OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Por JEFERSON GONÇALVES DE OLIVEIRA | 05/06/2017 | Saúde

Janaína Soares da Silva Menezes¹

Graduanda em Educação Física- Universidade do Estado do Pará – UEPA – CAMPUS VII.

 E-mail: menezesjana52@gmail.com

Jeferson Gonçalves de Oliveira2

 Pós Graduado em Gestão, Supervisão e Orientação Escolar. FIA- SP

E-mail: jrp030303@hotmail.com

RESUMO                      

Não poderíamos falar de um assunto tão importante quanto o envelhecimento sem saber do que se trata, enfim; O envelhecimento trata-se de um fenômeno fisiológico de comportamento cronológico, acompanhado por modificações morfológicas resultando em uma degeneração nas capacidades funcionais do organismo devido a vários fatores principalmente a genética. Os benefícios da atividade física na terceira idade vêm no intuito de melhorar a capacidade funcional dos órgãos, interação social, auxílio no controle e/ou prevenção de doenças decorrentes do envelhecimento como diabetes, osteoporose, hipertensão entre outras, e combinada com alimentação adequada, o idoso possuirá automaticamente o equilíbrio corporal, e assim estes benefícios serão mais visíveis e duradouros . É necessária também a orientação de um profissional de Educação Física, para que as atividades realizadas tragam o resultado esperado.

Diante deste contexto, na tentativa de buscar evidencias para a redução linear das capacidades funcionais do idoso buscou-se relacionar o papel da atividade física no processo de envelhecimento atribuindo benefícios a saúde física, mental, psicológica e social.

 Foi notável que a atividade física traz inúmeros benefícios para a saúde  do idoso quando praticada de forma correta e bem orientada, no que se refere a melhorias de suas funções cognitivas, biológicas, sociais e psicológicas,  assim a atividade física se torna a principal responsável de promoção de saúde bem estar e qualidade de vida.

Palavras-chave: Atividade Física.Envelhecimento.Saúde.Bem-Estar.Qualidade de vida.

INTRODUÇÃO

Envelhecer para muitas pessoas pode ser motivo de declínio, pois a velhice remete a uma perda progressiva no qual causa mudanças psicológicas, físicas, sociais, biológicas entre outros. Entretanto, a motivação mais comum desse grupo está associada a atividades físicas que contribuem para possíveis mudanças de hábitos que diminuem a frustração dessa população, principalmente porque nessa fase o que mais almejam é ter qualidade de vida e uma boa saúde.

A crescente procura por parte dos idosos em academias de ginástica, clubes, parques, e em programas públicos de inclusão nesses grupos etários são fatores que nos fazem crer que a adoção de um estilo de vida ativo trazem benefícios que produzem  sensações de bem estar, pois vinculada a prática de atividades físicas a vida do idoso resulta em possibilidades de qualquer tipo de realização em qualquer situação, ou seja, o indivíduo aprende a lidar com as frustrações decorrentes com a idade, como doenças, rejeições, perda de memória, declínio da saúde física e o convívio com a família.

Diante deste contexto, na tentativa de buscar evidencias para a redução linear das capacidades funcionais do idoso procurou-se relacionar o papel da atividade física no processo de envelhecimento atribuindo benefícios a saúde física, mental, psicológica e social. Neste sentido nosso campo visual para a problemática aqui presente é o modo de vida do idoso, fundamentando sua condição e estilo de vida e as causas que o acometem nessa fase de degeneração e declínio da saúde física e mental como já citados aqui.  Com o objetivo de apontar e mostrar os impactos e os benefícios que a atividade física pode ter em meio a prevenção e o tratamento de doenças crônicas degenerativas, e os efeitos que essa prática apresenta juntamente com a capacidade funcional para a manutenção da saúde. Quanto aos métodos utilizou-se de pesquisa  exploratória de natureza qualitativa e como coleta de dados pesquisa documental, em livros e revistas especializadas da área,  sites de busca, e artigos acadêmicos utilizando as palavras chaves ; envelhecimento, qualidade de vida, saúde, bem estar, e como referencial teórico os autores  SHEPHARD (1988), CHAIMOWICZ (1997,  FARO 1996, NÉRI 2001, WOLF 2009, MATSUDO 2001 SANTOS 2000.

Tem-se notado em nosso cotidiano um aumento significativo da população de idosos e com ela o aumento na procura por atividades que favoreçam a saúde e uma qualidade de vida adequada seja por prescrição médica ou por opção própria na busca de sair do sedentarismo e melhorar sua autoestima enquanto configuração a longevidade. Buscando alternativas para beneficiar o idoso proporcionando uma boa qualidade de vida, é essencial que políticas públicas sejam implementadas para aumentar a expectativa de uma vida saudável a este público.

