O Uso De Armas De Urânio Reduzido
Por lydia ribeiro | 12/04/2008 | AmbientalEm 25 de abril de 2003 a Associação dos Advogados Humanitários fez uma divulgação à imprensa onde questionava o uso de armas de urânio reduzido na primeira Guerra do Golfo. Mas todas as considerações que eles apresentaram são igualmente válidas para os confitos como o da Bósnia, Kosovo, Chechênia, Afganistão e Segunda Guerra do Golfo.
Eles começaram esta divulgação à imprensa chamando a atenção para a destruição sistemática de infraestrutura civil, tal como hospitais e órgãos públicos que armazenam dados relativos à saúde da população civil. Eles questionam o fato de que estas destruições sistemáticas podem ser deliberadas, para dificultar o acesso a dados que confirmem os efeitos nefastos das armas de urânio reduzido na população e seu respectivo impacto a longo prazo nos ambientes e povos atingidos.
"Os dados de saúde anteriores a Segunda Guerra do Golfo são críticos para estabelecer uma linha de base mostrando os aumentos nos níveis de câncer e defeitos de nascimento neste período pós Segunda Guerra do Golfo. Previsivelmente, o bombardeio direto de cidades com armas de urânio causará maiores aumentos do que na Primeira Guerra do Golfo onde as armas de urânio reduzido foram usadas em campos de batalha ao sul de Basra. Os aumentos nas quantidades usadas e o alvejamento de cidades acelerará o aparecimento e intensificará os números de doenças e mortes relacionadas ás exposições ao urânio reduzido. "
Relatórios e estudos do Secretário Geral da ONU e da Sub comissão acompanharam relatórios de altos níveis de câncer e defeitos de nascimento depois da introdução em 1991 de armas de urânio reduzido pelos EUA e Reino Unido durante a Primeira Guerra do Golfo.
Eles afirmam nesta divulgação à imprensa que "Fontes indicam que neste conflito foram utilizadas 5 vezes a quantidade empregada na primeira guerra do Golfo. O urânio reduzido em mísseis cruise e outras armas se tornam aerossóis no impacto causando a inalação de grandes quantidades de partículas radiativas superfinas e enviando pequeninos fragmentos de urânio pelo corpo, como uma faca fatiando manteiga. Os sintomas iniciais serão principalmente neurológicos, mostrando-se como dores de cabeça, fraqueza, tonteira e fatiga muscular. Os efeitos a longo prazo são câncer, defeitos de nascimento, dano neurológico ou de nervos, e outras doenças de radiação relacionadas tais como Sindrome da Fatiga Crônica, dores musculares e articulares, erupções, danos neurológicos, distúrbios do humor, infecções, danos nos pulmões e rins, problemas de visão, deficiências auto-imunes, perda de sentimento, etc."
A política americana tem sido a de negar que estas armas causem doenças. Os médicos civis e militares foram treinados na Primeira Guerra do Golfo para definir o tipo neurológico de doença como desordem de stress pós traumático, e deixar os fragmentos radiativos nos corpos dos veteranos.
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