On-line, porém, só
Por Amilton Fernandes de Azevedo | 17/04/2013 | PoesiasDia, e que dia!?
Longe está, o final da semana
O telefone não pára,
Minha vida sendo tragada
Sinto-me só,
Pela sua falta,
Pela falta de todos
Que como numa revolução
Resolveram partir
Largando-me para trás
Já estive on-line,
Porém, hoje, estou só.
Agora, minha companhia são máquinas
E com tantas máquinas a ladear-me
Submeto-me ao sacrifício
Doando-me ao máximo
Oferecendo o próprio suor
Em prol de um ofício.
Pois é assim que sou
Com muita fé e sem ofensas
Aguardando a sua volta.
Virando as páginas
Após um dia caótico
Vejo minha vida ser tragada,
Perdida a tantas requisições
Esperando um amanhã melhor
Para não lembrar-me
Desse dia caótico
Que com certeza
Ainda lembrarei-me,
Sim, e por muito tempo
Ainda me lembrarei.