Olhos

Por Geniellison Sousa Lima | 01/01/2011 | Poesias

Meus olhos banguelos estão cansados,

e a antena assume minha cabeça.

Para que meu piscar, não seja o meu piscar.

Para que gravatas sujas batam palmas do desespero alheio.

E assim apenas os asnos do meu destino possa questionar:

Que programa quero agora,

Astros isanos nas paredes dos insultos,

ou os feiches de luz do Messias, que em sua caminhada

foi cercado de injúrias.

Para que assim eu correndo ao contrário lhe traga

a prova o seu sangue amargo.

Então na estranha necessidade de ser individual,

me escorre o semem que as vezes povoam as linhas de minhas mãos.

Para que a noite pornográfica se encerre no fim

da tela de um quarto escuro.

E os meus olhos já cansados de tudo ver

se encontrem banguelos.