) ainda afirma que o propósito deste momento é isolar o objeto da consciência. Dá-se então a reflexão sobre as partes da experiência que para os sujeitos tem significados cognitivos, afetivos e conotativos. Isto se dá através da comparação do contexto e eliminações, onde o pesquisador está capacitado a reduzir a descrição daquelas partes que são essenciais para a existência da consciência da experiência.
A redução tem por objeto chegar a essência da natureza daquilo que investigamos, desvelando desta forma o fenômeno tal qual ele é e se apresenta nos deixando aberto para o mundo-vivido, mas não o possuindo, pois ele é infinito. Tal abertura é direcionada pela consciência do objeto que buscamos através da intencionalidade, que permite seguir a direção ao fenômeno percebido.
A síntese da redução fenomenológica consiste em converter o mundo em intencionalidade, tornando-o correlato da consciência, uma vez que para ela todo objeto é objeto intencional.
O ultimo momento, a compreensão fenomenológica, requer a interpretação, onde se procura especificar o significado do fenômeno, na verdade ela surge sempre em conjunto com a interpretação. A compreensão se processa através de um conjunto de asserções significativas apontada para a consciência que temos do fenômeno.
A compreensão advêm da reflexão sobre o fenômeno, proporcionando à consciência a volta a si mesma, este voltar-se sobre é a própria reflexão, dando consciência a condição de auto-conhecimento, da auto-critica, da auto-abrangência.

Reflexão, como as análises procedentes mostravam, é uma expressão para os atos em que a corrente da experiência com seus eventos múltiplos (fase de experiência e intencionalidade) pode ser apreendida e analisada à luz da sua própria evidencia. É, também, como podemos expressá-la, o nome que damos ao próprio método da consciência para o conhecimento da consciência em geral. E neste método ela se torna objeto possível de estudos. Reflexão é também atribuída a tipos de experiências essencialmente relacionadas e, portanto, o tema de um importante capítulo da fenomenologia, cuja função é distinguir as diferentes reflexões e analisá-las em ordem sistemática. (BICUDO E CAPPELLETTI, 1992, p.19)


Ao optar por desenvolver este trabalho de investigação, que resultará em um trabalho aplicativo, adota-se a postura fenomenológica para desvelar o objeto de pesquisa, os benefícios da dança para pessoas com síndrome de down. A seguir, descrevem-se os procedimentos metodológicos utilizados pelos pesquisadores, que serviram para o desenvolvimento da pesquisa.

Procedimentos Metodológicos

Coleta das informações

As informações utilizadas nesta pesquisa foram obtidas junto a oito pessoas com a síndrome de down, praticantes dança da Sociedade Educacional Juliano Fernandes Varela. Sendo cinco meninas e três meninos. Optou-se por trabalhar com a coleta dos depoimentos dos alunos, o que se processou entre agosto e setembro de 2010. Os depoimentos expressam os seus pensamentos e suas verdades, não sendo-lhes aplicados os critérios do certo e errado.
Os discursos reais produzidos pelos indivíduos ou grupos, revelam e ocultam o que estão pensando e dizendo. Talvez seja desconhecido para eles mesmos o que as palavras significam, mas de qualquer forma, deixam um pouquinho de traços verbais dos seus pensamentos, que devem ser decifrados e restituídos, tanto quanto possível, na sua vivacidade representativa. (MELLO, 2002, p.6)

Os sujeitos escolhidos como colaboradores, como já explicitado, praticam regularmente as aulas de dança na Sociedade Educacional Juliano Fernandes Varela. Isto é importante pois a Instituição em foco foi adquirida no ano de 1994, onde é uma escola com propostas de ação educacional e inclusão social, através dos programas de estimulação precoce, educação infantil, ensino fundamental, preparação para o mercado de trabalho, atividades extra classe que objetivam o desenvolvimento global do aluno e atendimentos clínicos. Tem como objetivo principal desenvolver ao máximo as suas habilidades, promovendo assim, sua inclusão junto a sociedade, através de suas metas já estabelecidas: acolher, desenvolver, educar, socializar e comunicar a sociedade. A coleta dos depoimentos deu-se por um gravador da Panasonic RR-US 450, a explicação sucinta da finalidade deste estudo são os benefícios adquiridos pelos mesmos na dança, onde os mesmos deveriam responder dez perguntas (em anexo).
Para melhor organização deste estudo, e a fim de manter a privacidade e sigilo em relação à identidade dos sujeitos, respeitando a ética da pesquisa, os colaboradores pesquisados foram codificados e numerados. Utilizamos a letra S de sujeito, na seqüência o número correspondente a partir do um, totalizando os oito alunos. Descreveremos os colaboradores abaixo, dando-lhes a codificação já explicitada:

