Orgulho
Por Bruno Azevedo | 19/12/2010 | FilosofiaConsiderado por muitos como um pecado, por outros o resultado de certo egocentrismo, não pode deixar-se cair em uma esparrela de sentindo degradante, pois fomenta no sujeito a valorização de si, uma fonte de exaltação ao próprio ser, uma estima pelo que irá acompanhá-lo por sua existência, a sua própria pessoa.
No orgulho, que se busca a recuperação, quando a auto-estima encontra-se em baixa, ou em relação ao menosprezo alheio, que muitas vezes reflete apenas um egocêntrico, que deseja inflamar-se em detrimento das qualidades alheias, rebaixando o outro a algo insignificante perante sua arrogância.
O orgulhoso possui a segurança conquistada, por reconhecer sua potencialidade, não se fazendo vítima em uma relação de dependência submissa, como ocorre em certos exemplos, podendo citar a relação patrão-empregado ou governante-cidadão, não que deva esquecer-se das regras da sociedade, devido às sanções vigentes, embora possa fazê-lo e assumir a responsabilidade pelo ato, como cumprimento da sentença, mas o que importa é a condição de não se colocar à margem, mas sim em evidência.
Orgulhar-se é estar ciente de seu papel, sua participação como agente, além da evidência que apreende o que há a partir de si, o que tornaria o apreendido ou mesmo a relação com outro dificultada, caso não ocorresse o ato orgulhoso, por começar denegrindo-se, criando a todo instante barreiras em um sentido expansivo, impedindo o reconhecimento e o extravasamento de sua condição de Ser, como a percepção do outro como orgulhoso também, criando a real valorização meritocrática.