ORAÇÃO: UM PERCURSO SADIO E/OU UMA ALTERNATIVA PARA OS NOSSOS MALES

Por Sydney Pinto dos Santos | 15/03/2021 | Religião

ORAÇÃO: UM PERCURSO SADIO E/OU UMA ALTERNATIVA PARA OS NOSSOS MALES

Texto produzido e postado em 13 de março de 2021 em Santa Maria do Uruará – Pará

 

Por: Sydney Pinto dos Santos[1]

 

Somos seres que muitas vezes chegamos ao desalento, ao desespero e a momentos que acreditamos serem sem saída; e, é neste momento que procuramo-nos apegar em alguma coisa para poder sair desta vicissitude, contratempos ou processos perturbadores, sejam da mente ou de nosso corpo. Mesmo que esta coisa seja algo oculto, não tátil e que foge as nossas concretudes.

Então, é neste momento que nos lembramos do Ser Supremo, do Alfa/Ômega, da Energia Superior, de Nosso Deus, Alá, e outras denominações que recebe Nosso Pai Celestial ao redor do mundo e nas diferentes sociedades e culturas. Porém, para abrirmos esta conexão, precisamos de algo a qual deveria ser simples, mas responsável e obrigatório: a Oração.

Oração, que pode ser compreendida como um elo entre as pessoas e o Supremo, sejam nos momentos difíceis ou não. Pois, muitas vezes ou quase sempre, temos a mania exacerbada de usar nossas orações como momento de nos transformamos em pedintes, e não, em primeira mão com o “agradecedores” de tudo o que recebemos de graça ao longo da vida ou em um dia apenas.

A oração, deve ser considerada o caminho mais aberto e simplório de chegarmos até ao ser que pode resolver nossas aflições, nossas angústias e nossas procuras intermitentes, procuras estas, que nos tiram de nossa possibilidade de raciocínio e que às vezes acabamos nos perdendo pelos caminhos da vida e das vontades próprias e coletivas.

A oração, é a maneira mais eficaz, eficiente e notável para que possamos agir de forma mais reservada e em contato com Deus, no sentido de “estar com Ele”, e não apenas “fazer a Ele”, orações esporádicas, como estas últimas fossem algo obrigatório e não uma situação ou expediente espontâneo de conexão e interação e conversação com Nosso Protetor.

Estudos mostram, assim como pesquisas na área da Psicologia, em especial, que, está conexão alivia “as dores” da vida; ameniza o sofrimento interno, inclusive das patologias que se manifestam mentalmente, como a depressão, o estresse e a ansiedade, três pragas da atualidade, as quais não só afligem os aspecto e o espectro fisionômico do ser como pessoa, mas também seu lado emocional e principalmente o espiritual, o qual eu posso definir como “Conflito Espiritual Dilacerado”, onde mesmo que as pessoas saibam que há a existência de Deus, procuram formas de aumentar seu sofrimento e angústia, sem procurar como fuga a oração em Deus; levando-os muitas vezes ao pecado “imperdoável”: o suicídio.

Somos seres viventes, somos seres de problemas, desilusões e vicissitudes, adversidades e aflições em todos os dias, na vida, e nos mais diferentes campos e aspectos de vivência e convivência, com um “remédio” grátis e de grande quantidade disponível, no entanto, às vezes se faz necessário persistir na amargura do que buscar uma solução plausível, através de um espaço só nosso (não precisa aglomerar), com um Ser que possivelmente terá as respostas para tudo.

O único problema do ser humano, é a tal falta de “tempo” para a execução, ou mesmo o medo de se aproximar de quem deveria ter uma conexão contínua, e assim prevalecendo a busca incessante de um propósito de cura em lugares errados, sem vinculação com o bem e o bem-estar. Mas sim, aprimorando o desgaste do indivíduo cada vez mais, numa fuga sem volta.

Paremos, olhemos, mesmo sozinhos, lembremo-nos que a Força Superior, está em todos os lugares, em todos os momentos, logo, não se faz necessário um templo específico, ou as aglomerações específicas, nem o tom de voz, mas precisa-se apenas do bom senso, da sensibilidade e de outro fator com mais profundidade para existir um “olhar para o eu, quem sou, do que preciso e do que os outros também necessitam. Tudo está lá! O problema é a covardia que aplacamos contra nós mesmos, de nos sentirmos inferiores diante as fraquezas individuais, e sempre acreditar que são os outros que devem intervir por nós. 

 

[1] Professor da rede pública de ensino de Prainha – Pará.

Mestrando em Educação com Especialização em Educação Superior pela UNINI/FUNIBER.

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