S1 ? Pratica Dança há um ano e meio.
S2 ? Pratica Dança há dois anos.
S3 ? Pratica Dança há cinco meses.
S4 ? Pratica Dança há um ano.
S5 ? Pratica Dança há um ano e meio.
S6 ? Pratica Dança há quatro meses.
S7 ? Pratica Dança há dois anos.
S8 ? Pratica Dança há dois anos.


Organização e Análise das Informações Coletadas

O tratamento das informações ? depoimentos dos sujeitos ? deu-se pela Análise Ideográfica e análise Nomotética. Inicialmente colocamos o fenômeno a ser desvelado sem suspensão, para tal, nos afastamos, colocando-nos a parte, aplicando o movimento de ir e vi para podermos realizar a análise dos depoimentos.
Na pesquisa fenomenológica a direção volta-se para os significados do que está sendo investigado, conforme Bicudo e Martins (1989, p.93) "para as expressões claras sobre as percepções que o sujeito tem daquilo que esta sendo pesquisado, as quais são expressas pelo próprio sujeito como as percebe". Assim, o pesquisador preocupa-se com o que os eventos significam para os sujeitos da pesquisa encontrando determinantes sobre as situações e os sujeitos.
Para iniciar a análise ideográfica os pesquisadores debruçam-se em torno do depoimento coletado, lendo e relendo exaustivamente a sua fala, a qual chama-se nesta primeira fase de discurso ingênuo ou discurso bruto.
A Análise Ideográfica trata da "análise da ideologia que permeia as descrições ingênuas do sujeito (BICUDO E MARTINS, 1989, p.100)".
Esta leitura é permeada pela interrogação que enquanto pesquisadores se propõem a responder as dez questões. Após ler as falas sempre orientadas pela interrogação, isolamos as descrições que nos parecem reveladoras do fenômeno que investigamos.
Este movimento de ir e vir permite manter a relação de imparcialidade e ao mesmo tempo, de participação efetiva no fenômeno para alcançar o insight. Segundo Martins e Bicudo (1989, p.101-102) "o insight pode surgir do contato mais intimo com a descrição e fidelidade a ela, e ao mesmo tempo requer do pesquisador postura peculiar e uma atitude rigorosa em relação aos modos múltiplos e ativos da compreensão".
Procura-se então, realizar as reduções que nos levam a extração das unidades de significação. Tais reduções são "destaques julgados importantes pelo pesquisador através da intuição, imaginação, lembrança, raciocínio e ligam o pesquisador ao pesquisado". (MELLO, 2002, p. 66)
As dez perguntas foram: 1) Você gosta de praticar a Dança? , 2) Como é sua aula de Dança? , 3) Você mudou alguma coisa depois que começou a dançar? O que melhorou? , 4) Quando você sai para alguma festa você costuma dançar? , 5) Você ensina seus amigos a Dançar? , 6) Qual ritmo você mais gosta? , 7) Você já praticava a Dança antes? Onde? E por quanto tempo? , 8)Você costuma a faltar nas aulas de Dança? , 9)Qual a música que você mais gosta de dançar?, 10)Já se apresentou no palco? O que achou.
A partir daqui dos discursos dos sujeitos devidamente dispostos nos quadros em que foram analisados (ver anexos), de onde retiramos as unidades de significação, codificando-os a saber:
D ? Discurso, fala do sujeito colhido pelo depoimento.
S ? Sujeito, precedido do número correspondente.
A ? Asserção, fragmento do depoimento que corresponde a uma unidade de significação, precedido do número correspondente em seqüência de cada sujeito e asserção, iniciando a partir de 1.
Realizadas as reduções fenomenológicas encontramos as seguintes unidades de significação: S1
D. S.A1.Gosto de dançar.
D.S1.A2. Minha aula é legal.
D.S1.A3.Melhorei porque é legal
D.S1.A4. uhun, custumo.
D.S1.A5. asino sim
D.S1.A6. Balé.
D.S1.A7. Já sim, aqui mesmo só aqui, um ano.
D.S1.A8. Não falto nas aulas não.
D.S1.A9. Eu gosto de balé.
D.S1.A10. já presentei sim , gostei é legal.



