OFURÔ DO AMANHÃ
Por Lourival Jose Costa | 05/06/2019 | PoesiasO OFURÔ DO AMANHÃ
Insisti para que as portas e janelas ficassem abertas
No silêncio da noite toquei seus umbrais, suavemente,
desejava entrar e beijar-te os lábios e teus pomos
Escrevi poemas e os decorei para declama-los a ti
Saltei as barreiras, transpus os mares para vê-la
Desejei tanto que me deixasse estar dentro de ti
Tu te escondeste no ofurô e, eu não a encontrarei.
Meus sonetos não a motivou a montar nos pegasos
Não cavalgaste até o jardim das flores brancas e azuis
A magia do jardim permitir-me-ia o calor de seu corpo
Quiçá sentirias o perfume que exalava de minh'alma
Como almejei frisar-te teus cabelos negros e sedosos
Olhar-te por teus olhos e perder-me dentro de ti
Mas, lá havia ofurô de rosas perfumadas e estrelas.
Certas emoções a lógica jamais, explicará
Desejei-te, mas, negaste-me teu néctar
Tu foste gentil, silenciosa, linda e doce
Como esquecer-te se tal não desejo...?
Cedo ou tarde seguirei o destino dos humanos
Lá receberei a ternura dos amantes solitários
Apesar de longe de ti, certo é que estarei mais perto
Almas se amam e se entregam na lua cheia calorosa
Ao chegares lá, abrirei meu o coração em flores
Os poemas no infinito dir-te-ão que lá não há ofurô
A nudez do que não fomos será breve lembrança
Nos encontraremos na avenida das possibilidades
Encontrarei você meu eterno amor platônico..!
Por: Lourival Jose Costa - 11/06/2019 às 17;30hs