O Verdadeiro Sentido da Imaginação
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 21/10/2012 | PoesiasO Verdadeiro Sentido da Imaginação
Não estou aqui.
Muito menos do lado de lá.
O que é o mundo onde deveria estar.
Uma onda plásmica encomiasta.
Estar aqui é um tempo perdido.
Estar lá é apenas imaginação.
O que é o mundo.
Uma diáfana hórrida a complexidade.
Maldizia o olhar comparado singularíssimo.
A desconsolada obsessão particularizada.
Não estou aqui.
Não sei onde deveria estar.
Não existe outro lugar.
O que existe é apenas essa passagem.
Além dela a ideologia do desejo.
Onde estaria o mundo ao circunjacente olhar.
Psiques de massas igualitárias ao leito.
Sem encerebrar ao desdobramento.
De natureza essencialmente metafísica.
Ao lenimento poético desse mundo passageiro.
Quem está aqui sendo o que é o mundo.
Nem mesmo lá poderá estar.
O que significa a distância.
Quando tudo é objetivamente perto.
Pergunto ao silêncio peremptório.
O que devo então entender.
A misericórdia da predestinação.
Esse mundo é o outro mundo.
Mas o outro nunca pode ser esse mundo.
A idiossincrasia liame do segredo.
A levedura neológica nenhures.
O medo do destino nequícia prescrita.
Quem deveria então dizer aos ouvidos.
O que sonhas é a fantasia indelével.
Ao destino do vosso desejo.
Nenhum outro deles poderá ser.
Convém ao silêncio à lógica.
A destinação metafórica.
Tudo é de certa forma a mesma coisa.
Solércia da solidão precavida.
Somítico o que deve ser o que compreende.
Além do mundo odiento.
Fulguram os ditadores da dialética.
A expressão rígida de mágoa.
A imbecilidade estética da alegria.
Ninguém pode ser daqui.
Reluz Dionísio, o outro mundo não existe.
Esse que estamos é tão somente.
Friamente uma lanterna de combustível.
Obscura e obstrusa a estética telúrica.
A prostética exaustão das frases.
Edjar Dias de Vasconcelos.