 Os benefícios da atividade física na terceira idade vêm no intuito de melhorar a velocidade de andar, melhora do equilíbrio, contribuição na manutenção e/ ou aumento da densidade óssea, ajuda no controle da diabetes, artrite, obesidade, diminuição da depressão, diminui o risco de doenças cardiovasculares, e principalmente na busca de tirar esses idosos do estado de comodismo, ou melhor dizendo, sedentarismo, entre outros.

O QUE É ATIVIDADE FISICA?

           Segundo Shephard e Balady, definem a atividade física como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resultem em gastos energéticos, não se preocupando com uma magnitude desse gasto de energia. Lembrando que a atividade física citada nesse artigo vai além de atividades diárias como: limpar a casa, lavar roupas, lavar louça para a pratica de uma leve caminhada , alongamentos e exercícios que são executados em projetos sociais.

TERCEIRA IDADE E SEUS CONCEITOS: O QUE É ENVELHECIMENTO?

Não poderíamos falar de um assunto tão importante quanto o envelhecimento sem saber do que de fato ele se trata, enfim,

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) define velhice como “prolongamento e término de um processo representado por um conjunto de modificações fisiomórficas e psicológicas interruptas à ação do tempo sobre as pessoas”. E é considerado idoso o individuo que alcança e/ou passa de 60 anos de idade.

Segundo Shephard, ele caracteriza o envelhecimento em três fases:

Meia-idade- se dá dos 40 aos 65 anos e o individuo possui uma perda de função de 10 a 30 % em relação aos valores perdidos quando eram jovens.

Velhice- se dá dos 65 aos 75 anos e se caracteriza pelo período após a aposentadoria, também descrita como inicio da velhice.

Velhice avançada- se dá dos 75 em diante, as vezes é descrita como velhice mediana, que é quando o individuo passa cerca de 15% do total do seu ciclo de vida em um estado não saudável.

O envelhecimento trata-se de um fenômeno fisiológico de comportamento cronológico, que ao passar do tempo  há uma degeneração nas capacidades funcionais do organismo devido a vários fatores, principalmente a genética, compreendendo que o envelhecimento abrange um amplo campo de pesquisas e estudos, evoluindo cada vez mais em suas dimensões biológicas, sociológicas e psicológicas, a pratica de atividade física na terceira idade está se tornando um fenômeno cada vez mais comum, pois  praticar atividade física melhora a qualidade de vida de indivíduos de todas as faixas etárias mas principalmente aqueles com idade avançada.

CHAIMOWICZ, F. (1997) adverte que o ritmo e a intensidade das alterações que acompanham o processo de envelhecimento dependem de características individuais, como herança genética, e de fatores ambientais, ocupacionais, sociais e culturais ao qual o indivíduo esteve exposto ao longo da vida. O envelhecimento ocorre em todos os indivíduos, mas em diferentes taxas de declínio, é comum encontrar indivíduos que possuem a mesma idade cronológica, mas que podem ter diferenças em relação a capacidade funcional. Em edição, o envelhecimento é acompanhado por doenças crônicas múltiplas incluindo: doença cardíaca coronariana, câncer, hipertensão arterial, diabete, osteoartrite (OMS, 1984).

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, existiam 390 milhões de pessoas acima de 65 anos em 1998 e estima-se que em 2025 essa população será o dobro. Em muitos países em desenvolvimento, especialmente na América Latina e Ásia é esperado um aumento de 300% na população idosa chegando a 02 bilhões de pessoas acima de 60 anos até 2025.

Verificamos, portanto, que o aumento da população idosa gera necessidade de mudanças para que não se torne distante de um espaço social, em relativa alienação, inatividade, incapacidade física, dependência, consequentemente sem qualidade de vida, para que isso não ocorra é essencial o apoio familiar, na tentativa de incentivar a prática dessas atividades tendo como finalidade prolongar a vida do idoso, com respeito, saúde e bem estar.

ALIMENTAÇÃO COMO FATOR CONTRIBUINTE PARA SAÚDE DO IDOSO

         Segundo (Shephard 1986 6d.) ele afirma que quando o idoso pratica atividade física: “o apetite aumenta, aumentando a ingestão de minerais e vitaminas chaves e a função intestinal é aumentada”. Para que o idoso desfrute de uma velhice saudável é preciso uma alimentação balanceada, alimentando-se de frutas, legumes, verduras, e líquidos, pois é necessário absorção de gorduras, proteínas, carboidratos e outros que são responsáveis por produzir energia, ou seja, capacidade de realizar trabalho. É importante que haja o equilíbrio corporal, pois uma má alimentação acarreta  vários problemas de saúde .

FATORES DE ACELERAÇÃO DO ENVELHECIMENTO

Segundo FARO(1996) relata que a falta de atividade física regular ou do sedentarismo podem antecipar e agravar o declínio decorrente do envelhecimento, transformando-se assim, em fatores determinantes para uma velhice mais complicada e prejudicando dessa forma a qualidade de vida do idoso, ´por esses e outros motivos se faz necessário a prática dessas atividades físicas frequentes.

