Orçamento e planejamento doméstico

Por Josiane de Lima Souza | 25/02/2013 | Família

Nome da Instituição: Faculdade de Tecnologia de Rio Claro FATEP Pós Graduação – MBA Executivo em Mercado Financeiro e Controladoria

Aluno: Josiane de Lima Souza

Professor: Lawton Nanni Benatti

 

Orçamento e planejamento doméstico

 

Organizar o orçamento de uma empresa pode ser tomado como referência para o orçamento familiar. Assim como, administrar uma empresa requer conceitos de administração, finanças, investimentos, custos e várias variáveis, ao administrar o orçamento doméstico têm-se essas mesmas condições em um contexto menor com suas necessidades específicas.

A condição essencial para um orçamento doméstico de sucesso é gastar menos do que se ganha, ou seja, as despesas serem menores que a receita. Para que isso ocorra, deve haver dentro do núcleo familiar em questão alguém que assuma a função de gestor, que não necessariamente pode ser realizado por um único membro, mas também dividida e compartilhada entre os chefes da família. Este gestor ou gestores adotará a função de monitorar primeiramente a parte financeira da família, o que pode ser feito simplesmente anotando-se todos os gastos. Hoje em dia há na internet várias opções de planilhas que se ajustam e se encaixam nos perfis de gastos, ou na complexidade de gastos e rendas de cada família. Este é um modo eficaz que indicará os principais gastos e necessidade da família.

Para gerenciar o orçamento de uma família, temos a renda que geralmente pode ser fixa ou variável, dependendo do tipo de trabalho dos membros deste núcleo familiar. A partir desse valor de referência deve ser feito todo o planejamento de gastos e necessidades familiar.

A primeira condição a ser considerada é o número de pessoas que dependem desse orçamento. Cada um tem a sua parcela de gastos e necessidades e também especificidades, como por exemplo, os filhos, que dependendo da idade influenciarão com uma parcela crescente no orçamento familiar até obterem sua independência financeira. Isso depende também do meio social onde a família esta inserida e das decisões tomadas pelos pais.

O orçamento deve ser planejado de modo a incluir todas as necessidades básicas de alimentação, moradia, transporte, lazer, saúde considerados como gastos fixos e eventuais despesas extras, os gastos variáveis. E ainda prever os períodos onde ocorrem maiores gastos, como por exemplo, início de aula dos filhos, impostos do início do ano, etc.

Dentro deste orçamento ainda deve haver uma pequena reserva para aplicações e poupança. Há sempre que considerar uma reserva para gastos eventuais extras, por exemplo, uma doença na família, a perda de emprego de uma das rendas ou da única renda dependendo de cada caso.

O importante dentro do orçamento doméstico é a habilidade para buscar oportunidades. Nesse ponto pode ser citada a escolha por negócios onde se ganham maiores descontos, pesquisa de mercado para diminuir os custos e se conhecer a situação real da aquisição desejada pela família, isso acaba tornando-se uma ferramenta valiosa para diminuir os gastos domésticos.

O conhecimento de área deve ser buscado juntamente com o acompanhamento da situação econômica do país. A informação ajuda na organização, modos de planejamento, comparação de melhores oportunidades e também investimentos. Esse é um fator determinante no sucesso do orçamento familiar, pois quem tem conhecimento tem maiores chances de gerir e administrar com êxito, quem busca a informações encontra ferramentas que podem melhorar e ajudar a controlar as contas e também indicar alternativas para sair de uma situação de risco, ou de como evita-las. Outro fator importante dentro desta perspectiva é que é possível ter condições de avaliar e conhecer como decidir o melhor momento para investir, e quais os melhores investimentos ao perfil familiar.

Outro fator importante dentro do planejamento é avaliar antecipadamente os gastos maiores. Estes devem ser estudados e analisados a fim de que para serem adquiridos, não tomem empréstimos ou financiamentos muito caros e utilizem opções de fácil acesso, mas de custo mais oneroso quando comparado com as demais opções do mercado, por exemplo, o cartão de crédito.

O que pode destruir totalmente um planejamento financeiro e um orçamento doméstico são as compras por impulso. Ao se deixar encantar por um bem seja ele desde roupas, equipamentos eletrônicos ou qualquer outro objeto, a pessoa se deixa levar por um momento e esquece que valor gasto. Este valor poderia ser o que sobraria no final do mês, assim o que poderia virar uma poupança foi gasto com um produto que não foi avaliado se realmente era necessário ou se apenas satisfez uma vontade ou capricho momentâneo. Juntamente com as compras por impulso está o fator emocional dos membros do núcleo familiar, cuja atitude pode definir a situação financeira do final do mês.

O grande desafio das famílias é sobreviver dentro do orçamento disponível. Isso pode ter realidades muito diferentes dependendo das atitudes e decisões tomadas dentro deste núcleo familiar. O orçamento doméstico se for encarado com seriedade, deixando claros os objetivos que a família deseja obter e administrando adequadamente dentro da realidade a qual se está inserido, pode ter como resultado permanente o sucesso.

 

Bibliografia

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