O USO DA MICROCORRENTE GALVANICA COMO INTERVENÇÃO...

Por Amanda | 17/09/2016 | Saúde

O USO DA MICROCORRENTE GALVANICA COMO INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DE ESTRIAS CRÔNICAS: UMA REVISÃO.

 

 

Amanda Osório Oliveira Lima*

Ana Paula dos Santos Brito*

Rayla Rousy Feitosa Neiva Eulálio*

Juçara Gonçalves de Castro**

 

 

RESUMO

 

 

A estria é uma atrofia tegumentar adquirida, considerada um distúrbio estético; essas lesões são resultantes do estiramento das fibras de colágeno e elastina; apresentam-se inicialmente com uma espécie de depressão com reação inflamatória seguida de um aspecto antiestético. A incidência dessa afecção ocorre em ambos os sexos, especialmente nas mulheres. No início apresenta coloração rubra, mas durante o processo evolutivo torna-se esbranquiçada.

A microcorrente galvânica atua estimulando um processo de inflamação aguda desencadeando uma reorientação das fibras colágenas e elásticas, estimulando uma neovascularização, propiciando à regeneração e o retorno das funções inerentes a pele melhorando assim a aparência visual da estria, ficando próximo ao aspecto normal.

O estudo tem como objetivo revisar na literatura de fisioterapia dermato funcional os efeitos da corrente galvânica no tratamento dessas lesões.

Palavra-chave; Estrias, Microcorrente Galvânica, Intervenção Fisioterapeutica.

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

O interesse em estudar o uso da microcorrente galvânica no tratamento das estrias crônicas tem sido pouco explorado, tendo em vista que a estria é considerada uma lesão irreversível, não se caracterizando como doença e sim considerada pela medicina como um distúrbio quase que exclusivamente estético. No entanto a saúde não é unicamente ausência de doença e sim um bem estar físico e psicológico, por isso a estria passa a ter grande importância social, visto que em sua grande maioria são desagradáveis do ponto de vista estético podendo acarretar grandes problemas emocionais.

A incidência dessa afecção ocorre em ambos os sexos, com predominância no feminino, principalmente a partir da adolescência em meninas entre 12 e 14 anos, e nos meninos de 12 a 15 anos, porém notados em todas as faixas etárias. As estrias raramente ocorrem em crianças normais entre os primeiros anos de vida, no entanto, o período de surgimento pode variar. Na mulher adulta a incidência de estrias é 2,5 vezes mais freqüente que no homem. Podem ocorrer em pessoas com obesidade grave, no período gestacional, estados infecciosos, comprometimento hormonal caracterizado pelo aumento de glicocorticóides, o uso tópico ou sistêmico de esteróides, tumores supra-renais, atividade física que haja aumento excessivo da massa muscular e no crescimento intenso e rápido na adolescência.

Quanto á localização as estrias podem ser observadas com maior incidência nas regiões que apresentam alterações teciduais; tais como glúteos, seios, abdome, coxas e região lombossacral; podendo ocorrer em regiões pouco comuns como fossa poplítea, tórax, região ilíaca, antebraço, porção anterior do cotovelo.

Atualmente o aparecimento das estrias na pele tem sido associado a etiologia multifatorial, e que além de fatores endócrinos e mecânicos existe uma predisposição genética e familiar.

A literatura a respeito do tratamento de estrias crônicas é escassa tanto em com relações aos recursos quanto as pesquisas, porém o uso da microcorrente vem demonstrando uma opção terapêutica importante pois a mesma atua estimulando um processo de inflamação aguda desencadeando uma reorientação das fibras colágenas e elásticas, estimulando uma neovascularização, com intuito de melhorar ou amenizar as alterações ocasionadas pelas estrias.

O estudo tem como objetivo revisar na literatura de fisioterapia dermato - funcional os efeitos da corrente galvânica no tratamento dessas lesões.

 

 

DISCUSSÃO

 

 

As estrias são lesões atróficas e lineares que dispõem-se paralelamente umas às outras e perpendicularmente às linhas de fenda da pele, indicando um desequilíbrio elástico localizado. Essas lesões variam de 1 a vários centímetros de extensão, surgindo geralmente nas regiões de coxa, nádegas, abdome e mama, nas mulheres e nos homens no dorso do tronco; com tendência de distribuir-se simetricamente em ambos os lados. Os sintomas iniciais do aparecimento das estrias são variáveis, sendo que os primeiros sinais clínicos podem ser caracterizados por prurido, dor, erupção papular plana e levemente eritematosa (rosada); denominada nessa fase inicial de estria rubra e, quando o processo de formação da lesão esta praticamente estabelecido, as lesões tornam-se esbranquiçadas (nacaradas) sendo denominadas nessa fase de estria alba. Quanto ao aspecto da estria em muitos casos se evidencia uma lesão em depressão, em outros poucos se apresentam mais elevada em relação ao nível da pele. (GUIRRO, 2004).

De acordo com Borges (2006), inicialmente ocorre um processo inflamatório mononuclear e com predominância perivascular, associado ou não de edema na derme; estendendo-se por até 3 cm da borda da estria, ocorrendo elastólise e desgranulação de mastócitos acompanhado de afluxo de macrófagos em torno das fibras elásticas fragmentada. Posteriormente a epiderme apresenta-se atrófica e aplanada e na derme, presença de intensa alteração das fibras elásticas e fibras colágenas dispostas em feixes paralelos à superfície.

Segundo Guirro (2004), essas alterações se caracterizam por fragmentação das fibras elásticas, modificação da substancia fundamental amorfa com atrofia da derme, fibroblastos globulares, modificação das fibras colágenas com atrofia da epiderme e diminuição da circulação local ocasionado perda da inervação local e atrofia da pele.

Estudos mostram que sua etiologia é multifatorial, envolvendo fatores endócrinos, mecânicos, e a predisposição genética devido a expressão individual de genes responsáveis pela formação de colágeno, elastina e fribronectina. Elas surgem da ruptura das fibras de colágeno e elastina, responsáveis pela elasticidade, que estão localizadas na derme que ocorrem por sua distensão exagerada ou devido a alterações hormonais (GUIRRO, 2004).

A fisioterapia dermato-funcional vem adquirindo cada vez mais espaço e ampliando seu leque de áreas de atuação, que tem como base a prevenção e recuperação dos distúrbios endócrino-metabólicos, dermatológicos e músculos-esqueléticos, entre elas as estrias...

[...]

Artigo completo: