Órgãos Responsáveis pelo Transito: Podemos Confiar?

Por MAX NEY TELLES | 27/01/2010 | Política

Repararam como nós, os brasileiros, estamos sendo ludibriados pelas fiscalizações públicas.  Em época, principalmente, pós eleições vemos aqueles governantes eleitos nomearem pessoas   para cargos de fiscalização publica, sem utilizar quaisquer critérios subjetivos para fundamentar essas suas ações.

Vimos, que após as ultimas eleições municipais, alguns prefeitos nomearam funcionários de outros setores administrativos e até mesmo alguns de seus cabos eleitorais, para ocuparem o cargo de agentes de transito, sendo que algumas destas pessoas nomeadas, mal sabem dirigir um veiculo.

Agora mesmo, fomos surpreendidos pelos noticiários dos meios de comunicação, que o cidadão Sr. Paulo Lemos, nomeado pelo governador do estado do ES, Paulo Hartung, para Diretor do DETRAN-ES, esta com 35 pontos acumulados na carteira de motorista.

Então ficamos em duvida, sobre a seriedade e compromisso do governo na nomeação de cidadãos para ocuparem cargos públicos, principalmente de confiança e de alta importância como é o caso da área transito?   Será que o referido cidadão foi nomeado simplesmente por critérios políticos, sem apreciar e estabelecer normas para esta nomeação? No caso especifico, será que o governador não teria que ter em mãos dados do referido cidadão como motorista, para uma analise.

Em entrevista a algumas emissoras de TV, o Sr, Paulo Lemos afirmou categoricamente que algumas das multas a ele aplicadas foram falha do sistema do DETRAN, criando então um conflito entre os delitos auferidos e aplicados pelo órgão estadual e os cidadãos ora prejudicados, que a partir de então recorrerão de todas as multas recebidas, até mesmo em entrâncias superiores STJ, STF, se for o caso.

Outro fato que poderia ser contundente, mas felizmente foi antecipadamente impedido pelo conselho de ética do governo, seria um infrator tentar colocar regras e punir outros infratores.

Interessante também, em todo este episodio é que, este diretor, que a bem da verdade jamais deveria ter assumido o cargo para qual indevidamente foi indicado, demitiu o gerente responsável pela informação geradora de todo o conflito, ou seja, um governo transparente como se diz o governador Paulo Hartung, não deveria cometer tamanha atrocidade contra o cidadão gerente, que a nosso ver foi o herói de toda esta historia, pois tudo leva a crer que a pretensão seria continuar abafado, Sr Paulo Lemos – Diretor e dirigindo sem transparência. Que se faça justiça, no caso do gerente, seja recolocando-o de volta ao cargo, com pedido publicas de desculpas.

Finalizando, podemos afirmar que a questão central, dos episódios de nomeação de agentes de transito sem critérios e sem condições e instrução para tal cargo, bem como a falha no processo de escolha de dirigentes para áreas altamente importante, como é o caso do transito, geram riscos para governo, justiça e principalmente cidadãos.