Para que o idoso possa ter uma vida saudável é necessário que fatores como, moradia, família, comunicação, ocupação, socialização, entre outros, estejam em estado de controle, caso alguns desses fatores estejam debilitados, pode acarretar  vulnerabilidade de adquirir um desgaste maior que o normal em seu processo biológico, psicológico e social. NÉRI (2001) mostra que baixos níveis de saúde na velhice associam-se com altos níveis de depressão e angústia e com baixos níveis de satisfação de vida e bem estar, também afirma que as dificuldades do idoso em realizar as atividades diárias, devido a problemas físicos, ocasionam dificuldades nas relações sociais e na manutenção da autonomia, trazendo prejuízos à sua saúde emocional. Devemos considerar que como todas as outras fases da vida, o envelhecimento apresenta uma série de mudanças orgânicas, psíquicas e sociais, porém a maior ameaça do envelhecimento não é o processo em si, mas a inatividade que o acompanha.

A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E SEUS BENEFÍCIOS NA TERCEIRA IDADE

Referente a qualidade de vida, tem-se dado uma atenção especial para o estimulo dos indivíduos idosos em relação a troca de seus hábitos sedentários para hábitos mais saudáveis.

Os benefícios da prática de atividade física se dá em quatro aspectos, que são esses:

PSICOLÓGICOS: estes benefícios contribuem para a melhora da autoestima, maior capacidade de enfrentar o estresse diário, ansiedade, relaxamento, confiança, segurança, melhora do humor, autonomia, melhora da qualidade do sono e ajuda nos sintomas ou prevenção da depressão.                     

FÍSICOS: estes influenciam no fortalecimento dos músculos, melhora nas sinergias motoras das reações posturais, incremento na flexibilidade, manutenção do peso corporal, melhora na mobilidade, diminui o risco de quedas, e auxilia no controle de doenças.

SOCIAIS: estes são voltados para o contato social, na interação social, inclusão, comunicação, redução da solidão, união, cooperação, responsabilidade, e superação de fatos ocorridos no dia a dia.

BIOLÓGICOS:  estes estão voltados para interno  do corpo,  melhora as dores articulares, circulação sanguínea, melhora a capacidade funcional dos órgãos, e principalmente diminui o numero de medicamentos.

Entre outros estão os benefícios na melhora do funcionamento dos órgãos sensoriais: visão, audição, tato e paladar.

ATIVIDADES FISICAS E O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FISICA.

 Para que o processo da atividade física ocorra de modo benéfico e da forma esperada com eficácia nessa fase, é fundamental a orientação de um profissional de Educação Física qualificado para suprir as necessidades e características de cada idoso, respeitando a individualidade de cada praticante, o incentivo do próprio profissional educador físico é de grande importância para sociedade principalmente para o nosso público alvo que é a terceira idade, pois o profissional irá induzir o idoso a praticar atividades físicas e indicar de maneira correta as atividades físicas e seus benefícios que geram uma expectativa de vida mais longa e saudável através de seus treinamentos adequados, o educador físico tem o dever de arcar com as necessidades tanto na educação como na área da saúde, relacionada a prática de atividades físicas demonstrando como realizá-la,  e saber respeitar o limite e intensidade das práticas no idoso, com o objetivo de integrar os participantes e buscar a socialização, pois a atividade é parte integral e complexa do comportamento humano, em que envolve fatores socioculturais, econômicos e psicológicos.

O profissional de Educação Física tem a responsabilidade de incentivar e integrar o ser humano á uma vida saudável, contribuindo no cotidiano do idoso para uma qualidade de vida que lhe favoreça bons resultados, aumentando seu rendimento físico e psicológico. . Por isso, a orientação de um profissional de Educação Física é importante no qual passará a combinação de atividades e exercícios físicos adequados de acordo com as capacidades e limitações de cada indivíduo trazendo assim o resultado desejado e tão esperado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dessa pesquisa foi possível verificar que são inúmeros os benefícios que trazem a prática de atividades físicas na terceira idade, que a alimentação é uma aliada da longevidade, que a contribuição e apoio familiar são de suma importância para a motivação destas práticas, facilitando assim o desempenho dos idosos na realização dessas atividades, visando assim a sua interação social, seu condicionamento funcional, controle das doenças degenerativas, auxílio nas atividades diárias, o que acarreta uma aptidão física favorável e uma qualidade de vida consideravelmente boa, e a atividade física tem um papel importante na vida do idoso, decorrentes de benefícios como o equilíbrio energético do corpo, melhoramento na aptidão física, equilíbrio corporal, favorece as articulações, e uma infinidade de outros fatores que contribuem para a qualidade de vida na terceira idade. A atividade Física e seus Benefícios no Processo de Envelhecimento,  contribui para a valorização dessa população  no contexto social, pois diante da necessidade de inclusão há um resultado significativo para uma vida saudável.

Bibliografia

BARBANTI, Valdir José. Aptidão física: um convite à saúde São Paulo, ed. Manole, 1990.

BEAUVOIR, S. A ve