O tocador de gado.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 23/01/2013 | PoesiasO tocador de gado.
A diferença fundamental.
Repelente.
Entre tocar gado e ser gado.
Ser rebanho.
E cuidar de rebanho.
Uma receptação ideológica.
Entre o ser e o não ser.
Uma estátua de sal.
Percuciente.
Ser gado significa ser a sedição.
Secundária do destino.
Gosto do silencio desembrulhado.
Pela chuva.
Do tempo que destrói a metafísica.
O pespego exagerado da solidão.
A curvatura imaginaria de Einstein.
A criação representativa inversa.
Da antirrealidade como mundo.
Representativo de Feuerbach.
O pífaro encantamento da ilusão.
A picardia liberal de um Estado.
Democrático.
A loquaz interpretação hermenêutica.
Se nada existe além de um redemoinho de luz.
O brilho fixo da enormidade incompreensível.
A mesologia da dialética comum à percepção.
Longe a incógnita da insubsistente glorificação.
A pervicácia de um poeta compensado a polimorfia.
Sombra ocasional prescritiva aos nevoeiros indeléveis.
Mas se o mundo é uma coletividade de gado e se falta.
Exatamente pastagem.
Soslaio a distancia de um mundo particularmente imperial.
Transubstanciação inexorável do retorno indescritível do silencio.
Pórtico ao sinônimo da passagem desigual a destinação.
Sempre existirão alguns conceitos não prescritos aos sintomas.
Imperativos aos olhares impugnados ao trêfego caminho.
Mas quem olha percebe-se que são normas triviais a imaginação.
O êxtase das pedras e dos rios entre a terra e o céu.
A reassunção predestinada aos caminhos turvos.
A revolta de Virgilio a interpretação de Homero.
A sabedoria recidiva do conceito materialista idiossincrático.
Fernando não quis ser Fernando, José recusou sua genealogia.
O mundo tornou-se prodigalizado a sua própria exuberância.
Não resta alternativa, Fernando precisa ser Fernando.
José, José, não é necessário outra revolução a priori ao mundo de bastião.
Edjar Dias de Vasconcelos.