S2
D.S2.A1. Eu gosto.
D.S2.A2. Eu faço tudo o que ele quer, eu gosto e eu dorei ele.
D.S2.A3.Eu já, uhun.
D.S2.A4. Ahan também.
D.S2.A5. Sino.
D.S2.A6. Eu gosto do chirculo de seis, da dança de balé também e bom.
D.S2.A7. Ahan fazia faz tempo.
D.S2.A8. Não falto nas aulas não.
D.S2.A9. De roda, de bambulê eu faço e o marco adora.
D.S2.A10. Já é legal.


S3
D.S3.A1.Gosto.
D.S3.A2. No grupo de dança, agente faz balé, dança do ventre e eu sei sambar melhor, ahan, que o marcos me ensinou fazer dança do ventre.
D.S3.A3. To melhor e melhorei.
D.S3.A4. Sim
D.S3.A5. Asino.
D.S3.A6. A música de romance.
D.S3.A7. Sim faz tempo.
D.S3.A8. Não.
D.S3.A9. Romance.
D.S3.A10. Já, gostei.

S4

D. S4.A1 Gosto.
D.S4.A2. Legal.
D.S4.A3. Ah sim mudou bem.
D.S4.A4. Costumo.
D.S4.A5. Sim.
D.S4.A6. Eu gosto de romântica.
D.S4.A7. Danço sempre aqui.
D.S4.A8. Não.
D.S4.A9. Romântica.
D.S4.A10. Já gostei muito.

S5

D.S5.A1. Gosto.
D.S5.A2. Ai, é legal e gosto.
D.S5.A3. Sim.
D.S5.A4. Costumo.
D.S5.A5. Eu sino.
D.S5.A6. Samba.
D.S5.A7. Já faz tempo.
D.S5.A8. Não.
D.S5.A9. Samba
D.S5.A10. Já é bom.

S6

D. S6.A1. Sim eu gosto.
D.S6.A2. A minha aula é eu acho que é balé e mais equilíbrio, gosto.
D.S6.A3.Eu mudi dançar que eu gosto de dançar que o marco ensinou dança a dança.
D.S6.A4. Sim.
D.S6.A5. Eu ensino e gosto.
D.S6.A6. Ah eu gosto de sertanejo.
D.S6.A7. Eu Já.
D.S6.A8. Não.
D.S6.A9. Sertanejo.
D.S6.A10. Eu já, foi legal, gostei.


S7

D.S7.A1. Eu gosto.
D.S7.A2. Eu gosto, eu danço balé e gostei.
D.S7.A3. Ah sim.
D.S7.A4. Sim.
D.S7.A5. Eu ensino dança.
D.S7.A6. É a música que eu mais gosto é sertanejo.
D.S7.A7. Sim, muito tempo.
D.S7.A8. Não.
D.S7.A9. Sertanejo.
D.S7.A10. Sim, gostei.

S8

D.S8.A1.Sim
D.S8.A2. Eu gosto é legal.
D.S8.A3.Eu acho que sim.
D.S8.A4. Eu danço.
D.S8.A5. Sim.
D.S8.A6. Eu gosto é romântica.
D.S8.A7. Eu já, faz tempo.
D.S8.A8. Não.
D.S8.A9. Romance.
D.S8.A10. Eu já, gostei.


Análise Nomotética
A Análise Nomotética deriva-se de nomos que significa pó uso de leis, indicando a elaboração de leis, algo de Carter legislativo que se origina de fatos ou que se baseia em fatos (MARTINS, 1999, p. 100)
Finalizada a parte da organização e análise de dados, a próxima etapa trata-se de direcionar com o olhar investigativo as unidades de significação para a realização da compreensão do fenômeno investigado.

Resultados das análises
Após realizar todas as fases da pesquisa qualitativa fenomenológica, passa-se a realizar a redução fenomenológica onde o pesquisador se distancia do fenômeno, colocando de lado os pré-conceitos, crenças, explicações e possibilita ao fenômeno que ele se evidencie, destacando as "falas" que mais se destacam pelas questões.
Os discursos após analisados geraram quatro categorias abertas: saúde, aspecto social e emocional, aspectos motores e aspectos lúdicos.
Na saúde: com a prática da dança, segundo Nanni (2003), podemos nos provir de alguns benefícios, tais como um melhor desenvolvimento da consciência da imagem corporal, o que favorece a construção da auto-imagem, da auto-estima, um auto conhecimento do corpo e da saúde e bem estar.
No aspecto social e emocional: De acordo com Liano (2001, apud Batistella et. alli, 2002) elementos como a música, o ritmo e o movimento, são ferramentas valiosas no trabalho com deficientes mentais. E ainda, segundo o mesmo autor, "a arte estimula regiões do cérebro que outras técnicas não conseguem alcançar, pois o deficiente não encara as sessões de arte como obrigação ou sofrimento e sim como prazer, resultando em um desenvolvimento mais rápido e contínuo".
Nos aspectos Motores: Alves, Boeno & Dantas (1999, p. 99), acreditam "que a dança é uma atividade que pode desempenhar um papel relevante na formação de crianças e adolescentes, pois contribui para a melhoria de suas capacidades motoras, afetivas e relacionais e, ao mesmo tempo, amplia as possibilidades de assimilação e produção cultural".
Segundo Nascimento, Santos & Santos (2007, p. 2) o trabalho da dança "(...) possibilita descobertas do próprio corpo, novos movimentos e limites do mesmo, além da melhora da coordenação motora, aspecto importante para o desenvolvimento corporal posterior". A dança favorece também, a execução dos mais variados movimentos e ainda, o trabalho de repetição, favorecerá a auto correção e consequentemente haverá uma maior fixação da aprendizagem do movimento.
Nos aspectos lúdicos: Segundo Castro (2005) a prática da dança pelos portadores de síndrome de Down os beneficia pelos aspectos lúdicos que o movimento, a música ou sons proporcionam, dando oportunidade para a facilitação do movimento, da reabilitação ou reeducação do gesto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo mostrou que há benefícios de uma pessoa com síndrome de down que pratica a dança regularmente. Neste estudo pude comprovar que a dança tem um papel significativo na vida de uma pessoa com síndrome de down, e que há benefícios na questão da saúde, nos aspectos social e emocional, nos aspectos motores e nos aspectos lúdicos.
Onde com à pratica da dança abrange vários benefícios comprovados entre vários autores e através de minha vivência na instituição no dia-dia nas aulas de dança, onde eles ficam alegres, dançam sem timidez, demonstram alegria, boa coordenação motora e equilíbrio entre os alunos, onde um dos alunos reconhecem isso através das questões aplicadas para a pesquisa, as pessoas com síndrome de down que praticam a dança que falaram por elas mesmas, não precisando de ninguém para responder por elas, onde as mesmas poderiam falar se gostam ou não da dança, como se sentem ao realizar a dança e todos responderam que gostam da dança.
Focando a dança como uma das possibilidades de desenvolvimento das potencialidades da pessoa com síndrome de down, concluí que a dança muito tem a contribuir para seu desenvolvimento, pois trabalha vários aspectos que são indispensáveis a ele, como a ludicidade, a motricidade, equilíbrio, postura, coordenação, aspecto social e emocional.
Com todos os aspectos ressaltados pela prática da dança e pela importância de se desenvolver o esquema corporal nas pessoas com síndrome de down, conclui que a dança é de extrema importância nas instituições, pois a dança é bem vinda a todos não há limites, sexo, cor, nem idade apenas vontade. Onde a ampliação ou inserção dessa prática nas instituições é fundamental, como já vimos em vários aspectos, para uma pessoa com síndrome de down.













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